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++ Minuto a Minuto: Eleições em Moçambique ++

Nuno de Noronha | Maria João Pinto | Thiago Melo | Nádia Issufo (Quelimane) | Guilherme Correia da Silva | Leonel Matias (Maputo) | Amós Fernando (Tete) | Sitoi Lutxeque (Nampula) | Marcelino Mueia (Quelimane) | Luciano da Conceição (Inhambane) | Bernardo Jequete (Manica) | Carlos Matsinhe (Xai-Xai) | Arcénio Sebastião (Beira) | Delfim Anacleto (Pemba) | Cristiane Vieira Teixeira (Berlim) | Bernardo Jequete (Chimoio) | João Carlos (Lisboa) | Lusa
15 de outubro de 2019

Cerca de 13,1 milhões de eleitores moçambicanos são esta terça-feira (15.10) chamados a escolher o Presidente da República, 250 deputados do Parlamento e, pela primeira vez, dez governadores provinciais.

Wahlen in Mosambik Maputo
Foto: Getty Images/AFP/G. Guercia

Todas as atualizações na hora de Maputo

 

Os principais acontecimentos até agora:

  • Arrancou a contagem dos votos em dezenas de assembleias em todo o país
  • Urnas encerraram oficialmente às 18h00, mas a votação continua em algumas assembleias de voto onde havia ainda muitos eleitores na fila;
  • Partidos da oposição e organizações da sociedade civil denunciam irregularidades;
  • CIP denuncia tentativas de enchimento de urnas; Pelo menos uma pessoa detida por posse ilegal de boletins de voto;
  • CNE fala em "muita participação" no pleito; Missão de Observacão Eleitoral da União Europeia defende que "processo desenrola-se conforme o previsto";
  • Tumultos paralisaram por minutos mesas de votação na Ilha de Moçambique;
  • Presidente da República, Filipe Nyusi, pediu ao país para mostrar ao mundo que Moçambique "apoia a democracia";
  • Candidato presidencial da RENAMO, Ossufo Momade, disse que "nunca" vai aceitar "resultados eleitorais manipulados";
  • Candidato do MDM à Presidência pede eleições "transparentes, livres e justas";
  • Urnas abriram às 7:00 em praticamente todo o país, com ligeiros atrasos apenas em algumas localidades;

Consulte também os outros liveblogs sobre as eleições em Moçambique:

Minuto a Minuto: a contagem dos votos em Moçambique

Minuto a Minuto: Resultados das eleições em Moçambique

 

22:00 Fica por aqui o acompanhamento ao minuto do dia das eleições gerais em Moçambique. Voltamos amanhã, às 7h00, com todas as informações sobre o apuramento dos votos. Até lá, fique com a síntese deste dia de votação.  

Foto: DW/C. V. Teixeira

21:48 Em Nampula, um agente da polícia alvejou-se acidentalmente com três tiros no joelho, quando tentava disparar para o ar para dispersar amotinados, alegadamente para controlar o seu voto, na Escola Primária de Muegane, diz o correspondente da DW Sitói Lutxeque. O agente aguarda o transporte para ser socorrido no Hospital Central de Nampula. 

21:35 O apuramento parcial dos votos está a começar nas 20.162 mesas de voto, num primeiro passo no processo que pode levar até 15 dias para a divulgação oficial dos resultados. Foi assim nas anteriores eleições gerais, há cinco anos, lembra a agência Lusa: a votação ocorreu a 15 de outubro e a divulgação de resultados oficiais pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) no dia 30.

No entanto, cerca de uma semana antes, os dirigentes partidários já faziam declarações públicas sobre os resultados, ditos provisórios. É que, apesar de os resultados oficiais poderem demorar 15 dias a ser anunciados, a cada dia que passa depois das eleições vão sendo consolidados os resultados distritais e provinciais, pelo que bastará fazer as contas.

O calendário eleitoral publicado no Boletim da República de 10 de julho de 2018 e referente a estas eleições gerais estabelece os prazos do processo. O anúncio dos "resultados da centralização nacional e do apuramento geral dos resultados" deve ser feito "num prazo máximo de 15 dias, contados a partir da data de votação".

21:18 "Mesas especiais para eleitores fantasmas" em Gaza? É uma questão levantada pelo Centro de Integridade Pública, que diz que foram reportadas muitas assembleias de voto sem eleitores nas áreas onde o número de eleitores excede a população em idade eleitoral.

21:05 Na Matola, já há quem cante vitória, diz A Verdade:

20:50 José Manteigas, mandatário da RENAMO em Inhambane e porta-voz nacional do partido, foi detido pela Força de Intervenção Rápida ao final da tarde, quando acompanhava a contagem dos votos na Escola Primária de Madauca, em Massinga. Em declarações ao correspondente da DW, Luciano da Conceição, a partir do Comando Distrital de Massinga, Manteigas disse que tudo começou no período da manhã, quando a comissão distrital de eleições tentou retirar a sua credencial e o deputado recusou. Já ao início da noite, foi surpreendido pelas forças de segurança, que dizem aguardar a legalização da prisão pela procuradoria distrital. José Manteigas classifica a sua detenção como uma forma de intimidar a oposição num ato democrático e de pluralismo. 

20:36 A Sala da Paz refere que o ambiente "continua calmo", segundo um relatório de observação distribuído à comunicação social. O documento relata casos de eleitores "na posse de boletins de votos" já marcados, todos fora dos locais da votação, e alguns "favoráveis ao partido FRELIMO [no poder] e ao seu candidato", Filipe Nyusi. Os casos foram reportados em Angoche, província da Zambézia, e Molumbo, na província de Nampula, respetivamente Centro e Norte do país.

