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++ Minuto a Minuto: Apuramento dos votos na Guiné-Bissau ++

26 de novembro de 2019

Os resultados provisórios das eleições presidenciais da Guiné-Bissau serão divulgados até quarta-feira (27.11). Mais de 760 mil guineenses foram chamados às urnas no domingo (24.11) para escolher entre 12 candidatos.

José Mário Vaz, President of Guinea-Bissa
Foto: DW/B. Darame

Todas as atualizações na hora de Bissau

 

+ Minuto a Minuto: Resultados das eleições na Guiné-Bissau +

 

Os principais acontecimentos das eleições na Guiné-Bissau:

- CNE está a compilar os resultados das assembleias de voto;

- Resultados provisórios deverão ser divulgados por volta das 11 horas locais de quarta-feira (27.11);

- Órgãos eleitorais rejeitam acusações de fraude eleitoral e garantem transparência do escrutínio;

- Domingos Simões Pereira (PAIGC) pede apoio a FREPASNA e APU-PDGB caso haja segunda volta;

- Direção da campanha de Umaro Sissoco Embaló avança que ninguém venceu a primeira volta do sufrágio;

- CEDEAO, CPLP e União Africana elogiam "calma" e "serenidade" das presidenciais. Observadores apelam a candidatos para usarem meios legais em caso de contestação dos resultados.

 

Terça-feira, dia 26 de novembro

21:00 A cobertura do apuramento dos votos na Guiné-Bissau fica por aqui. Esta quarta-feira, a DW África acompanhará ao minuto a apresentação dos resultados provisórios das eleições presidenciais, bem como as reações dos candidatos, partidos políticos e da sociedade civil. Continue a seguir-nos!

20:55 PAIGC pede apoio ao partido liderado pelo candidato Baciro Djá, a Frente Patriótica de Salvação Nacional (FREPASNA), caso haja uma segunda volta das eleições presidenciais.

Numa carta enviada hoje à liderança da FREPASNA, a que a DW África teve acesso, a direção superior do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) refere que pode "ocorrer a necessidade de uma segunda volta, em que, provavelmente, o candidato do nosso Partido [Domingos Simões Pereira] poderá apurar-se". Por isso, o PAIGC e o candidato "gostariam de contar com o apoio" da formação política de Djá na campanha eleitoral.

Ontem, o PAIGC também solicitou o apoio da Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) numa eventual segunda volta.

Candidato Nuno Gomes NabiamFoto: picture alliance/dpa

19:21 A candidatura de Nuno Gomes Nabiam elogia a forma como decorreu o escrutínio de domingo (24.11), mas alerta para uma "divisão" do povo guineense. Em comunicado, a diretoria nacional de campanha do candidato apoiado pelo partido APU-PDGB e pelo PRS felicita "a forma pacífica, disciplinada e matura como decorreu a campanha eleitoral e a votação, destacando a enorme capacidade democrática do povo da Guiné-Bissau".

A candidatura antecipa também uma segunda volta das presidenciais, "tendo em consideração a tendência dos resultados que ainda estão a ser apurados a partir das atas sínteses". Avisa ainda que "mais uma vez, o povo da Guiné-Bissau insiste em lançar a mesma mensagem, que já havia lançado em março último, e que pode ser expressa nas seguintes frases: Nós, povo, estamos a ficar divididos! É preciso encontrarmos pontes para estabilizar o país!".

18:56 O gabinete de campanha do candidato presidencial do PAIGC, Domingos Simões Pereira, apelou hoje à calma e serenidade dos seus apoiantes enquanto se aguarda pela divulgação dos resultados provisórios, escreve a correspondente da DW África em Bissau, Fátima Tchumá Camará.

Ontem, o candidato Umaro Sissoco Embaló, apoiado pelo MADEM-G15, também pediu calma e serenidade até à divulgação dos resultados parciais pelos órgãos competentes.       

