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Maputo: Polícia dispersa manifestantes com gás lacrimogéneo

Lusa | ad
31 de outubro de 2024

A polícia dispersou com gás lacrimogéneo um grupo de dezenas de apoiantes do candidato presidencial Venâncio Mondlane. Os manifestantes tentavam chegar ao centro da cidade de Maputo. Vários polícias ficaram feridos.

Protestos em Moçambique a 24 de outubro de 2024
(foto de arquivo)Foto: Alfredo Zuniga/AFP

A dispersão aconteceu por volta das 14:00 locais, após alguns momentos de impasse, já com um blindado policial atravessado na rua, a poucas centenas de metros da praça da Organização da Mulher Moçambicana (OMM), centro de Maputo, em que o comandante da força apelou várias vezes para o grupo não avançar, no bairro de Polana Caniça, testemunhou a agência Lusa no local.

Com um helicóptero policial a vigiar a área, a polícia lançou vários tiros de gás lacrimogéneo, que afastaram os manifestantes, mas não conduziu mais ações, apesar do reforço de segurança.

O grupo de manifestantes manteve-se no local, em protesto.

Polícias feridos

O candidato presidencial Venâncio Mondlane convocou, a partir de hoje, uma semana de greves e manifestações em todo o país, em repúdio aos resultados eleitorais anunciados na semana passada pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), que classifica de fraudulentos.

A Polícia da República de Moçambique (PRM) disse que, pelo menos, 36 membros da corporação ficaram feridos durante confrontos com manifestantes.

Comandante da PRM apela a manifestações pacíficasFoto: DW/D. Anacleto

"Depois da convocação, a polícia foi chamada a intervir em 58 manifestações, das quais 38 foram violentas. [...] Tenho 36 membros acamados, alguns dos quais não terão mais a capacidade de trabalhar como PRM", disse o comandante geral da corporação, Bernardino Rafael.  

Movimento diferente em Maputo

Esta manhã, era visível  um reforço policial nas principais artérias da cidade, mas sem registo de problemas, enquanto alguns cafés e supermercados também estão de portas abertas. 

Havia pouco movimento ou trânsito automóvel, com estabelecimentos públicos e privados, bem como escolas e outros organismos, encerrados, apesar de alguns transportes públicos estarem a funcionar.

Era também possível constatar que serviços de Internet como a plataforma de mensagens WhatsApp estavam a operar com limitações, pelo menos em Maputo.

 

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