A Sala da Paz congrega várias organizações não-governamentais que observam as eleições em Moçambique. Foto: DW/N. Issufo

Noutros pequenos incidentes, os dados recolhidos pela Sala da Paz apontam para casos de eleitores que não puderam votar porque o nome não constava do caderno eleitoral do local de recenseamento e queixas de propaganda em local indevido. Observou-se ainda "um caso de interrupção do processo de votação devido a pancadaria entre escrutinadores e delegados de candidaturas de partidos políticos", na Ilha de Moçambique.

A Plataforma Transparência Eleitoral, uma coligação de organizações da sociedade civil moçambicana, testemunhou igualmente casos de divergências que provocaram algumas interrupções. O retrato é feito com base em dados recebidos de cerca de metade das 3.100 mesas de voto observadas pela organização. Apenas em redor de 5% daquelas mesas houve registo de agitação, provocada por desorganização da fila de votação e casos de intimidação e de violência das autoridades contra eleitores, especialmente em Gaza, Nampula e Manica, lê-se no relatório da plataforma.

20:10 Como é que se procede ao encerramento das urnas e à contagem dos votos? O correspondente da DW em Tete acompanhou este processo na Escola Primária Josina Machel:

Eleições em Moçambique: Arranca a contagem dos votos

00:59

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19:58 Em Quelimane, o correspondente da DW Marcelino Mueia dá conta da apreensão de um veículo contendo boletins de voto. A viatura foi apreendida no bairro Coalane por populares que estranharam a presença do veículo junto ao posto de votação da Escola Primária de Coloane. O proprietário não conseguiu explicar o porquê de se encontrar na posse de uma caixa com votos. Um fiscal da RENAMO levou alguns dos boletins à polícia.

19:18 O Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, fez votos de que as eleições gerais em Moçambique sejam "pacíficas, participadas e um passo importante no sentido do futuro político, económico e social" do país. Marcelo Rebelo de Sousa disse ainda esperar que estas eleições "possam ser a continuação de um processo, abrindo para um futuro", porque "um futuro melhor para Moçambique é um futuro melhor para Portugal". O chefe de Estado português manifestou o desejo de que o mesmo aconteça em novembro, nas eleições presidenciais da Guiné-Bissau.  

19:12 De acordo com a lei, onde ainda houver eleitores à espera para exercer o seu direito de voto, as assembleias permanecem abertas. Às 18h30, segundo a agência Lusa, eram os casos das mesas de voto instaladas nas escolas Eduardo Mondlane e 07 de Abril, em Chimoio, capital provincial de Manica, no centro de Moçambique. Na Escola Primária de Coalane, o correspondente da DW em Quelimane, Marcelino Mueia, dá conta de dezenas de eleitores ainda na fila. Os escrutinadores querem atender a todos, mas muitos cidadãos desistiram pelo cansaço.

18:54 Também em Inhambane, dezenas de mesas já deram início à contagem dos votos. Na Escola Primária de Rumbana, em Maxixe, o correspondente da DW, Luciano da Conceição, constatou que os observadores da União Europeia estão acompanhar o processo. Os brigadistas ainda estão a contabilizar os votos nas urnas em relação ao número de eleitores.

18:41 Em muitos pontos do país, a votação continuou além das 18h00. Foi o caso desta assembleia de voto na Matola, mostra o jornal A Verdade, parceiro da DW África:

18:37 Na cidade de Tete, várias mesas encerraram pontualmente, às 18h00. Na Escola Primária Josina Machel, todas as cinco mesas de votação já estão encerradas, diz o nosso correspondente, Amós Zacarias. Neste momento, começa a contagem dos votos. O processo está a ser assistido por observadores da União Africana e União Europeia. 

Observadores da UA e UE em Tete.Foto: DW/A. Zacarias

18:27 Dez tentativas de fraude recorrendo a boletins de voto extra foram detetadas durante as eleições gerais em Moçambique, relata o Centro de Integridade Pública (CIP). Segundo o CIP, com base nos relatos da sua rede de observadores, desde o início da votação,  "têm sido apanhadas pessoas com boletins em branco ou marcados a favor da FRELIMO e do seu candidato presidencial", Filipe Nyusi.

O caso mais flagrante passou-se em Angoche, província de Nampula, norte do país, onde um homem foi apanhado com 27 boletins de voto, tendo sido denunciado às autoridades, relata o CIP. Registaram-se casos semelhantes em Milange, Mopeia, Mocuba, Inhassunge, Namarroi e Quelimane, na província da Zambézia, e na Beira e Cheringoma, província de Sofala.

Citado pelo boletim de observação do CIP, Felisberto Naife, diretor do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE), aponta para uma "investigação prévia" que permita apurar o que se passou em cada situação - e para determinar a autenticidade dos boletins de voto extra. 

18:19 Nas redes sociais, organizações da sociedade civil continuam a denunciar irregularidades registadas ao longo do dia. É o caso do CESC: 

18:06 Em várias assembleias de voto, as filas ainda eram longas a escassos minutos do final da votação, marcado para as 18h00. Na cidade de Lichinga, por exemplo, a DW constatou algumas "trocas de mimos" entre membros de mesas de voto e eleitores que deixaram a votação para a última hora. Em Nampula, viveram-se também momentos de agitação nos últimos minutos no Instituto Industrial e Comercial, com os eleitores a queixarem-se da lentidão do processo. Alguns cidadãos impacientes acabaram por desistir de votar e abandonaram as longas filas.

Eleições em Moçambique: Agitação em Nampula

00:24

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17:51 A Sala da Paz fez o seu segundo informe deste dia de eleições, apontando irregularidades em vários pontos do país:

17:32 A menos de meia hora para o encerramento das urnas, as sete mesas de voto que funcionam na escola primária de Nhamabira, arredores da cidade de Tete, continuam a registar uma afluência massiva de votantes. Os eleitores, na sua maioria, jovens, dizem que só sairão depois de votarem. O mesmo não se pode dizer das escolas primárias Josina Machel e Paulo Nkacomba, que tendem a registar um abrandamento no número de eleitores. 