Chefe da missão eleitoral da CPLP às presidenciais na Guiné-Bissau, Oldemiro Balói, destaca "envolvimento positivo da sociedade civil"Foto: Romeu da Silva

18:41 O chefe da missão da CPLP, o ex-ministro moçambicano dos Negócios Estrangeiros Oldemiro Balói, elogia a "participação da sociedade civil na monitorização do processo eleitoral, nomeadamente pelo número expressivo de agentes no terreno e a elevada capacidade organizativa" .

Na conferência de imprensa conjunta desta terça-feira, o chefe da missão eleitoral da União Africana, Rafael Branco, também congratulou o "envolvimento positivo da sociedade civil" na observação das presidenciais de domingo, por ter contribuído para a "transparência e credibilidade" da votação.

Uma das recomendações da União Africana ao Governo guineense é regular o processo de observação nacional para fortalecer a sociedade civil. A UA sugere ainda ao Executivo que reforce os meios da Comissao Nacional de Eleições e melhore o sistema de registo eleitoral. À CNE, a missão eleitoral da UA recomenda "melhorar a qualidade da tinta indelével" e "identificar os delegados dos diferentes candidatos".

18:07 Missão de observação eleitoral da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) saúda "civismo e serenidade" com que os eleitores guineenses exerceram o seu direito de voto. 

A CPLP apela ainda às forças políticas e às autoridades judiciais e de segurança da Guiné-Bissau para contribuírem para um "ambiente de ordem, segurança e tranquilidade" durante o apuramento dos resultados.

Rafael Branco, chefe da missão eleitoral da UA na Guiné-BissauFoto: DW/B. Darame

18:03: União Africana aplaude eleições na Guiné-Bissau. A missão de observação eleitoral da UA disse esta terça-feira que vê "com satisfação que as eleições presidenciais foram conduzidas de forma calma, serena, transparente e sem grandes incidentes".

Segundo Rafael Branco, o chefe da missão eleitoral da União Africana às presidenciais, "esta eleição foi um passo importante para a consolidação do processo democrático na Guiné-Bissau".

Os observadores da União Africana felicitaram o Governo guineense, os candidatos e o povo da Guiné-Bissau pelo escrutínio. E exortaram os candidatos a "usar os meios legais em caso de disputa" eleitoral, para "preservar a unidade nacional".

17:34 Está neste momento a ter lugar a conferência de imprensa da União Africana e da CPLP sobre as eleições presidenciais.

Candidato do PAIGC, Domingos Simões PereiraFoto: DW/B. Darame

17:10 Campanha de Domingos Simões Pereira agradece a guineenses pelo "elevado grau de civismo" na votação de domingo.

"Esta diretoria quer expressar o seu contentamento pelo elevado grau de civismo que foi demonstrado no ato de votação pelo povo guineense, facto que contribuiu para o bom desenrolar das eleições presidenciais", refere a diretoria de campanha do candidato do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) num comunicado divulgado à imprensa.

A campanha refere ainda que aguarda com "serenidade" e "confiança" a divulgação dos resultados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).

16:54 Fonte da CNE confirma o que noticiámos ontem, de que não houve, para já, nenhuma queixa ou pedido de impugnação do pleito eleitoral, por alegadas irregularidades.

16:48 Devem começar daqui a pouco (por volta das 17h, hora local) as intervenções das missões de observação da União Africana e da CPLP, com conclusões preliminares sobre estas presidenciais na Guiné-Bissau.

16:24 As rádios de Bissau promovem debates com apelos no sentido de contenção aos apoiantes e respeito pelos resultados que a CNE irá divulgar amanhã. A lei eleitoral do país diz que a CNE é a única entidade competente para anunciar os resultados da votação.

16:03 Neste momento, o secretariado da Comissão Nacional de Eleições (CNE) está reunido com os técnicos, na presença dos mandatários dos candidatos, para a compilação dos resultados das eleições presidenciais de domingo, confidenciou à DW uma fonte da CNE que participa no encontro.

