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Prostitutas "invadiram" missão militar em Cabo Delgado?

Lusa
16 de maio de 2022

O vice-presidente do Botswana assegurou que se vai informar sobre notícias de que o quartel dos militares do seu país que combatem grupos armados na província moçambicana de Cabo Delgado foi "invadido por prostitutas".

Foto: DW

O vice-presidente do Botswana assegurou que se vai informar "em primeira mão" sobre notícias de que o quartel dos militares do seu país que combatem grupos armados na província moçambicana de Cabo Delgado foi "invadido por prostitutas".

"Vamos lá [a Cabo Delgado] para nos informarmos, em primeira mão, estamos à procura de informações, porque ainda não vi os relatórios sobre a matéria", afirmou Slumber Tsogwane, em declarações no final de um encontro em Maputo com o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi.

O governante avançou que vai igualmente dar apoio moral aos soldados do Botswana que combatem insurgentes na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.

"Vamos ver as condições em que os nossos soldados operam e prestar-lhes apoio moral", assinalou o vice-presidente do Botswana.

"Prostitutas invadem BDF"

O mandato da missão militar da África Austral consiste no apoio a Moçambique "no combate ao terrorismo e atos de extremismo violento em Cabo Delgado". Foto: DW

O contingente militar daquele país está em Cabo Delgado enquadrado na Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM, na sigla inglesa) que combate os grupos armados que aterrorizam alguns distritos da província, desde outubro de 2017.

Em abril, um órgão de comunicação social do Botswana escreveu em manchete que "prostitutas invadem BDF" (sigla em inglês de Forças de Defesa do Botsuana) em Cabo Delgado.

A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

Há 784 mil deslocados internos devido ao conflito, de acordo com a Organização Internacional das Migrações (OIM), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.

Desde julho de 2021, uma ofensiva das tropas governamentais, com o apoio do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), permitiu recuperar zonas onde havia presença de rebeldes.

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