17:28 A Comissão Provincial de Eleições em Tete avalia positivamente o decurso da votação na província. Cerca de 97% das mesas de votação instaladas abriram às 7h00. E, até às 15h00, ainda não havia registo de casos alarmantes de ilícitos eleitorais, com a exceção dos distritos de Marara, Chiúta e cidade de Tete, onde observadores foram impedidos de aceder às mesas de votação.

Eleições em Moçambique: Balanço positivo em Tete

00:40

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17:24 A cidade de Nampula está a registar, esta tarde, maior afluência dos cidadãos, sobretudo na zona urbana, mas a tendência é contrária nas periferias. Por exemplo, na Escola Primária Acordos de Lusaka, a mais de dez quilómetros do centro da cidade, apenas funciona uma das seis mesas instaladas. Tudo por falta de eleitores.

Foto: DW/S. i Lutxeque

17:15 A enviada da DW África descreve um ambiente de calma na cidade de Quelimane, na província da Zambézia, a cerca de 45 minutos do encerramento das urnas:

17:06 O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, deixa uma mensagem aos moçambicanos: "Desejo o melhor aos moçambicanos, numa altura em que realizam eleições pacíficas para escolher o Governo do seu país. Para nós, isto aprofunda a democracia, fortalece-a, e esperamos continuar com as nossas maravilhosas relações com Moçambique e o povo moçambicano".

16:55 Muitos eleitores em Quelimane temem não conseguir votar. O receio aumenta porque o número de eleitores em algumas assembleias de voto, como no bairro Coalane, por exemplo, triplicou esta tarde, em relação ao período da manhã.

Longas filas para votar durante a tarde no bairro de Coloane.Foto: DW/M. Mueia

16:50 Em Lisboa, duas mesas registam os votos dos eleitores moçambicanos na Embaixada de Moçambique. A votação começou às 10h00 e vai até às 21h00 locais. Membros de partidos políticos dizem não ter recebido credenciais para acompanhar a votação.

Eleições em Moçambique: Votação da diáspora em Portugal

01:28

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16:45 O mandatário da RENAMO em Gaza, Arnaldo Zacarias, sublinha que o STAE excluiu deliberadamente os seus membros e delegados de candidaturas das assembleias de voto, justificando com uma medida de controlo que impede os eleitores de estarem a menos de 300 metros das assembleias de voto depois do encerramento das urnas, às 18h00. Em declarações à DW, o representante da RENAMO denuncia ainda o estacionamento de carros junto aos postos de votação na cidade de Xai-Xai, suspeitando tratar-se de transporte de urnas com votos. Já o delegado do MDM, Alberto Nhamuche, dá conta de um eleitor com boletins preenchidos numa assembleia de voto na Macia. O caso ja foi comunicado à polícia, afirma.

16:33 Em Gaza, a RENAMO denuncia a exclusão dos seus representantes nas mesas de voto através de alegadas manobras como a emissão de credenciais com erros para evitar a fiscalização das eleições. Também o MDM se queixa da exclusão dos seus membros e mostra-se preocupado com o alegado envolvimento ilegal de pelo menos uma agente da Polícia da República de Moçambique na votação, "disfarçada com crachá de supervisor do STAE". Já a CNE em Gaza acusa os partidos da oposição e algumas organizações da sociedade civil de forçarem a observação eleitoral sem respeitar a lei, com "falsificação de credenciais e carimbos".

Foto: DW/C. V. Teixeira

16:26 Em algumas assembleias de voto da na cidade de Pemba, em Cabo Delgado, é visível a presença de forças policiais à boca das urnas, contrariamente ao estabelecido pela pela lei. O correspondente da DW constatou esta situação nas escolas primárias de Ngonane, Alto Gincone, Natite e Cariacó.

16:20 Em Quelimane, na província central da Zambézia, cidadãos de alguns bairros denunciam problemas com os cartões de eleitor. Entretanto, o STAE diz não ter recebido queixas, mas garante estar preparado para eventuais problemas com os cartões.

Cidadãos relatam problemas com os cartões de eleitor

02:47

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16:15 Em Inhambane, a RENAMO prepara-se para se pronunciar sobre várias irregularidades que diz estarem a marcar o processo eleitoral. No distrito de Zavala, esta manhã, foram expulsos das assembleias de mesas de voto quatro membros do maior partido da oposição. Ouvido pelo correspondente da DW no local, o diretor da Comissão Distrital de Eleições em Zavala, Raimundo Mombe, disse que os representantes da RENAMO foram retirados porque "os verdadeiros donos dos lugares" já tinham chegado. Os quatro lugares foram preenchidos por professores que não tiveram nenhuma formação em matéria eleitoral. 

16:07 Há mais denúncias de irregularidades em vários pontos do país. Em Sofala, a Sala da Paz diz que os seus observadores foram impedidos de trabalhar. Em conferência de imprensa, esta tarde, a organização denunciou igualmente a tentativa de enchimento de urnas em vários pontos da província. Uma queixa ouvida também na conferência de imprensa do Comité de Resposta e Reconciliação da Plataforma "Monitor": a organização diz que o processo de votação está a decorrer com várias irregularidades, pelo menos em quatro distritos onde está a monitorizar a observação - Angoche, Monapo, Nacala-Porto e na cidade de Nampula. Além do enchimento de urnas, há registo de falta de nome e número dos cidadãos nos cadernos eleitorais.

