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MDM nega negociações com FRELIMO

11 de janeiro de 2025

Porta-voz do MDM confirma que Lutero Simango recebeu abaixo-assinado de grupo de membros descontentes a exigir reunião de urgência de quadros. Mas nega acusações de negociações de mandatos com FRELIMO.

Lutero Simango, presidente do MDM
Grupo de membros do MDM na Beira acusa Lutero Simango de negociar lugares no parlamento com FRELIMOFoto: Marcelino Mueia/DW

Um grupo de membros do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) na Beira enviou uma carta à direção do partido, exigindo uma reunião para discutir questões internas e acusando a liderança de Lutero Simango de negociar lugares no parlamento com a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO).

Em causa estão os encontros que o presidente do MDM, Lutero Simango, tem vindo a realizar com outros partidos com representação parlamentar e com o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, face à tensão política que dura há pouco mais de dois meses. 

Em declarações à comunicação social, esta semana, os membros do MDM deram conta que "o presidente vai às reuniões da Presidência da República e quando volta não diz o que se tratou. Entretanto, vemos que os números dos assentos na Assembleia da República subiram para oito. Eventualmente, nesta subida pode haver trocas, não sabemos o que o MDM vai oferecer à FRELIMO para ter podido receber mais quatro deputados", disse Elias Impuire, representante do grupo contestatário.

Em entrevista à DW, o porta-voz do MDM, Ismael Nhacucue, confirmou a receção da carta, mas negou qualquer negociação com a FRELIMO, afirmando que Simango participa apenas em diálogos para resolver a crise política no país.

O líder do partido deverá pronunciar-se sobre o assunto em breve.

Porta-voz no MDM nega acusações de negociações de mandatos com FRELIMOFoto: Nádia Issufo/DW

DW África: Confirma o envio desta carta de descontentamento?

Ismael Nhacucue (IN): Efetivamente, há um grupo de quadros companheiros de partido da cidade da Beira que fizeram um abaixo-assinado que foi entregue no gabinete do presidente, solicitando uma reunião de urgência de quadros de partido. E isto é um facto.

DW África: Como é que o partido está a lidar com essa chamada de atenção?

IN: O presidente do partido vai-se pronunciar brevemente em relação a esta questão concreta do abaixo-assinado da cidade da Beira. Sobre as acusações que são feitas ao presidente relativamente às negociações que estão a ser feitas, é preciso dizer que não há nenhuma negociação, que o partido, no seu mais alto nível, portanto, ao nível do presente, esteja a com quem quer que seja, muito menos com Sua Excelência Presidente da República, Filipe Nyusi, até porque, neste momento, o que se pretende é a verdade eleitoral.

Portanto, o que o presidente do partido neste momento está a fazer são esforços no âmbito da criação de uma plataforma para implementação de reformas.

DW África: Mas há quem diga nesta crítica que pelo menos mais quatro assentos que foram anunciados pelo Conselho Constitucional a favor do MDM resultaram de negociações. Isto não constitui verdade?

IN: Não constitui verdade. Segundo os editais que tem em seu poder, temos entre 15 a 20 mandatos, se estivéssemos a falar de uma eleição justa e não desta eleição fraudulenta. Portanto, o MDM não está a receber mandatos a favor de ninguém.

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