Os resultados provisórios deverão ser divulgados por volta das 11 horas locais de amanhã, num dos hotéis da capital.

Entretanto, os candidatos mostram-se prudentes. Ninguém quer dar entrevistas para já. Se ontem se ouvia músicas nas sedes partidárias, hoje é dia de contactos e reuniões em busca de alianças.

Foto: DW/B. Darame

15:44 Enquanto se apuram os resultados, olhamos para o passado…

As eleições presidenciais de domingo foram as sétimas na Guiné-Bissau. Houve eleições presidenciais em 1994, 1999/2000, 2005, 2009, 2012 e 2014. Só numa votação (em 2012, com Carlos Gomes Júnior) não se realizou uma segunda volta, porque houve entretanto um golpe de Estado.

Historicamente, em todas as segundas voltas ganhou sempre o vencedor da primeira. Os candidatos do PAIGC ganharam todas as presidenciais, exceto uma, a de 1999/2000, que deu a vitória ao candidato do PRS, Kumba Yalá.

José Mário Vaz, eleito em 2014, foi o único Presidente guineense que completou o mandato de cinco anos.

Presidente cessante da Guiné-Bissau, José Mário VazFoto: DW/B. Darame

13:59 No Twitter, o Secretário de Estado Adjunto dos EUA para os Assuntos Africanos, Tibor Nagy, dá os "parabéns ao povo, aos partidos políticos e ao Governo da Guiné-Bissau por terem realizado eleições presidenciais bem-sucedidas numa atmosfera de orgulho cívico e espírito democrático".

13:28 A missão de observação eleitoral da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) disponibilizou hoje no site oficial a sua "declaração preliminar" sobre as eleições presidenciais.

- sobre a campanha, a CEDEAO sublinha que o processo decorreu "numa atmosfera pacífica e festiva" em todo o território nacional. Os partidos políticos e os candidatos presidenciais "comportaram-se, na sua maioria, de forma exemplar, respeitando assim as leis em vigor", lê-se na nota da organização.

- em relação à votação, os observadores da CEDEAO notaram atrasos em alguns postos de votação, particularmente em Bissau, por faltarem materiais e sobretudo devido "à qualidade e/ou à ausência de tinta indelével". Mas, na maioria dos postos, os observadores da CEDEAO constataram "a presença efetiva dos oficiais eleitorais e a disponibilidade de material eleitoral".

"Em geral, os agentes eleitorais dos centros de voto obedeceram aos procedimentos" e "as insuficiências detetadas durante o desenrolar do escrutínio não põem em causa a eleição presidencial", continua a "declaração preliminar" da missão da CEDEAO. Os observadores realçam ainda a afluência "significativa" de mulheres e jovens às urnas.

A missão de observação eleitoral diz que verificou a presença nos locais visitados de delegados das campanhas de Umaro Sissoco Embaló, Nuno Nabiam, Domingos Simões Pereira, José Mário Vaz, Carlos Gomes Júnior e Baciro Djá. Quanto à segurança do escrutínio, a missão da CEDEAO confirmou a presença de "3 a 4 agentes de segurança nacional" e de forças da ECOMIB na maioria dos postos de votação.

11:35 O comissário da CEDEAO para Paz e Segurança promete "tolerância zero" para qualquer tentativa de golpe de Estado na região. O general Francis Behanzin fez saber a posição daquela estrutura supra-regional após um encontro ontem com o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau. O general afirmou que, caso houvesse tentativas de golpe de estado, a organização não hesitaria em agir de imediato para repor a ordem constitucional.

11:13 O correspondente da DW África em Bissau Iancuba Dansó acaba de informar que o PAIGC cancelou a conferência de imprensa que tinha agendado para esta manhã. O partido não avançou pormenores sobre esta decisão. 

Entretanto, segundo fonte partidária, o PAIGC deverá emitir ainda hoje uma nota de imprensa na qual deverá pronunciar-se sobre os últimos desenvolvimentos relacionados com as eleições de domingo.

