1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Missão da ONU no Mali prolongada um ano

Martina Schwikowski
30 de junho de 2022

O Conselho de Segurança da ONU renovou por mais um ano a Minusma. Efetivo alemão deverá ser reforçado nos próximos meses. Analistas alertam, no entanto, para o risco de falhanço no desarmamento de milícias na região.

Mali | MINUSMA | Friedenstruppen | UNPOL
Foto: Nicolas Remene/Le Pictorium/IMAGO

Os 15 mil militares e polícias que compõem a força de manutenção de paz da Organização das Nações Unidas no Mali, a Minusma, não vão poder beneficiar do apoio aéreo da operação francesa 'Barkhane', que retirou as tropas do país acusadas por Bamako de espionagem.

A Alemanha posiciona-se como forte substituto no terreno. Berlim acaba de chegar a um acordo com as autoridades malianas para a extensão do período de permanência das suas tropas na missão por mais um ano, até maio de 2023.

Assim, o Governo alemão prevê aumentar o seu efetivo militar no Mali, dos 1.100 para 1.400 soldados.

Para, Ulf Laessing, chefe do programa regional do Sahel na Fundação Konrad Adenauer, a Minusma está enfraquecida porque tem um mandato puramente defensivo e sem meios aéreos para combater o terrorismo.

"Os franceses foram responsáveis pela luta e tinham os seus helicópteros de combate. Estão a levar os seus helicópteros consigo", comenta. 

Forças da Minusma no MaliFoto: Nicolas Remene/Le Pictorium/IMAGO

Sem meios?

O analista teme agora que o trabalho da missão da Minusma fique despedido de meios aéreos de combate. "As nações que têm helicópteros e que poderiam ir para o Mali estão ocupadas a assegurar o flanco oriental da NATO na Europa", acrescenta. 

A Anna Schmauder, investigadora do Instituto Clingendael, em Haia, nota que a Alemanha ocupa agora uma posição de destaque. 

"Desde que o mandato foi prolongado, o Governo alemão forneceu o maior contingente de tropas ocidentais no Mali. Outros estados, como a Suécia e a Grã-Bretanha, dependem da presença das tropas alemãs. Caso a Alemanha se retire, teme-se uma reação em cadeia entre os outros países ocidentais", adverte. 

Apesar de presença militar estrangeira no Mali, há um grande risco de colapso, diz Schmauders considerando que o país está em guerra e não há muitos avanços no desarmamento das milícias. 

"Cada vez mais, algumas partes do país estão a ficar sob controlo jihadista e o Governo de transição acusa os parceiros internacionais pela situação desastrosa no Mali", lamenta. 

Como vai ficar o combate ao terrorismo no Sahel?

04:02

This browser does not support the video element.

Saltar a secção Mais sobre este tema

Mais sobre este tema

Ver mais artigos