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Guiné-Bissau tenta angariar em Bruxelas 427 milhões de euros

Braima Darame (Bissau) / LUSA24 de março de 2015

Na mesa redonda de doadores, em Bruxelas, a Guiné-Bissau vai tentar angariar financiamento para projetos ligados à Defesa, Justiça e reconciliação nacional, vias de comunicação, entre outros.

José Mário Vaz (esq.) e Domingos Simões PereiraFoto: Seyllou/AFP/Getty Images/CPLP

O Governo da Guiné-Bissau, liderado por Domingos Simões Pereira, e o Presidente da República, José Mário Vaz, estão juntos em Bruxelas para apresentar na quarta-feira (25.03) o plano operacional 2015-2020.

Na mesa redonda de doadores, a Guiné-Bissau vai tentar angariar financiamento para projetos ligados à Defesa, Justiça e reconciliação nacional, vias de comunicação e acesso a energia, biodiversidade e gestão sustentável dos recursos naturais.

Simões Pereira chefia uma delegação composta por 45 pessoas. "Entendemos ser importante levar para a reunião membros da sociedade civil, alguns artistas, representantes dos partidos políticos, deputados e técnicos em várias áreas para que o nosso país esteja bem representado", disse aos jornalistas.

A Guiné-Bissau organiza a conferência internacional em conjunto com a União Europeia (UE) e a Organização das Nações Unidas (ONU).

Dezenas de organizações internacionais e países participantes no encontro vão receber uma lista detalhada de 208 projetos que constituem a primeira vaga do plano com um custo estimado de 732 milhões de euros.

Deste conjunto estão por financiar 100 projetos no valor de 427 milhões de euros, valor que a Guiné-Bissau vai tentar conquistar na mesa redonda para fechar as verbas para a primeira vaga de projetos.

O primeiro-ministro Simões Pereira conta com o "apoio de todos" para mudar a Guiné-Bissau. "Vamos pedir à comunidade internacional uma maior atenção e uma atenção positiva para a Guiné-Bissau. Pelo facto, acreditamos que os pressupostos estejam criados e agora precisamos enfrentar o futuro com mais confiança".

Uma artéria da capital guineense, BissauFoto: DW

A menos de 24 horas do encontro em Bruxelas, Domingos Simões Pereira, recebeu a confirmação de vários apoios de altas individualidades oeste-africanas. "Recebemos a confirmação do apoio de todos os Presidentes da sub-região que manifestaram a adesão aos nossos esforços, tendo deixado por outro lado clara a intenção dos seus respetivos países em ajudar a Guiné-Bissau a deixar para trás o passado e enfrentar o futuro com muita confiança".

UE revoga sanções contra a Guiné Bissau

Esta terça-feira (24.03) um dia antes da realização da mesa redonda, o Conselho da UE revogou as sanções que limitavam a cooperação com a Guiné-Bissau e que tinham já sido suspensas em julho do ano passado após a realização de "eleições livres e credíveis".

Recorde-se que em julho de 2014, após terem tido lugar eleições consideradas livres e credíveis, o Conselho já decidira suspender as restrições à cooperação que impusera em 2011 à Guiné-Bissau na sequência do golpe militar de abril de 2010 e consequente designação dos seus principais instigadores para os postos de comando da hierarquia militar, o que a UE considerou uma grave violação dos elementos essenciais do Acordo de Cotonou, assinado entre a União e países da África, Caraíbas e Pacífico.

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Domingos Simões Pereira, primeiro-ministo da Guiné-Bissau (esq.) com Maria Damanaki, Comissária europeia para as pescas (2014)Foto: EU 2014
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