Estado Islâmico reivindica dois ataques em Cabo Delgado
24 de agosto de 2023Em duas mensagens divulgadas pelos canais de propaganda do grupo é referido que o primeiro ataque resultou de uma "explosão de uma bomba" contra forças moçambicanas, no distrito de Mocímboa da Praia, sem mais detalhes.
No segundo alegado ataque, na mesma província, mas neste caso no distrito de Macomia, o Estado Islâmico afirma que matou sete soldados moçambicanos e dois oficiais, numa “emboscada”.
A Lusa não conseguiu, no terreno, confirmar a veracidade destes ataques até ao momento e as autoridades moçambicanas também não se pronunciaram.
Os anúncios destes ataques pelo Estado Islâmico surgem praticamente em paralelo com a divulgação, na quarta-feira, pelas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), de que abateram dois importantes elementos da estrutura terrorista que opera em Cabo Delgado, incluindo Abu Kital, "vice-comandante das operações" do grupo Ahlu-Sunnah wal Jama'a (ASWJ).
O grupo ASWJ atua com o apoio do Estado Islâmico na província de Cabo Delgado com o objetivo assumido de criar um Estado islâmico na região norte do país, onde atacou populações e forças de segurança, nomeadamente nos distritos de Mocímboa da Praia, Palma e Macomia.
"Na mesma operação foi posto fora de combate o terrorista Ali Mahando que, à semelhança do Abu Kital, ocupava importantes funções no seio do grupo terrorista", lê-se ainda no comunicado.
Acrescenta que pelas 08:30 locais de terça-feira, "nesse exercício contínuo de combate aos terroristas, uma Unidade Motorizada das FADM que se encontrava integrada numa coluna militar com destino à Quiterajo” acabou por cair “numa emboscada inimiga e capotou” numa "ponteca", que se incendiou em seguida, mas "os ocupantes saíram ilesos".
"As Forças Armadas de Defesa de Moçambique continuam perenes na segurança e defesa de Moçambique e dos moçambicanos, no entanto, neste momento decorem ações de recolha de mais informações de outras movimentações de outros integrantes que serão disponibilizadas oportunamente", lê-se ainda no comunicado divulgado na quarta-feira.