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Supostos terroristas geram pânico em aldeia de Cabo Delgado

Lusa
17 de novembro de 2024

Em Moçambique, moradores de Mitepo, distrito de Meluco, província de Cabo Delgado, abandonaram comunidade em meio ao pânico, após alerta sobre aproximação de supostos terroristas, avançaram fontes oficiais.

"Ninguém está à vontade no distrito de Meluco. Na semana passada atacaram a 33 quilómetros, em Minhanha", disse um popular
"Ninguém está à vontade no distrito de Meluco. Na semana passada atacaram a 33 quilómetros, em Minhanha", disse um popular Foto: DW/A. Chissale

De acordo com fontes locais este sábado, um grupo de indivíduos suspeitos de terrorismo foi avistado na noite de sexta-feira, por volta das 20h (18h em Lisboa), nas proximidades da comunidade de Mitepo, situada a menos de 20 quilômetros da sede distrital de Meluco.

A presença do grupo causou grande pânico entre os moradores da região.

"Há quem tenha abandonado a aldeia para ir dormir no mato, outros como eu fugimos para Meluco sede, mesmo desesperados", disse uma fonte.

A comunidade ficou abandonada e a vila sede de Meluco permaneceu agitada, por conta da aproximação do suposto grupo de rebeldes, até à manhã deste sábado.

"Amanhecemos sem sono, nem a festa do aniversário de Meluco foi suficiente para nos distrair", relatou outra fonte a partir daquela vila.

Não há relatos de vítimas mortais e nem do ataque à aldeia, mas a situação provocou, novamente, receio entre a população.

A comunidade ficou abandonada e a vila sede de Meluco permaneceu agitada (foto ilustrativa)Foto: DW

"Ninguém está à vontade"

"Ninguém está à vontade no distrito de Meluco. Na semana passada atacaram a 33 quilómetros, em Minhanha", disse outro popular de Meluco.

Desde a presença dos terroristas, na semana passada, no distrito de Meluco, três comunidades, casos de Xaxaxa, Minhanha e Chicomo, a 60, 33 e 50 quilómetros da sede de Meluco, respetivamente, sofreram ataques dos insurgentes, que levaram ainda um trator dos madeireiros locais.

Desde outubro de 2017, a província de Cabo Delgado, rica em gás,enfrenta uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico.

O último grande ataque deu-se em 10 e 11 de maio, a sede distrital de Macomia, com cerca de uma centena de insurgentes a saquearem a vila, provocando vários mortos e fortes combates com as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique e militares ruandeses, que apoiam Moçambique no combate aos rebeldes.

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