15:55 O Centro de Aprendizagem e Capacitação da Sociedade Civil (CESC) partilha no Twitter a avaliação dos seus 450 observadores eleitorais nas primeiras horas de votação em Nampula, Gaza e Zambézia. Destaca forte afluência e tentativas de fraude em Nampula - com boletins de voto previamente preenchidos a favor da FRELIMO - a inibição, pelo STAE, da observação eleitoral da sociedade civil em Gaza, atrasos na abertura de mesas de voto, a baixa afluência nas urnas em Gaza e deseorganização e confusão no arranque da votação na Zambézia:

15:41 Em Manica, o correspondente da DW, Bernardo Jequete, dá conta de uma votação sem sobressaltos nem registo de ilícitos eleitorais.

Fila para votar em Manica, esta manhã.Foto: DW/B. Jequete

O primeiro cabeça de lista a votar, esta manhã, foi Arone Mossualho, do MDM, na Escola Secundária Mazicuera. Seguiram-se o cabeça de lista pela RENAMO, Alfredo Magumisse, na Escola Secundária Eduardo Mondlane e Manuel Rodrigues, governador de Manica e cabeça de lista pela FRELIMO na província de Nampula. A cabeça de lista a governadora de Manica, Francisca Domingos Tomás, teve de votar no Niassa, local onde se recenseou.

Apesar de, no geral, os partidos políticos darem nota positiva ao arranque do processo na província de Manica, continuando a apelar ao voto, o delegado provincial do MDM, Humberto Escova, lamentou a circulação de automóveis blindados, na zona de Pinanganga, no distrito de Gondola, e acusou o contingente policial de semear o medo entre os eleitores.

15:30 Quando faltam cerca de 2h30 para o encerramento das urnas, a afluência de eleitores tende a baixar significativamente na Escola Secundária de Pemba e na Escola Primária de Ingonane, em Pemba, província de Cabo Delgado. Segundo o correspondente da DW, Delfim Anacleto, já há assembleias de voto completamente vazias.

Assembleia de voto em Pemba.Foto: DW/D. Anacleto

15:20 A meio da tarde, fazemos o ponto de situação das eleições em imagens, de norte a sul do país. A grande afluência de eleitores marcou as primeiras horas de votação: 

15:15 O secretário-geral da RENAMO, André Magibire, manifestou preocupação em relação a supostas irregularidades no processo de votação que afirma estarem a ocorrer nas regiões centro e norte do país. Falando aos jornalistas esta tarde, depois de votar na Escola Primária Filipe Samuel Magaia, na cidade de Maputo, Magibire citou como exemplos cidadãos com votos previamente marcados a favor da FRELIMO na Ilha de Moçambique e a interdição do acesso às mesas a quase todos os representantes da RENAMO e do MDM em Angoche. "Esse tipo de comportamento tem de acabar. Esperávamos ser um exemplo, mas, de novo, continuamos com essas manobras cíclicas com tendências de fraude", frisou o responsável da RENAMO.

Já o secretário-geral da FRELIMO, Roque Silva, apelou a todas as lideranças para usarem um discurso de paz e de reconciliação, abandonando qualquer tipo de ameaça, porque não ajudam a consolidar a democracia: "Foram criados mecanismos de reclamação, até de recurso à justiça, para reclamar qualquer tipo de situação que seja desconfortável neste processo, então, deixemos as instituições exercerem o seu dever".    

15:08 2.479 eleitores estão inscritos para votar no exterior, segundo a CNE. 660 deles, na Alemanha - em Berlim, Hamburgo, Estugarda e Munique. Na assembleia de voto da capital alemã, a votação foi tranquila pela manhã. 

Eleições em Moçambique: Votação em Berlim sem filas

01:44

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14:57 O ex-chefe de Estado moçambicano Armando Guebuza apelou a uma adesão massiva às assembleias de voto, considerando que é fundamental que os moçambicanos façam a sua escolha. "É fundamental que todos os moçambicanos que têm cartão de eleitor votem", disse Armando Guebuza, após votar na Escola 3 de Fevereiro, no centro da capital de Moçambique. "Este é o grande apelo e é importante que se faça isso. Os resultados [sobre o futuro de Moçambique] vão sair daqui", frisou.

Durante os 43 dias de campanha eleitoral foi notória a ausência do ex-Presidente, que, quando questionado sobre o assunto, admitiu que não participou nas atividades do seu partido (FRELIMO), mas preferiu não avançar os motivos. "Este não é o momento para fazer outra campanha, seria contra a lei comentar isso", concluiu Armando Guebuza.

14:50 A missão de observação do processo eleitoral da União Europeia (UE) classificou como "ordeiro" o processo de votação nas primeiras horas em Moçambique. "Por enquanto, registamos o que ocorreu na abertura e observamos que sucedeu num modo ordeiro. Há informação muito completa ao eleitor antes da votação, e isso é necessário para que o processo decorra como queremos que seja", disse o chefe da missão de observação eleitoral da União Europeia, Nacho Sánchez. A União Europeia tem mais de 150 observadores eleitorais de curto prazo espalhados pelo país, e cerca de 32 de longo prazo que estão instalados desde setembro. 

14:45 O presidente da Comissão Provincial de Eleições em Nampula, Daniel Ramos, afirma que o processo e votação está a decorrer sem nenhum constrangimento: "Avaliamos de forma positiva. Há muita afluência dos cidadãos eleitores e não há problemas até aqui".

Daniel Ramos lembra que, durante a formação, os membros das assembleias de voto nunca foram instruídos a proibir a entrada dos jornalistas e observadores nas assembleias de votação, estranhando, por isso, relatos que dão conta de um escrutinador que terá negado a entrada de jornalistas e observadores numa das assembleias de voto na Escola Primária Completa de Muatala, na cidade de Nampula.

O correspondente da DW no local dá conta de pelo menos oito cidadãos impedidos de votar, esta tarde, no Posto de Votação de Mulila, localizado no populoso bairro de Namicopo, na cidade de Nampula, porque os seus nomes e números não constam dos cadernos eleitorais. 

