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Moçambique: África do Sul anuncia libertação de jornalistas

Lusa
16 de novembro de 2024

África do Sul anuncia que dois jornalistas detidos desde quarta-feira em Moçambique foram libertados, mas não comenta pormenores sobre um terceiro jornalista.

A estação televisiva nigeriana News Central TV e a ONG moçambique Centro para a Democracia e os Direitos Humanos tinham anunciado a detenção da jornalista Bongani Siziba e do operador de câmara Sbonelo Mkhasibe
A estação televisiva nigeriana News Central TV e a ONG moçambique Centro para a Democracia e os Direitos Humanos tinham anunciado a detenção da jornalista Bongani Siziba e do operador de câmara Sbonelo MkhasibeFoto: Colourbox

O Ministério das Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul anunciou nesta sexta-feira que dois jornalistas detidos desde quarta-feira em Moçambique foram libertados, sem adiantar pormenores sobre um terceiro jornalista. 

"Podemos confirmar que os dois jornalistas sul-africanos foram detidos em Moçambique", disse o governo sul-africano numa mensagem enviada aos órgãos de comunicação social.

Credenciais

"Depois da verificação das suas credenciais e dos documentos diplomáticos da nossa embaixada em Moçambique, as autoridades moçambicanas libertaram os jornalistas", acrescentou aquele órgão.

A estação televisiva nigeriana News Central TV e a ONG moçambique Centro para a Democracia e os Direitos Humanos tinham anunciado, em comunicados, a detenção da jornalista Bongani Siziba e do operador de câmara Sbonelo Mkhasibe quando cobriam os protestos em Maputo.

Entretanto, nada foi adiantado sobre o terceiro jornalista que estaria a acompanhar os dois colegas sul-africanos.

Manifestantes fogem da polícia durante protesto contra o resultado das eleições, no município de Luís Cabral, em MaputoFoto: Siphiwe Sibeko/REUTERS

Comunicado

No comunicado original que dá conta da detenção e do subsequente desaparecimento, o Centro para a Democracia e Direitos Humanos afirmava que os jornalistas tinham sido "detidos e mantidos sem comunicações" desde quarta-feira.

"Todos os esforços para os contactar fracassaram; as autoridades não deram nenhuma explicação sobre a sua situação ou sobre os motivos pelos quais foram retidos sem contactos com o exterior", escreveu a ONG.

Esta iniciativa, denunciou a organização, "mostra a intenção de silenciar a cobertura internacional da atual crise em Moçambique".

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