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Mariupol: Anúncios contraditórios sobre cessar-fogo

Lusa | EFE | AFP | tms
25 de abril de 2022

Moscovo anunciou um cessar-fogo para permitir a retirada de civis do complexo industrial Azovstal, em Mariupol. Local abriga o último bastião de resistência da cidade. Kiev anunciou, no entanto, que o cessar-fogo falhou.

Foto: Alexander Ermochenko/REUTERS

O anúncio do Kremlin foi feito na manhã desta segunda-feira (25.04). As unidades das Forças Armadas da Rússia e da autoproclamada República Popular de Donetsk cessarão as ações de combate, retirar-se-ão para uma distância razoável e permitirão a retirada de civis "na direção da sua escolha", disse o chefe do Centro Nacional de Controlo da Defesa, Coronel General Mikhail Mizintsev.

De acordo com o Ministério da Defesa russo, o corredor humanitário será aberto às 14h locais para que todos os civis deixem a fábrica Azovstal, assegurando que irão ser parados os ataques para permitir a saída em segurança.

O comunicado do diretor do Centro de Controle de Defesa Nacional da Rússia aponta que o anúncio do acordo de cessar-fogo para permitir a evacuação será lido a cada 30 minutos por alto-falantes, para que possa ser escutado no interior da fábrica de Azovstal.

"A disposição da parte ucraniana a começar a operação humanitária deve ser confirmada com a exibição de bandeiras brancas no perímetro ou, em pelo menos, alguns setores de Azovstal", detalhou Mizintsev.

Ucrânia diz que cessar-fogo falhou

O Governo ucraniano disse, entretanto, que, ao contrário do anunciado pelos militares russos, não foi possível um cessar-fogo para permitir a retirada de civis do complexo metalúrgico.

Civis e militares ucranianos no complexo industrial de AzovstalFoto: Azov/REUTERS

O acordo serviria para estabelecer um corredor humanitário que permitisse retirar os civis escondidos, ao lado de combatentes ucranianos, naquele complexo industrial na cidade do sudeste da Ucrânia.

"Declaro oficialmente e publicamente que, infelizmente, não há acordo sobre um corredor humanitário a partir de Azovstal hoje", escreveu a vice-primeira-ministra ucraniana Iryna Vereshchuk na rede social Telegram, pouco depois do anúncio da Rússia.

Apelo do lado ucraniano

Segundo oficiais ucranianos, há até 1.000 civis abrigados no local. Kiev tem apelado repetidamente à Rússia para se possibilitar uma saída segura dos cidadãos.

A Rússia afirmou na semana passada ter conquistado o controlo total de Mariupol, com exceção da sua enorme zona industrial Azovstal.

O Presidente Vladimir Putin ordenou um bloqueio do complexo, onde centenas de civis estão alegadamente a abrigar-se com as tropas ucranianas.

Artigo atualizado às 15:05 (CET) de 25 de abril de 2022, acrescentando a reação ucraniana ao anúncio da Rússia.

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