A Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) elegeu um novo cabeça de lista, Luís Giquira, para as eleições autárquicas de 11 de outubro em Nampula, em substituição de Manuel Rodrigues, atual governador da província, que renunciou ao cargo.

Celso Correia, membro da Comissão Política e chefe da brigada central da FRELIMO na província de Nampula, sublinha que o partido "respeitou os prazos" e a lei eleitoral. Garante ainda que este foi um "processo de democracia interna" e que o partido está "muito confortável" com a escolha. 

"Na FRELIMO, não existem apostas individuais, existe um sentimento coletivo dos membros na escolha das suas opções", acrescenta Correia.

O partido ainda não revelou os motivos que levaram Manuel Rodrigues a renunciar ao cargo, mas Celso Correia promete que essas razões serão trazidas a público "em tempo útil". O chefe da brigada central desmentiu os rumores sobre a possível desistência de outros cabeças de lista no país, dizendo que "esta situação restringe-se à cidade de Nampula".

O novo cabeça de lista de Nampula 

Luís Giquira, empresário do ramo imobiliário, 45 anos, é natural da cidade de Nampula. Atualmente, é membro da Assembleia Municipal, posição que ocupa desde fevereiro de 2019, depois das eleições autárquicas no ano anterior que ditaram a vitória de Paulo Vahanle, da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO).

Giquira mostra-se entusiasmado e esperançoso quanto ao futuro: "Recebi com entusiasmo a missão partidária para ganharmos o município de Nampula". 

"Acredito que com esta força, com esta vivaça, vamos ganhar e vamos resgatar o nosso município", acrescentou. 

Para Luís Giquira, a meta é resgatar Nampula da oposição. A autarquia está sob gestão da oposição desde 2013, quando o partido perdeu para o já falecido Mahamudo Amurane, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM).