Dezenove supostos jihadistas ligados a um ataque mortal contra cristãos coptas no centro do Egito foram mortos em um tiroteio com a polícia, informou o Ministério do Interior este domingo (04.11).
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Os suspeitos foram mortos durante em um tiroteio após uma perseguição em uma área montanhosa do deserto a oeste da província centra de Minzya, segundo comunicado divulgado pelo Ministério do Interior egípcio.
O documento não informa quando o tiroteio ocorreu, nem menciona qualquer casualidade entre as forças de segurança.
O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) reivindicou a responsabilidade pelo ataque da passada sexta-feira (02.11), no qual homens armados alvejaram autocarros perto de um mosteiro, localizado 260 quilómetros ao sul da capital, Cairo, matando sete pessoas.
O Estado Islâmico não forneceu qualquer evidência para respaldar a reivindicação de responsabilidade, uma das várias ocorridas nos últimos anos. A minoria cristã do Egito tem sido alvo repetidamente de ataques.
Ainda segundo o Ministério do Interior, os suspeitos estavam a fugir das forças segurança, quando os serviços de inteligência identificaram a sua localização.
"A área foi invadida e quando foi cercada, os elementos terroristas abriram fogo contra as forças [de segurança] que responderam", lê-se na declaração.
As forças de segurança recuperaram armas, incluindo armas automáticas e rifles semi-automáticos, espingardas e munições, acrescentou o Ministério.
Várias emissoras egípcias transmitiram imagens fornecidas pelo Ministério do Interior, que mostram os corpos de homens armados espalhados pela areia do deserto.
Também este domingo, o papa Francisco expressou sua "dor após o ataque terrorista que há dois dias atingiu a Igreja Copta Ortodoxa no Egito".
"Eu rezo pelas vítimas. Os peregrinos foram mortos só porque são cristãos", acrescentou.
Os coptas, uma minoria cristã que representa 10% dos 97 milhões de habitantes do Egito, têm sido alvo repetidamente dos jihadistas do EI nos últimos anos.
O Presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, pediu aos cidadãos que lutem contra a discriminação religiosa.
"Quando um egípcio morre num ataque terrorista, nós sofremos e todo o povo do Egito sofre", disse al-Sisi num discurso durante um fórum de jovens que decorre em Sharm el-Sheikh.
Estado Islâmico destrói Património Mundial
Palmira foi em tempos uma cidade próspera no meio do deserto. Mas a ira dos extremistas do Estado Islâmico deixou-a em ruínas. Outros patrimónios da humanidade tiveram um destino parecido: por exemplo Tombuctu, no Mali.
Foto: picture-alliance/dpa/V. Sharifulin
Antes e depois dos radicais
Resta pouco da antiga cidade-oásis de Palmira, Património da Humanidade: as termas, as avenidas de colunas e os templos majestosos foram destruídos. Em 2015, os extremistas do Estado Islâmico deitaram abaixo o templo de Baal. O fotógrafo libanês Joseph Eid mostra uma fotografia de 2014 em frente às ruínas - as imagens de Eid estão em exposição no Museu Kestner, em Hanover, no norte da Alemanha.
Foto: Getty Images/AFP/J. Eid
Destroços por todo o lado
Outras zonas de Palmira também foram destruídas pelos radicais do Estado Islâmico, que saquearam a cidade. Estas fotografias foram tiradas em março de 2016. Por enquanto, ainda não se fala em reconstruir Palmira.
Foto: picture-alliance/dpa/V. Sharifulin
Militares protegem Palmira
As tropas governamentais sírias reconquistaram Palmira. E, diariamente, desde março de 2017, militares patrulham as ruínas da cidade contra novos ataques dos radicais do Estado Islâmico. A imagem mostra os destroços do antigo Arco do Triunfo, que foi destruído quase por completo.
Foto: REUTERS/O. Sanadiki
Tombuctu, no Mali
Estes minaretes de argila, típicos do Mali, foram destruídos pelos extremistas do Estado Islâmico em 2012. Entretanto, foram reconstruídos à imagem dos antigos edifícios históricos. O Tribunal Penal Internacional, em Haia, instaurou um processo contra um extremista devido à destruição do Património Mundial.
Foto: picture-alliance/dpa/E.Schneider
Mar Elian, na Síria
O antigo mosteiro de Mar Elian, construído por cristãos a sudeste da cidade de Homs, foi em tempos um edifício magnífico, reconhecido pela UNESCO como Património da Humanidade. Mas militantes do Estado Islâmico também destruíram o mosteiro.
Foto: picture-alliance/dpa/Islamischer Staat
Destruição e propaganda
Não é possível verificar integralmente a autenticidade desta cena. Esta é uma imagem retirada de um vídeo propagandístico do Estado Islâmico, que mostra alegadamente os muros do mosteiro de Mar Elian a serem destruídos por bulldozers. Entretanto, militares sírios reconquistaram a cidade de al-Qaryatain e o mosteiro deverá ser reconstruído.
Foto: picture-alliance/dpa
Hatra, no Iraque
No início de 2015, extremistas do Estado Islâmico também destruíram algumas zonas da antiga cidade de Hatra, ex-capital do primeiro reino árabe - a fotografia mostra a cidade antes do ataque. Também foram destruídas estátuas milenares da época dos assírios em Mosul, no norte do Iraque, e na antiga cidade de Nínive. A cidade histórica de Nimrud terá sido demolida com bulldozers.
Foto: picture-alliance/N. Tondini/Robert Harding
Bamiyan-Tal, destruída pelos talibãs
Em 2001, os talibãs, do Afeganistão, destruíram estátuas do Buda de Bamiyan, que foram esculpidas em arenito vermelho no século VI. Só ficaram as covas onde elas estavam. Agora, as estátuas de 50 metros estão a ser reconstruídas com impressoras 3D.