14:40 Longas filas para votar em Tete ao início da tarde:

Eleições em Moçambique: Longas filas em Tete

00:41

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14:36 Em Inhambane, regista-se uma diminuição no número de eleitores nas urnas desde o início da tarde. O correspondente da DW na província, Luciano da Conceição, diz que são mais de 20 as assembleias de voto sem eleitores nas últimas duas horas nas cidades de Maxixe e Massinga. Ainda assim, o presidente do STAE em Maxixe, Bernardo Pires, mostra-se confiante e diz acreditar que mais de 90 por cento dos eleitores vão votar nestas eleições. Segundo o responsável, é tradição muitas pessoas deixarem esta missão para a última hora.

Menor afluência às urnas desde o início da tarde em Inhambane.Foto: DW/L. da Conceição

14:22 A plataforma da Sala da Paz, uma plataforma eleitoral da sociedade civil que congrega cerca de 70 organizações não-governamentais, considera que, de um modo geral, as mesas de votação no país abriram a horas e com muita afluência dos eleitores, na maioria, homens.

Numa avaliação sobre a abertura do processo de votação, a Sala da Paz observou, no entanto, a ausência de alguns membros das assembleias de voto devido a várias razões, como a falta de assinatura de contratos. A plataforma apontou também que, em algumas províncias como Cabo Delgado e Inhambane, observadores devidamente identificados, mesmo apresentando crachás passados pela CNE, foram impedidos de fazer o seu trabalho, alegadamente por falta de credencial.

Ainda segundo a Sala da Paz, algumas mesas abriram com insuficiência de material como urnas e selos e foram identificados casos de cidadãos com boletins de votos já preenchidos antes da abertura de urnas em alguns locais na Zambézia, Tete e Nampula. Foram reportados, igualmente, casos de repetição de voto, nomeadamente em Cabo Delgado, e de tumultos na Ilha de Moçambique, na província de Nampula.

13:50 No Twitter, a FRELIMO acaba de divulgar os momentos da votação do cabeça de lista do partido em Sofala, Lourenço Bulha, que apelou ao voto e disse que esperava de forma serena pelos resultados.

13:43 Enquanto eleitores moçambicanos acorrem às urnas, Presidente Filipe Nyusi apela à paz e partidos da oposição pedem uma votação livre, justa e transparente. Veja o vídeo:

Apelos à paz e transparência nas eleições em Moçambique

01:13

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13:40 O candidato do partido extraparlamentar AMUSI à Presidência da República, Mário Albino, instou os órgãos eleitorais a garantirem que os resultados das eleições gerais reflitam o que vai acontecer nas "mesas de voto" e que não sejam desvirtuados. "Que os resultados sejam os desejados [pelo eleitorado], que sejam resultados que virão das mesas de voto", disse Mário Albino, em declarações aos jornalistas, após votar na cidade de Nampula, norte de Moçambique, esta manhã.

13:31 O candidato da RENAMO em Nampula, Luís Mecupia, denunciou o "uso da polícia pelo partido no poder" nas eleições.

Eleições em Moçambique: "O processo está a ser manchado"

01:47

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13:30 Na Beira, o correspondente da DW África Arcénio Sebastião, dá conta de dificuldades no processo de votação na Escola Primária Completa de Vaz. Uma das assembleias de voto chegou mesmo a ser palco de tumultos protagonizados por eleitores que aguardavam na fila para votar. O facto obrigou à intervenção policial. Ao que tudo indica, a escaramuça terá sido causada pela espera prolongada.

13:22 O ex-Presidente moçambicano Joaquim Chissano comentou que os moçambicanos devem fazer "sentir a sua voz" nas eleições, através de uma votação democrática e em consciência. "Estou satisfeito, porque contribui [através do voto] para que seja uma eleição democrática, que exprime a vontade do povo moçambicano, por isso, eu apelo para que todos venham votar, porque tem que se sentir a voz dos moçambicanos", declarou Joaquim Chissano, falando aos jornalistas, após votar, em Maputo. 

Mesa de voto em InhambaneFoto: DW/L. da Conceição

13:14 A Procuradora-Geral da República de Moçambique, Beatriz Buchili, prometeu rapidez no tratamento de crimes eleitorais, assinalando que os tribunais vão funcionar ininterruptamente durante o processo. "Capacitámos os nossos investigadores e magistrados, quer do Ministério Público, quer judiciais, para dar atendimento rápido a estes ilícitos eleitorais", disse Beatriz Buchili, em declarações aos jornalistas, após votar, em Maputo. 

13:10 No posto administrativo de Macuácua, o delegado de candidatura da RENAMO, Henrique Maria, refere que há eleitores que estão a ser induzidos a votar na FRELIMO. Segundo o correspondente da DW África Carlos Matsinhe, o responsável da RENAMO denuncia que tal está a acontecer com a conivência de um agente da polícia local.

Sala da Paz faz balanço positivo das eleições em Tete

01:10

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13:05 A Plataforma da "Sala da Paz", em Tete, faz um balanço positivo das primeiras horas de votação, apesar de alguns membros desta plataforma não terem sido credenciados pelos órgãos de administração eleitoral para a observação do pleito. Não obstante, Júlio Calengo, coordenador da "Sala da Paz" naquela região moçambicana, informa que a plataforma conseguiu credenciar 500 observadores que estão distribuídos por toda a província.

13:00 O Centro de Integridade Pública (CIP) informou esta manhã que foram reportados casos de tentativas de enchimento de urnas nos dois maiores circulos eleitorais do país. Segundo o CIP os casos - todos a favor da FRELIMO - registaram-se nas assembleias de voto instaladas nas escolas primárias completas Eduardo Mondlane de Angoche, em Nampula, e 16 de Junho, em Mopeia, na Zambézia.

