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Chissano pede a Chapo para não se afastar do povo

Lusa
14 de setembro de 2024

O antigo Presidente moçambicano Joaquim Chissano, militante histórico da FRELIMO, partido no poder, apelou ao candidato presidencial desta força política, Daniel Chapo, para não se distanciar do povo, caso seja eleito.

Joaquim Chissano, ex-Presidente de Moçambique, numa foto de 2014
Joaquim Chissano, ex-Presidente de Moçambique, pede a Daniel Chapo para não se distanciar dos interesses do povo moçambicano caso seja eleitoFoto: imago/GlobalImagens/V. Rios

"Não pode ser sufocado pelo poder e ser um líder ao qual as pessoas não têm acesso, não acessível", afirmou Chissano, falando na casa onde nasceu, no distrito de Chibuto, província de Gaza, sul de Moçambique, após receber Chapo.

O candidato da FRELIMO, "não pode deixar de 'ligar à malta', como vocês os jovens dizem", se vencer as presidenciais de 09 de outubro.

Joaquim Chissano, que chefiou o Estado moçambicano entre 1986 e 2005, considerou que Chapo deve ter a humildade de ouvir conselhos, mas exercendo de modo determinado o poder, caso vença.

"Nós entregamos o poder a ele (...), ele tem que o exercer", afirmou Chissano, referindo-se ao facto de a FRELIMO ter apostado em Daniel Chapo como candidato presidencial nas próximas eleições gerais.

Moçambique realiza em 09 de outubro as eleições gerais, num escrutínio que inclui eleições presidenciais, legislativas, das assembleias provinciais e de governadores de província.

Mais de 17 milhões de eleitores estão inscritos para votar, incluindo 333.839 recenseados no estrangeiro, segundo dados oficiais.

Concorrem à Ponta Vermelha (residência oficial do chefe de Estado em Moçambique) Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO, no poder), Ossufo Momade, apoiado pela Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), maior partido da oposição, Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar, e Venâncio Mondlane, apoiado pelos extraparlamentares Povo Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos) e Revolução Democrática (RD).

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