Moçambique: 32 milhões de euros para mapeamento de desastres
25 de agosto de 2021A União Europeia (UE) vai desembolsar 32,8 milhões de euros para o mapeamento de zonas de riscos de desastres naturais no rio Búzi, centro de Moçambique. A infromação é do Programa Alimentar Mundial (PAM), entidade gestora do projeto.
"Este é um financiamento muito importante para Moçambique, para a implementação deste projeto de mapeamento de zonas de risco ao longo do rio Búzi", disse aos jornalistas Pierre Lucas, representante do PAM.
Lucas falava aos jornalistas durante uma demonstração do uso de ´drones` no mapeamento de uma área de risco de desastres naturais na zona de Guaraguara, distrito de Búzi.
Pierre Lucas afirmou que a operação vai permitir uma identificação precisa de áreas propensas a desastres naturais e a elaboração de planos de resposta aos eventos climáticos. "O resultado contribuirá, a longo prazo, para a mitigação dos efeitos adversos de eventos climáticos extremos, como ciclones, cheias e inundações, ao longo da bacia hidrográfica do Búzi" assegurou.
Povoados beneficiados
O mapeamento está a ser conduzido em toda a bacia hidrográfica do Búzi, que abrange nove distritos das províncias de Sofala e Manica e os resultados deste exercício irão beneficiar mais de 1,1 milhões de habitantes que vivem nos 342 povoados situados ao longo da bacia.
"Os ´drones` são a ferramenta tecnológica que permite mais agilidade aos técnicos e maior precisão das informações geradas", disse o diretor-adjunto do Centro Nacional Operativo de Emergência (Cenoe), António Beleza.
Beleza afirmou que a atividade permitirá que as autoridades locais estejam mais preparadas para as próximas cheias e as comunidades locais se tornem mais resilientes. Moçambique é um dos países mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas no mundo.
Nos últimos três anos, cinco ciclones tropicais (Desmond, Idai, Kenneth, Chalane, Eloise e Guambe) causaram centenas de mortes e avultados danos materiais, principalmente nas províncias do centro.