12:56 Ricardo Tomás, cabeça de lista da RENAMO em Tete, apela à comunidade internacional que denuncie ilícitos eleitorais.

Eleições em Moçambique: RENAMO lança apelos em Tete

01:45

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12:51 O correspondente da DW África em Tete, Amós Zacarias, visitou há instantes algumas mesas de votação na cidade de Tete, onde ainda se verificam longas filas. Alguns cidadãos tecem reclamações contra a morosidade associada ao processo de voto. Na província de Tete, existem cerca de 1000 postos de votação, com mais de 1900 mesas. Nestas eleições, a província supracitada elege 21 deputados para a Assembleia da República e 82 membros para a Assembleia Provincial.

Sànchez Amor, chefe da Missão de Observacão Eleitoral da União Europeia nas eleições em MoçambiqueFoto: DW/L. Matias

12:20 A Missão de Observacão Eleitoral da União Europeia nas eleições em Moçambique considera que a abertura das mesas de voto decorreu de modo ordeiro. "É verdade que havia muitas filas, mas os procedimentos foram seguidos em grande parte", informou Sànchez Amor, chefe daquela unidade. O responsável asseverou ainda em conferência de imprensa em Maputo que "a observação está a realizar-se em boas condicões" e "por enquanto o processo desenrola-se conforme o previsto".

"A única questão é que há muitas filas e se calhar isso poderá levar algumas pessoas a esperar mais para registar o seu voto", frisou.

12:13 Daviz Simango, candidato à Presidência da República de Moçambique pelo MDM, fez um apelo às autoridades eleitorais, pedindo eleições "transparentes, livres e justas". Simango também pediu que não haja intimidação por parte das Forças de Defesa e Segurança. 

O cabeça de lista do segundo maior partido da oposição votou na Beira, província de Sofala. 

Simango faz apelo às autoridades eleitorais

01:19

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12:05 No posto de votação da Escola Secundária Eduardo Mondlane, em Chimoio, província de Manica, as assembleias de voto ainda registam grandes filas. O cabeça de lista da RENAMO, Alfredo Magumisse, chegou a este local de votação pouco tempo depois do abertura das urnas, mas teve de esperar para votar devido à ausência de membros da Comissão Provincial de Eleições. Já a cabeça de lista da FRELIMO, Francisca Domingos Tomás, exerceu o seu direito de voto na província do Niassa.

Alfredo Magumisse, cabeça de lista da RENAMO para ManicaFoto: DW/B. Jequete

12:01 José Avelino, cabeça-de-lista do MDM a governador de Cabo Delgado, votou na Escola Primária Completa de Igonane, na cidade de Pemba. O candidato está satisfeito por exercer o direito de voto e exorta os eleitores a fazerem o mesmo: "Aqueles que estão em casa não podem perder esta oportunidade ímpar, porque se perderem só daqui a cinco anos poderão exercer esse direito de novo".

11:58 Na escola de Icidua, em Quelimane, há uma fila para mulheres e outra para homens. O objetivo é organizar a espera rumo às assembleias de voto.

11:52 O candidato da RENAMO em Manica, Alfredo Magumisse, votou logo pela manhã. Em seguida, falou da importância do voto na defesa da democracia.

Eleições em Moçambique: "Compromisso com a democracia"

01:02

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11:49 Em Inhambane, os idosos estão a ter prioridade nas mesas das assembleias de votos. Por outro lado, algumas pessoas que perderam os cartões de eleitor não estão a ser impedidas de exercer o seu direito cívico. Segundo o correspondente Luciano da Conceição, a afluência às urnas diminuiu ao final da manhã. Espera-se que muitas pessoas possam aderir à votação durante a parte da tarde.

Eleitora fez-se munir dos seus documentos para votar em InhambaneFoto: DW/L. da Conceição
Assembleia de voto em BerlimFoto: DW/C.V. Teixeira

11:45 A votação em Berlim decorre de forma tranquila. Existem 337 eleitores inscritos no círculo eleitoral da capital alemã. Houve algum movimento na assembleia de voto logo na abertura. Duas das pessoas que se encontram à direita na foto (em baixo) são observadores da RENAMO e da FRELIMO.

11:39 O cabeça de lista da FRELIMO na província central da Zambézia, Pio Matos, votou no início da manhã no Instituto Industrial e Comercial 1 de Maio, na cidade de Quelimane. Pio Matos garantiu que está "tudo tranquilo".

"Tudo tranquilo", diz candidato da FRELIMO na Zambézia

00:26

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11:31 Em Nampula, a Sala da Paz, uma plataforma de observação eleitoral, lamenta e condena o que chama de falta de vontade dos órgãos eleitorais em credenciar observadores na província de Nampula, o que, segundo aquela organização, está a condicionar as suas atividades no pleito. "Os 300 observadores previstos pela Sala da Paz não foram até ao momento credenciados, o que nos preocupa bastante. Mas estamos à espera dos órgãos eleitorais porque sabemos que continua o processo de emissão de credenciais", informa aquela organização em comunicado.

Ricardo Tomás, cabeça de lista da RENAMO em TeteFoto: DW/A. Zacarias

11:24 Ricardo Tomás, cabeça de lista da RENAMO ao cargo de governador de Tete, votou pôr volta das 9:40, na Escola Primária Ngungunhana, arredores da cidade de Tete. Depois de votar, Tomás apelou às forças de defesa a agirem em conformidade com a lei, para garantir que o dia da votação seja um momento de festa. Já os cabeças de lista da FRELIMO e MDM votaram nos distritos de Dôa e Moatize respetivamente.

11:17 Em Tete, as filas para votar continuam a crescer.