10:21 A conferência de imprensa das missões de observação da União Africana e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) está prevista para esta terça-feira (26.11) às 17h00.

A correspondente da DW África em Bissau Fátima Tchumá Camará informa também que o candidato apoiado pelo PAIGC, Domingos Simões Pereira, deverá hoje falar à imprensa durante a manhã. Na segunda-feira (25.11), Domingos Simões Pereira enviou uma carta à APU-PDGB, o partido de Nuno Nabiam, a solicitar o seu apoio numa eventual segunda volta presidencial.

Eleitora vota nas presidenciais da Guiné-Bissau no domingo (24.11)Foto: DW/B. Darame

09:27 A Célula da Monitorização Eleitoral da Sociedade Civil partilhou no Facebook esta terça-feira de manhã (26.11) uma declaração preliminar sobre o processo eleitoral na qual destaca que se registaram 38 incidentes durante o dia eleitoral, a grande maioria sem gravidade.

A plataforma destaca ainda a "mobilização, civismo e participação notável" do povo guineense no pleito.

A Célula da Monitorização Eleitoral diz ainda que é da responsabilidade dos candidatos presidenciais "sensibilizar os seus apoiantes no sentido de se evitar todas as formas de violência".

09:00 O candidato presidencial do PAIGC, Domingos Simões Pereira, venceu o pleito em Cabo Verde com 78% dos votos. De acordo com os dados da Comissão Nacional de Eleições cabo-verdiana, na Praia, o candidato apoiado pelo MADEM-G1, Umaro Sissoko Embaló, conquistou 11% da votação, seguido de Nuno Nabiam com 7%.

08:52 No Twitter, os responsáveis da campanha do candidato do PAIGC, Domingos Simões Pereira, descrevem-no como "um amante da democracia" que "sabe respeitar as regras eleitorais".

 "Com a certeza de que pode fazer muito pelo nosso país e o nosso povo, o nosso próximo Presidente da República aguarda tranquilamente os resultados oficiais que serão anunciados pela CNE", lê-se na publicação.

08:19 O candidato apoiado pelo PAIGC às presidenciais guineenses, Domingos Simões Pereira, pediu o apoio da Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) caso seja necessária uma segunda volta das eleições, marcada para 29 de dezembro.

Numa carta assinada por Domingos Simões Pereira, o candidato e o Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau (PAIGC) pediram o apoio do partido liderado por Nuno Nabiam, também candidato, no caso de haver "necessidade de uma segunda volta". "O PAIGC e o seu candidato gostariam de contar com o apoio da vossa formação política durante a campanha eleitoral", refere-se na carta endereçada à direção da APU-PDGB.

Os resultados das eleições presidenciais de domingo ainda não foram divulgados, o que deverá acontecer até quarta-feira, segundo a Comissão Nacional de Eleições (CNE). 

Domingos Simões Pereira (PAIGC), no dia da votaçãoFoto: DW/I. Dansó

07:59 Para Miguel de Barros, sociólogo e observador da Célula de Monitorização Eleiroral, as presidenciais decorreram sem incidentes e num clima ordeiro e pacífico. Em entrevista à DW África, Miguel de Barros defende que o sucesso das eleições deve-se ao civismo do povo, que nunca cede aos apelos à violência.

"A sociedade guineense, independentemente de se manifestar crente na alteração do ponto de vista das transições políticas através do mecanismo da democracia eleitoral, também continua a acreditar que o fundamento para a sua ação pública passa essencialmente pela instituição de um processo cada vez mais democrático, inclusivo, mas também transparente", considera o sociólogo.

07:00 Já há algumas movimentações partidárias na Guiné-Bissau, na tentativa de procurar apoio político caso haja uma segunda volta das eleições presidenciais. A correspondente da DW África em Bissau Fátima Tchumá Camará informa que a direção do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), do candidato Domingos Simões Pereira, solicitou apoio a Nuno Nabiam em caso de segunda volta em dezembro.

