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Moçambique: 500 empresas vandalizadas e 12 mil desempregados

Lusa
30 de dezembro de 2024

A Confederação das Associações Económicas (CTA) estimou hoje à Lusa que mais de 500 empresas foram vandalizadas durante as manifestações pós-eleitorais em Moçambique e pelo menos 12 mil pessoas estão agora sem emprego.

Confederação das Associações Económicas de Moçambique
CTA estima que mais 12 mil pessoas perderam o empregoFoto: Romeu da Silva/DW

"Estas são empresas que foram vandalizadas e estão localizadas, sobretudo, na província de Maputo, onde está a maior parte do tecido industrial do país", disse hoje à Lusa Onório Manuel, vice-presidente do pelouro da indústria do da Confederação das Associações Económicas (CTA) de Moçambique.

Segundo o representante, atualmente mais de 12.000 moçambicanos estão sem trabalho por conta do encerramento destas empresas e, caso a situação prevaleça, mais pessoas podem perder os seus empregos. 

"Estamos a falar das maiores indústrias alimentares do país (...) que já estão com equipamentos danificados e estão com as suas infraestruturas totalmente destruídas (...) Vamos ter escassez de produtos e, provavelmente, registar uma subida galopante de preços", explicou Onório Manuel, avançando ainda que o número de empresários que pondera encerrar as suas portas devido à insegurança está a subir.

O Conselho Constitucional de Moçambique proclamou em 23 de dezembro Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), como vencedor da eleição a Presidente da República, com 65,17% dos votos, sucedendo no cargo a Filipe Nyusi, bem como a vitória da FRELIMO, que manteve a maioria parlamentar, nas eleições gerais de 9 de outubro.

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