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Cruz Vermelha Internacional pede ajuda rápida contra doenças

Lusa | ar
28 de março de 2019

Secretário-geral da Federação Internacional da Cruz Vermelha, El Hadji As Sy, afirmou que a comunidade tem de atuar depressa na ajuda a Moçambique, principalmente desde que foram identificados os cinco casos de cólera.

Mosambik Rotes Kreuz bei den Opfern des Zyklons Idai
Cruz Vermelha Internacional - BeiraFoto: Reuters/Red Cross Red Crescent Climate Centre/D. Onyodi

"Sabemos como tratar, sabemos como prevenir. Trata-se de usar os recursos que estão disponíveis", disse El Hadji As Sy aos jornalistas, no final de um encontro de cortesia com presidente da Cruz Vermelha de Cabo Verde (CVCV), na cidade da Praia.

El Hadji As Sy esteve na semana passada em Moçambique, onde acompanhou o desenvolvimento das intervenções humanitárias em apoio às vítimas das cheias que se sucederam à passagem pelo ciclone Idai na região centro daquele país africano, que provocou pelo menos 468 mortos.

"Grande parte do território nacional foi inundado e mais de um milhão de pessoas foram afetadas", disse, referindo que a situação obriga a que o mundo se mobilize para ajudar a população a conservar a própria dignidade.

Doenças causadas pela água

A primeira preocupação prende-se com a saúde da população, nomeadamente as doenças causadas pela água.

"Ontem [quarta-feira 27.03.] fui informado que estão confirmados cinco casos de cólera. Temos de atuar muito depressa", disse.El Hadji As Sy sublinhou a importância do envio de equipas médicas para o terreno, enaltecendo a atitude de um pequeno país com uma dimensão pequena como Cabo Verde que, ainda assim, está a realizar uma campanha de solidariedade e a ultimar os preparativos para o envio de uma equipa com uma dúzia de profissionais de saúde.

Vítimas das fortes chuvas provocadas pelo ciclone Idai (Beira - Moçambique)Foto: picture-alliance/dpa/D. Onyodi

A esse propósito, frisou que Cabo Verde faz parte da Federação Internacional da Cruz Vermelha (FICV) e, nesse sentido, sempre cumpriu com as suas contribuições.

"O apoio de Cabo Verde a Moçambique é uma expressão da integração da CVCV na FICV", disse.

Angariação de fundosAtualmente, a CVCV está a promover uma ação de angariação de fundos e, segundo, o presidente da instituição cabo-verdiana, está a "correr bem".

Foto ilustrativa Foto: picture-alliance/Ton Koene

"A campanha foi bem acolhida pelos cabo-verdianos, quer em doação que como manifestação dos seus sentimentos.

As contas já estão abertas e os movimentos estão a circular" declarou Arlindo de Carvalho.

Além da recolha de fundos, a equipa médica está a ultimar os preparativos e até ao final da semana deverá estar em condições de partir e integrar "a equipa internacional que está no terreno que é composta por elementos das Nações Unidas e da Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho".

Em princípio, esta equipa será composta por seis médicos e seis enfermeiros.

"É um gesto simbólico da parte de Cabo Verde, porque o nosso Serviço Nacional de Saúde (SNS) não permite enviar mais", sublinhou, referindo que "as Forças Armadas estão a equacionar enviar um elemento para as operações de resgate".

 

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