Foto: DW/A. Zacarias

11:05 Cornélio Tivela, candidato a governador provincial de Cabo Delgado pelo Partido Humanitário de Moçambique (PAHUMO), votou na Escola Secundária de Pemba. O político mostrou-se confiante na vitória e diz que não tem qualquer tipo de queixas relativamente ao decurso do sufrágio. Cornélio Tivela espera que o clima de tranquilidade prevaleça em todo o processo. "O PAHUMO é quem ganha porque o nosso manifesto teve muita aceitação", acrescentou, segundo o correspondente em Pemba, Delfim Anacleto Uatanle.

11:00 As assembleias de votação em Quelimane, na província central da Zambézia, continuam a registar grande afluência de eleitores. 

Grande afluência de eleitores em Quelimane

00:35

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10:58 Um cidadão, cuja identidade não foi revelada, foi detido em Nampula depois de ter sido intercetado pela política com pelo menos cinco boletins de voto. Segundo apurou o correspondente no local, Sitói Lutxeque, o mesmo cidadão é membro do partido FRELIMO.

10:55 Em Chimoio, regista-se fraca adesão às assembleias de voto. Na Escola Secundária Samora Machel, a primeira secretária da FRELIMO na província de Manica, Ana Armando Chapo, apelou aos eleitores que exerçam o seu direito cívico.

10:47 Em Tete, na escola primária Ngungunhana, registam-se longas filas para votar, com dezenas de pessoas - algumas idosas ou mulheres grávidas - a sentarem-se no chão enquanto aguardam vez. 

Cidadãos aguardam para votar em Tete, MoçambiqueFoto: DW/A. Zacarias

10:40 A enviada especial da DW em Quelimane, Nádia Issufo, relatou há momentos o ambiente que se vive naquela cidade no dia das eleições gerais em Moçambique. A jornalista dá conta de casos de eleitores que não conseguiram votar por problemas com o cartão de eleitor.

 

10:30 O correspondente da DW África em Inhambane, Luciano da Conceição, informa que as mesas de voto abriram pontualmente à hora prevista com milhares de eleitores nas filas para exercerem o seu direito cívico. O candidato da FRELIMO para governador, Daniel Chapo, junto com a mulher, votaram na Escola Primária III Congresso, em Inhambane. Já o candidato do Movimento Democrático de Moçambique, Marcelino Marrengula, votou na Escola Industrial Eduardo Mondlane, também em Inhambane.

O cabeça de lista do maior partido da oposição, a RENAMO, Daniel Machamale, foi exercer o seu direito na Escola Secundária de Mudauka, no distrito de Massinga, a mais de 130 km da capital provincial. Todos os concorrentes ao cargo de governador mostraram-se confiantes na vitória e aguardam  os resultados das suas residências sob fortes medidas de segurança.

Sérgio Nathú Cabá, embaixador de Moçambique na AlemanhaFoto: DW/C. Vieira Teixeira

10:24 O embaixador de Moçambique na Alemanha, Sérgio Nathú Cabá, foi o primeiro a votar esta terça-feira em Berlim, pouco passava das 09:00. De acordo com a CNE, existem 2479 eleitores inscritos para votar no estrangeiro, 660 dos quais na Alemanha. Durante o dia do pleito, a embaixada moçambicana na capital alemã permanece aberta ao público apenas para a votação. Em Berlim há uma assembleia de voto. Na Alemanha, o pleito decorre ainda em Hamburgo, Estugarda e Munique.

10:13 Em Pemba, Cabo Delgado, alguns idosos queixam-se da longa espera para votar e lamentam que não lhes seja concedida prioridade, tal como preconiza a lei. Na Escola Primária de Cariacó, Albertina Navaia, por exemplo, diz que ainda não conseguiu exercer o seu direito, embora tenha chegado à assembleia de voto bem cedo. "Há lutas na fila e como nós somos mais velhas não conseguimos ficar paradas, por isso ficamos sentadas", disse a idosa ao correspondente da DW África no local, Delfim Anacleto Uatanle.

10:10 Maria Angela Eduardo, candidata da RENAMO em Cabo Delgado, pede que a votação decorra de forma pacífica e disse sentir-se lisonjeada por ser a única mulher a concorrer nestas eleições naquela província. 

Candidata da RENAMO em Cabo Delgado pede eleições pacíficas

00:54

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10:02 Os eleitores improvisam estratégias para marcar lugar na fila para votar na escola primária de Icidua, em Quelimane.

09:56 O Governador de Tete, Paulo Auade, votou cedo e apelou à afluência massiva da população às urnas.

Governador de Tete pede "afluência massiva" às urnas

01:48

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09:48 O candidato presidencial da RENAMO, Ossufo Momade, disse que "nunca" vai aceitar "resultados eleitorais manipulados", assinalando que a negação da vontade popular levou o país a hostilidades militares no passado. "Se são resultados manipulados, nunca podemos aceitar e estamos determinados em fazer qualquer coisa que o povo nos indicar", declarou Ossufo Momade. 

O candidato falava após votar na sua terra natal, na Ilha de Moçambique, província de Nampula. Momade mostrou aos jornalistas dois boletins de voto supostamente "apanhados" na posse de um membro da FRELIMO, partido no poder, como alegada prova de que o escrutínio já está a ser adulterado. 

09:39 Luís Boavida, cabeça de lista do MDM na Zambézia, falou aos jornalistas após exercer o seu direito de voto e pediu a todos os zambezianos para não ficarem em casa e irem às urnas escolher os destinos da província.

09:33 Manuel de Araújo, candidato da RENAMO na Zambézia, depois de votar em Quelimane, desejou que todos os moçambicanos exerçam o seu direito de voto.

