Maputo: Autoridades exumam cinco pessoas enterradas vivas
Lusa
27 de junho de 2022
As autoridades moçambicanas vão exumar esta segunda-feira (27.06) cinco dos corpos das sete pessoas enterradas vivas por populares na província de Maputo. Vítimas foram acusadas de roubo de gado pela população.
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"As vítimas foram enterradas no distrito de Maluana, mas lá para o interior, no seu limite com distrito de Muamba", avançou o chefe do Posto Administrativo de Maluana, Juvenal Sigauque, citado pela Rádio Moçambique (RM).
Em causa está o caso de sete pessoas, incluindo três agentes da polícia moçambicana, enterradas vivas por populares na província de Maputo na semana passada, acusados de roubo de gado.
Segundo o chefe do Posto Administrativo de Maluane, os trabalhos para exumação de pelo menos cinco corpos começam esta segunda-feira (26.06), mas há outros dois corpos que foram enterrados num local ainda desconhecido.
"Uma parte da família das vítimas juntou-se à polícia para identificação do local", acrescentou Juvenal Sigauque.
As vítimas foram torturadas pela população e enterradas vivas, acusadas de pertencerem a um grupo que rouba gado no distrito de Muamba, na província de Maputo.
"O caso ocorreu no dia 20 [segunda-feira], quando um criador de gado notou que havia invasores no seu curral. Ele chamou a população e os supostos meliantes foram amarados e enterrados vivos", explicou Juvenal Sigauque à comunicação social, na sexta-feira.
A Polícia da República de Moçambique destacou uma equipa para investigar o caso, mas três dos seus agentes também foram amarrados, torturados e enterrados vivos pela população.
"A Polícia dirigiu-se à zona na perspetiva de ir identificar o local onde os corpos dos supostos meliantes estavam enterrados e tentar esclarecer o assunto. Na sequência disso, a comunidade terá confundido os agentes da polícia com os meliantes", declarou Juvenal Sigauque.
Moçambique: Assassinato de figuras incómodas é uma moda que veio para ficar
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Foto: BilderBox
Mahamudo Amurane: Silenciada uma voz contra corrupção e má governação
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Foto: DW/Nelson Carvalho Miguel
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Foi alvejado mortalmente a tiro por homens desconhecidos no dia 8 de setembro de 2016 em Maputo quando fazia os seus exercícios matinais. O assassinato aconteceu numa altura delicada das negociações de paz. Pondeca era membro da Comissão Mista do diálogo de paz, membro do Conselho de Estado, membro sénior da RENAMO e antigo parlamentar. Até hoje a polícia não encontrou os autores do crime.
Foto: DW/L. Matias
Manuel Bissopo: O homem da RENAMO que escapou por um triz
No dia 4 de janeiro de 2016 foi baleado depois de uma conferência de imprensa do seu partido na Beira. Bissopo tinha acabado de denunciar alegados raptos e assassinatos de membros do seu partido e preparava-se para se deslocar para uma reunião da força de oposição quando foi baleado. A polícia moçambicana até hoje não encontrou os atiradores.
Foto: Nelson Carvalho
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Em abril de 2016 este membro do Conselho Nacional de Defesa e Segurança em representação da RENAMO e membro da ala militar do principal partido da oposição foi morto a tiro por desconhecidos à saída do aeroporto internacional da Beira. A questão militar é um dos pontos sensíveis nas negociações de paz. Os assassinos continuam a monte.
Foto: DW/J. Beck
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Foto: A Verdade
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Foto: picture-alliance/dpa/U. Deck
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