Esta terça-feira (26.11), em Bissau, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e a União Africana fazem uma declaração preliminar da Missão de Observação Eleitoral às eleições presidenciais.

Ontem a missão de observação dos Estados Unidos da América (EUA) afirmou que a votação decorreu com calma e transparência e com uma forte participação dos eleitores. Também a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) considerou que o pleito decorreu "num clima de calma e cordialidade" e que os incidentes registados não puseram em causa o processo. 

Exemplar do boletim de voto das eleições presidenciais guineensesFoto: DW/B. Darame

 

Segunda-feira, dia 25 de novembro

20:59 O nosso acompanhamento "minuto a minuto" da contagem dos votos das eleições presidenciais na Guiné-Bissau termina hoje por aqui. Voltamos amanhã com mais atualizações.

Eleições: Guineenses passam “mensagem clara” ao mundo

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19:51 Sociólogo guineense Miguel de Barros diz em entrevista à DW África que o povo guineense passou uma "mensagem clara" ao mundo com a realização das presidenciais de domingo, sem incidentes, num clima ordeiro e pacífico.

"O povo votou com a crença de que tem a capacidade, através de participação cívica e democrática, na transformação do seu país. Isto está claro e essa mensagem passou, não só agora, mas também nas eleições legislativas de março passado", afirma o sociólogo.

19:03 CEDEAO pede aos candidatos para que "aceitem a vontade do povo da Guiné-Bissau" e que "qualquer contestação seja feita dentro do quadro legal".

O líder da missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) disse esta segunda-feira que os incidentes registados no dia da votação "não puseram em causa o processo". Segundo Soumeylou Maiga, ex-primeiro-ministro do Mali, "não foram registados incidentes de maior", apenas a ausência de nomes em algumas listas ou a falta de tinta indelével em algumas assembleias de voto.

Em resumo, "as eleições realizaram-se num clima calmo e aprazível", com a "participação importante de mulheres e de jovens" e tenso sido asseguradas as condições de segurança, com a presença de "forças nacionais e da Ecomib", a força da CEDEAO na Guiné-Bissau.

Soumeylou Maiga afirmou que "estas eleições são uma etapa crucial na consolidação democrática e deverão normalmente colocar um fim à crise social e política na Guiné-Bissau". Apelou ainda às autoridades eleitorais para finalizarem o processo eleitoral "com equidade, abertura e transparência até à divulgação dos resultados". A missão da CEDEAO conta com 60 membros.

18:47 A contagem dos votos já terminou nas assembleias, segundo fonte da Comissão Nacional de Eleições. Agora, os dados serão compilados pela CNE em Bissau. O organismo prevê divulgar resultados das presidenciais de domingo até quarta-feira (27.11). 

Apelos à calma após presidenciais na Guiné-Bissau

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18:38 Observadores eleitorais dos EUA consideram que as presidenciais de domingo na Guiné-Bissau foram "calmas, transparentes e eficientes".

"As equipas de observação dos Estados Unidos testemunharam um processo de votação calmo, transparente e eficiente e observaram alta participação de eleitores, uma atmosfera positiva e conduta profissional da equipa de votação e das forças de segurança", lê-se num comunicado da representação diplomática dos EUA em Bissau. Houve registo apenas de "questões técnicas menores", que não influenciam a "credibilidade" da votação ou o "espírito geral do processo eleitoral".

No comunicado, os EUA felicitam "todos os que participaram" nas presidenciais, nomeadamente a Comissão Nacional de Eleições, sociedade civil e forças de segurança. Os EUA destacaram para a votação de domingo 40 observadores internacionais, que visitaram 110 assembleias de voto em sete regiões do país.

Contagem dos votos na Guiné-BissauFoto: DW/B. Darame

18:25 Guineenses esperam que políticos aceitem os resultados eleitorais. Nas redes sociais, várias pessoas confiam que não haverá problemas depois de a CNE divulgar os resultados, até porque o escrutínio já foi considerado pelos observadores como transparente. Na página da DW no Facebook, Mário Incada comenta que os políticos têm "poucas se não nenhuma opção boa além de aceitar os resultados vindos das urnas."

