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DesastresMoçambique

Ciclone Eloise deixa rasto de destruição e mortes

Lusa | tm
23 de janeiro de 2021

A cidade da Beira acordou hoje (23.01) em meio à destruição nas ruas, alagadas após a passagem do ciclone Eloise. Pelo menos três pessoas morreram na cidade. 200 mil podem ser afetadas em Moçambique.

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Destroços de diversos materiais pelas ruas da Beira.Foto: TWITTER/@BEN_VW/REUTERS

A cidade da Beira, no centro de Moçambique, acordou este sábado (23.01) em meio aos rastros de destruição, após o ciclone Eloise atingir o país. As rajadas e intensa precipitação acompanharam a passagem do centro do ciclone durante a madrugada. 

Pelo menos três pessoas morreram e duas pessoas foram atingidas por paredes de habitações que desabaram no bairro da Munhava, enquanto um segurança foi atingido por material ferroviário arremessado pelo vento, explicaram cidadãos no local. 

Depois de ter sido atingida pelo ciclone Idai, em 2019 - um dos mais devastadores desde que há registo no hemisfério sul, provocando 603 mortos em Moçambique -, a cidade costeira da Beira volta este ano a estar no caminho de intempéries.

Foto: public.wmo.int

No final de 2020, a tempestade Chalane abateu-se sobre a região, provocando sete mortes. Esta madrugada foi a vez do ciclone Eloise.

As valas de drenagem instaladas devido às frequentes inundações na cidade, edificada abaixo do nível das águas do mar, estão a transbordar.

Relatos de pânico

Houve relatos de pânico a circular nas redes sociais, com as rajadas e intensa precipitação que acompanharam a passagem ciclone.

Destroços de diversos materiais foram registados pelas ruas, telhados foram arrancados, postes caíram e estruturas de maior dimensão, como suportes publicitários, tombaram. Mas algumas pessoas e viaturas ainda circulavam pela manhã na zona da Munhava e centro da cidade.

Foto: TWITTER/@BEN_VW/REUTERS

Prevê-se que a depressão condicione o estado do tempo durante o fim de semana, provocando forte precipitação no sul do país lusófono, incluindo a capital, Maputo.

Moçambique está em plena época chuvosa e ciclónica, que ocorre entre os meses de outubro e abril, com ventos oriundos do Índico e cheias com origem nas bacias hidrográficas da África Austral.

O período chuvoso de 2018 e 2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas de dois dos maiores ciclones (Idai e Kenneth) que já se abateram sobre o país em poucas semanas desde que há registos meteorológicos.

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