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FRELIMO candidata Margarida Talapa a líder do parlamento

Lusa
12 de janeiro de 2025

A Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) candidatou a ex-ministra Margarida Talapa para o cargo de presidente da Assembleia da República, cuja eleição será feita amanhã após tomada de posse da nova legislatura.

Margarida Talapa
Foto: Delfim Anacleto/DW

Segundo a informação do secretariado-geral da Assembleia da República, além da ex-ministra do Trabalho e Segurança Social - exonerada de funções na quinta-feira - foram ainda recebidas as candidaturas ao mesmo cargo, a segunda figura do Estado moçambicano, de Carlos Tembe e Fernando Jone. Ambos estreiam-se como deputados pelo Podemos, partido até agora extraparlamentar e que apoiou a candidatura presidencial de Venâncio Mondlane.

Nesta segunda-feira, os 250 deputados eleitos à X Legislatura da Assembleia da República tomam posse às 10:00 locais (08:00 em Lisboa), na sede do parlamento, em Maputo, numa cerimónia solene a ser dirigida pelo Presidente da República cessante, Filipe Nyusi.

Da agenda da convocatória, além da investidura dos deputados, consta a eleição do presidente da Assembleia da República para a nova legislatura, cargo atualmente ocupado por Esperança Bias, que foi reeleita deputada nestas eleições, pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), pela província de Manica.

 A FRELIMO venceu as eleições para o parlamento moçambicano com maioria absoluta, garantindo 171 deputados, com o estreante Podemos a eleger 43, destronando a RENAMO na liderança da oposição, de acordo com a proclamação dos resultados, em 23 de dezembro, pela presidente do Conselho Constitucional (CC), Lúcia Ribeiro.

Daniel Chapo, candidato presidencial do partido governista FRELIMO (dir), o presidente de Moçambique Filipe Nyusi (centro) e o ex-presidente de Moçambique Joaquim Chissano (esq.)Foto: Siphiwe Sibeko/REUTERS

Maioria parlamentar

A FRELIMO mantém-se com uma maioria parlamentar na décima legislatura, com 171 deputados (184 atualmente), a qual passa a ter quatro partidos representados, contra os atuais três.

O Partido Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos), até agora extraparlamentar e que apoiou a candidatura presidencial de Venâncio Mondlane, ficou em segundo lugar, ganhando estatuto de principal partido da oposição, com 43 deputados.

De acordo com os resultados proclamados pelo CC, a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) perdeu o estatuto de maior partido da oposição, com 28 deputados eleitos, contra os atuais 60.

Por seu turno, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) mantém a representação parlamentar, com oito deputados, mais dois do que atualmente.

A investidura dos 250 deputados à Assembleia da República antecede a posse do novo Presidente da República, Daniel Chapo - apoiado pela FRELIMO -, fixada para 15 de janeiro, eleito com 65,17% dos votos, sucedendo no cargo a Filipe Nyusi, segundo os resultados proclamados pelo CC.

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