Saico Embalo escreve que, se as eleições foram livres, justas e transparentes, "ninguém rejeitará" os resultados. Adulai Cande também acredita que, se as eleições foram justas, transparentes e credíveis, os "políticos guineenses vão aceitar a decisão do povo". Braima Balde sugere que, se alguém tiver reclamações, deve apresentá-las à Comissão Nacional de Eleições (CNE) e frisa que o mais importante é a união na Guiné-Bissau, para o "bem-estar do país".

Outro seguidor está mais cético: "Os sinais já mostram que [aceitar os resultados] talvez não [ocorra]. Durante a campanha eleitoral, alguns candidatos [deram] sinais de que pelo menos não aceitarão resultados para salvaguardar suas ambições políticas e pessoais", afirma Calido Schuster Mango.

17:16 Célula de Monitorização do Processo Eleitoral 2019 faz um balanço positivo destas eleições. Segundo os observadores, a votação decorreu, em geral, "num ambiente calmo, pacífico e sereno". A maior parte das assembleias de voto observadas abriu à hora prevista e só em 11 houve curtas interrupções na votação. Na maioria, as urnas encerraram também à hora marcada, "num clima de paz e de normalidade".

A Célula de Monitorização diz ainda ter assinalado, através dos monitores no terreno, 40 "casos isolados" de irregularidades. Em resposta, o organismo afirma ter entrado em contacto com os órgãos gestores do processo eleitoral "para desbloquear estas situações".

16:34 No Facebook, as Nações Unidas congratularam os guineenses pela condução das eleições presidenciais de domingo.

16:23 Analista político lembra que a expetativa é grande em relação ao resultado destas eleições. Em entrevista à DW África, o jurista Rui Landim espera que, independentemente de quem ganhar as eleições, o importante é a Guiné-Bissau afirmar-se no plano internacional, com respeito.

Analista Rui LandimFoto: DW/B. Darme

"Tem que ser uma Guiné-Bissau unida, que se possa afirmar no plano internacional, com respeito e muita respeitabilidade, e não como nos últimos cinco anos, com uma imagem degradada e nos últimos lugares dos países desenvolvidos", diz Rui Landim.

16:12 Fonte da CNE avança à DW África que, até agora, ainda não foram registadas queixas em relação ao processo eleitoral.

15:32 Líderes religiosos pedem aos candidatos para aceitarem os resultados a serem divulgados pela Comissão Nacional de Eleições.

"Esperamos com toda a tranquilidade o que dirão os resultados das urnas, para nos conformarmos. Agradecemos aos nossos pela forma como decorreu a campanha até nesta fase e esperamos que sejam também pessoas que se vão conformar com os resultados que serão divulgados", afirmou o presidente da União Nacional de Imãs, Aladje Bubacar Djaló.

Guineenses esperançosos após eleições

01:18

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14:30 A Comissão Nacional de Eleições (CNE) volta a assegurar que a votação de domingo "correu bem em todo o território nacional" e que os órgãos eleitorais estão "determinados a fazer tudo com transparência". Isto, depois de circularem acusações de enchimento de urnas e compra de votos.

Em entrevista à agência de notícias AFP, a porta-voz da CNE, Felisberta Moura Vaz, diz que é impossível haver fraude, porque a contagem dos votos é feita na presença de representantes dos candidatos. Na semana passada, a porta-voz da CNE também já tinha assegurado à DW África que o processo eleitoral na Guiné-Bissau "é dos mais transparentes que existe".

Foto: AFP/C. Costa

14:09 Primeiro-ministro português, António Costa, espera que as eleições presidenciais de domingo tragam paz e estabilidade à Guiné-Bissau: 

"É muito importante que se tenham realizado eleições, que tenham decorrido sem incidentes e os votos que faço é que a Guiné-Bissau possa encontrar um caminho de estabilidade democrática e de paz entre todos", afirmou António Costa à imprensa durante uma visita a Paris.