"Devemos honrar os que lutaram pela democracia"

01:16

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09:31 O presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique, Abdul Carimo, referiu que a primeira hora de votação nas eleições gerais de hoje registou "muita participação", sem "grandes problemas". "A primeira impressão é de muita satisfação. Como estamos a testemunhar, as filas são enormes, significa que há muita participação e esperamos que assim seja até ao final do dia", disse Abdul Carimo, em declarações aos jornalistas em Maputo, citado pela agência de notícias Lusa.

"Se os níveis de votação das primeiras horas se mantiverem, o índice de participação dos eleitores poderá ser "muito maior" que em eleições anteriores, antecipou.  

Mário Albino, candidato presidencial do partido AMUSIFoto: DW/S. Lutxeque

09:23 O candidato presidencial do partido AMUSI, Mário Albino, votou no Instituto Industrial e Comercial de Nampula. Depois do processo, mostrou-se confiante na vitória, mas denunciou a alegada proibição dos seus observadores na fiscalização dos votos em várias mesas na zona de Mureveya, na cidade de Nampula. Entretanto, Daniel Ramos, presidente da Comissão Provincial de Eleições de Nampula, desmentiu Mário Albino e disse que o AMUSI quer que o processo seja fiscalizado por mais de duas pessoas, o que contraria a lei.

No entanto, o Centro de Aprendizagem e Capacitação da Sociedade Civil (CESC) denuncia no Twitter que o STAE está bloquear a observação das eleições através da não credenciação dos observadores.

09:15 O trabalho nas mesas onde vai votar o candidato presidencial moçambicano da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), Ossufo Momade, na Ilha de Moçambique, esteve paralisado durante alguns momentos devido a pancadaria entre os respetivos membros, noticiou a imprensa local citada pela agência de notícias Lusa. Imagens de canais de televisão moçambicanos, em direto do local, mostraram membros das mesas de voto a esmurrarem-se no interior do local de votação e eleitores apinhados à entrada. A informação é confirmada no Twitter por Zenaida Machado, antiga jornalista e membro da Human Rights Watch.

Foto: DW/D. A. Uatanle

09:09 Alguns eleitores no posto de votação da escola de Cariocó, em Pemba, estão com dificuldades em localizar as suas mesas e assembleias de voto, relata o correspondente no local, Delfim Anacleto Uatanle. O Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE) montou um gabinete técnico no local para ajudar os eleitores.

08:52 Em Maputo, o correspondente Leonel Matias informa que várias personalidades e individualidades da vida política moçambicana votaram na primeira hora e meia do escrutinío, nomeadamente a Presidente da Assembleia da República, Verónica Macamo, o primeiro-ministro Carlos Agostinho do Rosário, o antigo Presidente da República Armando Guebuza, a presidente do Conselho Constitucional Lúcia Ribeiro e a Procuradora-Geral da República Beatriz Buchili.

Afluência às urnas em Maputo, MoçambiqueFoto: Getty Images/AFP/G. Guercia

08:45 Em Quelimane, uma cidadã que votou na escola de Coloane denuncia problemas com o cartão do eleitor de outros eleitores.

08:29 O correspondente na Beira, Arcénio Sebastião, diz que Daviz Mbepo Simango, candidato à Presidência pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), depositou o seu voto no bairro de Macuti, pouco depois das 07:30. Daviz Simango chegou acompanhado da família. "Nós precisamos que todos votem e aproveito esta oportunidade para lembrar a todos os moçambicanos que não votarem que vão ter a oportunidade de ser dirigidos por aqueles que não escolheram", advertiu. Daviz Simango pediu ainda às autoridades e órgãos eleitorais para "criarem condições para que estas eleições sejam transparentes livres e justas".

Luís Mecupia, cabeça-de-lista da RENAMO em NampulaFoto: DW/S. Lutxeque

08:20 O cabeça-de-lista da RENAMO a governador da província de Nampula, Luís Mecupia, exerceu o seu direito de voto na Escola Primária Completa Parque Popular. Depois de depositar o seu voto, Mecupia denuciou aos jornalistas a alegada intimidação dos cidadãos por parte da polícia. O atual governador da província, Victor Borges, votou minutos depois no mesmo local. Borges diz-se confiante na vitória do seu partido e apelou à afluência ao pleito. 

07:50 Filipe Nyusi, Presidente da República que concorre a um segundo mandato pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), votou acompanhado pela mulher, na Escola Secundária Josina Machel, em Maputo, e em direto na televisão pública. Nyusi fez votos para que o país "possa mostrar, mais uma vez, ao mundo e região que apoia a democracia". "Vamos acreditar e vamos confiar", sublinhou, com apelos à paz e a um dia sereno. "Que ganhe o melhor, aquele que vendeu o melhor manifesto e melhor programa ao eleitorado", concluiu o Presidente da República e candidato da Frelimo.

07:45 Em Quelimane, o candidato da RENAMO na Zambézia, Manuel Araújo, preparava-se para votar esta manhã. Foi captado pela lente da DW África. 

07:29 Em Nampula, a maior parte das mesas de votação abriram à hora marcada. Regista-se já alguma afluência dos eleitores às urnas. O retrato é semelhante em vários pontos do país.

Nampula, MoçambiqueFoto: DW/S. Lutxeque

07:15 Há instantes, a enviada especial da DW África em Quelimane, Nádia Issufo, traçou o retrato do início do dia eleitoral em Moçambique.

Nádia Issufo ao Vivo

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07:00 As urnas já abriram em Moçambique. Um total de 13,1 milhões de eleitores moçambicanos são chamados esta terça-feira (15.10) a escolher o Presidente da República, 250 deputados do parlamento e, pela primeira vez, dez governadores provinciais e respetivas assembleias. A cidade de Maputo goza de um estatuto especial, pelo que não vai eleger um governador provincial, terá sim um Secretário de Estado.

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