"É muito importante que hoje em dia todo o espaço da língua portuguesa seja espaço de liberdade, democracia e respeito pelos direitos humanos", acrescentou o primeiro-ministro português.

13:55 A Comissão Nacional de Eleições (CNE) guineense classifica como "lamentável e triste" a alegacão feita pela campanha do candidato José Mário Vaz de que boletins de voto antecipado teriam sido "transferidos de Bissau para Bafatá e de Bafatá para Djabicunda, para serem introduzidos nas urnas".

Num comunicado publicado esta segunda-feira (25.11), o presidente da CNE, José Pedro Sambú, diz que a alegacão revela "falta de conhecimento das regras procedimentais do voto antecipado" e suspeita de uma "atuação dolosa, para perturbar a consciência das pessoas menos atentas".

A CNE esclarece que os votos "devem ser contabilizados na mesa de assembleia de voto onde consta o nome no caderno eleitoral" - e isso aplica-se também aos votos antecipados. No comunicado salienta-se ainda que "não se pode infernar uma instituição nobre, repleta de credibilidade e de idoneidade, nas sucessivas eleições já realizadas e com sucesso, cuja missão é assegurar e divulgar a vontade expressa dos eleitores nas urnas, legitimando os órgãos eletivos do poder político."

No domingo, a CNE fez um apelo aos candidatos, à comunidade nacional e internacional e aos meios de comunicação social para se absterem "de veicular informações conducentes aos resultados eleitorais"Foto: DW/B. Darame

13:39 Guineenses elogiam clima de tranquilidade durante as presidenciais. Edilson da Silva, do norte da Guiné-Bissau, elogia na página da DW no Facebook o facto de a votação ter decorrido num "clima de total tranquilidade", começando e terminando à hora marcada. Rómulo Nogueira também faz um balanço positivo: "As eleições na Guiné-Bissau sempre decorrem forma pacífica e transparente".

Sobre a contagem dos votos, um outro seguidor da DW, Iaia Satina, mostra-se confiante no processo: o "nosso sistema eleitoral é ultra transparente e isso devemos preservar, melhorar e orgulhar". No domingo, a CNE prometeu divulgar os primeiros resultados provisórios "nas próximas 72 horas".

12:33 O Gabinete de Coordenação Política e Planificação Estratégica da campanha do candidato presidencial Umaro Sissoco Embaló informa em comunicado que "nenhum candidato irá conseguir 50% + 1 voto, previstos na lei, para ser proclamado vencedor logo na primeira volta". A Comissão Nacional de Eleições (CNE) ainda não confirmou esta informação.

A direção da campanha do candidato apoiado pelo Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15) escreve ainda na mesma nota que o processo eleitoral foi "uma lição de maturidade política e de consciência patriótica".

10:46 Na página da delegação da ONU em Bissau, lê-se que 176 observadores internacionais do Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), União Africana, Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e Estados Unidos acompanharam as eleições em todo o país e deverão emitir um relatório detalhado sobre o pleito noss próximos dias.

10:27 O correspondente da DW África em Bissau, Iancuba Dansó, conta que a capital Bissau amanheceu "silenciosa" e "em expectativa", à espera do pronunciamento da Comissão Nacional de Eleições (CNE) sobre o apuramento eleitoral.

A CNE prometeu no domingo (24.11) que divulgaria os primeiros resultados da votação em 72 horas.

Eleitores esperam para votar em Bissau, no domindo (24.11)Foto: DW/F. Txuma Camara

10:18 Na página de Facebook da Célula de Monitorização Eleitoral da Sociedade Civil, aquela estrutura volta a frisar que foram cumpridos todos os procedimentos formais na contagem de votos das eleições presidenciais guineenses. Dos 311 monitores distribuídos pelo terreno, apenas um relatou o não cumprimento de questões formais do apuramento eleitoral.

09:50 As eleições na Guiné-Bissau estão ser notícia um pouco por todo o mundo. A maioria dos jornais destaca o clima pacífico do dia das votações, apesar das semanas politicamente conturbadas que antecederam o dia do escrutínio. Estas foram uma das eleições mais disputadas de sempre naquele país da costa atlântica africana.

Continua contagem de votos na Guiné-Bissau

01:20

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08:29 O processo de apuramento eleitoral é acompanhado de perto pelas missões de observação internacionais no terreno. O chefe da missão de observação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Oldemiro Balói, destaca o clima pacífico e ordeiro do escrutínio, bem como a não ocorrência de incidentes relevantes.

07:54 O Governo português felicitou no domingo (24.11) à noite o povo guineense "pela forma pacífica e ordeira" como decorreram as eleições presidenciais na Guiné-Bissau, e apelou para que "seja garantido o respeito integral pela vontade popular", no quadro da lei. Um comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português sobre as eleições na Guiné-Bissau refere que "as primeiras indicações apontam para uma significativa participação dos eleitores".

 "Os guineenses expressaram livremente as suas preferências, à semelhança do que sucedeu nas legislativas de março último. Demonstraram, assim, o seu profundo empenho na consolidação democrática do país", acrescenta o MNE no comunicado.

Observadores da CPLP em Bissau no dia das eleiçõesFoto: DW/B. Darame

07:30 No domingo (24.11), 261 dos 400 cidadãos guineenses recenseados para votar na mesa de voto da capital francesa para as presidenciais na Guiné-Bissau não deixaram de comparecer, num dia marcado pela animação geral e esperança de "normalização do país". "Tudo correu muito bem, trabalhámos bem e não houve queixas", explicou Bakar Demba Djaci, presidente da mesa de voto da capital francesa.

O responsável relatou apenas dois incidentes com eleitores que vieram votar com sinais externos de apoio a candidatos, algo proibido durante o ato eleitoral, referindo que após uma conversa tudo decorreu com normalidade.

07:05 A correspondente da DW África em Bissau, Fátima Tchumá Camará, informa que as eleições presidenciais na Guiné-Bissau decorreram num clima de tranquilidade. O escrutínio foi seguido por mais de uma centena de observadores internacionais. A comissão Nacional de Eleições fez um balanço preliminar e considera que o processo de votação foi positivo. As urnas fecharam oficialmente às 17 horas em conformidade com a lei eleitoral, mas sem prejuízo do voto dos eleitores que ainda se encontravam na fila.

25.11.19 - Balanço eleições GB - MP3-Mono

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A contagem de votos iniciou-se sob olhar atento da população, dos observadores internacionais e dos órgãos de comunicação social.

A porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Felisberta Vaz, apelou à tolerância, serenidade e sentido de responsabilidade de todos os envolvidos no processo eleitoral. A responsável garantiu que os resulados provisórios oficiais deverão ser divulgados até quarta-feira.

Rafael Branco, o chefe dos observadores da missão da União Africana, considerou que a ida às urnas foi um sucesso. "Uma avaliação muito positiva, uma festa da transparência que estamos a testemunhar de maneira calma", comentou.  

Felisberta Vaz, porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE)Foto: DW/B. Darame

07:00 Ao longo do dia de hoje, iremos acompanhar a contagem de votos das eleições presidenciais da Guiné-Bissau, bem como as reações mais relevantes ao pleito.

Cerca de 760.000 guineenses foram chamados às urnas no domingo (24.11) para eleger o novo Presidente guineense entre 12 candidatos. A votação decorreu sem incidentes em todo o país. A Comissão Nacional de Eleições (CNE) anunciou que os resultados provisórios serão divulgados até ao final do dia de quarta-feira (27.11).

Pode ler ou reler o acompanhamento ao minuto do dia eleitoral no liveblog do dia das eleições.

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