Internet grátis na cidade de Pemba, província moçambicana de Cabo Delgado, está a ter impacto positivo na vida dos estudantes. Autoridades dizem que o intuito é promover a inclusão digital.
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Em Moçambique, a instalação de internet grátis na praia do Wimbe, na cidade de Pemba, província moçambicana de Cabo Delgado, está a ter um impacto positivo na vida dos estudantes. Usuários dizem que o serviço lhes permite efetuar pesquisas para trabalhos académicos sem quaisquer custos.
De facto, os estudantes de Pemba não podiam estar mais satisfeitos: já não precisam usar cartões de telefonia móvel, nem gastar dinheiro na compra de crédito para ter internet grátis. Basta ter um smartphone, um tablet ou um computador para conectar-se à rede Wi-Fi na praia do Wimbe.
Trabalhos de escolha
Bacar Jussa é um dos estudantes de Pemba que utiliza a rede de internet grátis e diz que a internet o ajuda a fazer os trabalhos da escola e a "adquirir conhecimento sobre outros países". "Agradeço poder fazer este meu trabalho, pois antigamente eu comprava crédito para usar internet".
Podem estar ligados à Internet simultâneamente 200 utilizadores. E cada um tem um tempo de utilização de uma hora. Amade Amacame, outro estudante entrevistado pela DW África, elogia a iniciativa. "Esta internet facilita-nos muito com o uso dos telefones. Estamos aqui para pesquisar para nossos trabalhos da escola. Antigamente, comprava crédito para converter megas, mas agora não preciso disso, uso o Wi-Fi da praia".
Praia do Wimbe
Moçambique: Internet grátis ajuda estudantes de Pemba
Além dos estudantes, a internet gratuita tem sido um atrativo para os visitantes da praia do Wimbe. Esta é uma das 15 "Praças Digitais" - uma iniciativa do Governo moçambicano que já instalou redes de internet gratuita em praças públicas de dez municípios do país. A cidade de Pemba, em Cabo Delgado, é uma das autarquias contempladas.
Edmundo Manhiça é o porta-voz do Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM) e diz que "estas praças digitais tem como objetivo principal promover a inclusão digital, ninguém deve pensar que a internet é apenas para aqueles que têm, não!", explicou.
"Desfrutemos de forma positiva, busquemos aquela informação que precisamos para a escola, para o nosso próprio desenvolvimento, informação que beneficie a nossa comunidade", acrescentou o porta-voz. A democratização do uso da Internet é o principal objetivo do projeto "Praças Digitais", que segundo os cálculos, proporciona o acesso a mais de 57 mil utilizadores por dia em cada praça.
10 dicas para tornar o seu Facebook mais seguro
Depois do abuso de dados pela empresa Cambridge Analytica, o Facebook é criticado pela falta de proteção de informações pessoais. Mas todos nós podemos contribuir para tornar esta rede social mais segura. Saiba como!
Foto: picture alliance/NurPhoto/J. Arriens
1. Desativar apps de terceiros
Jogos, calendários, petições - há muitas aplicações de empresas terceiras que usamos no Facebook. Cuidado! Foi uma destas apps que despoletou o escândalo da Cambridge Analytica. Por isso, é melhor remover tudo o que não é de confiança e essencial. Isto faz-se clicando na setinha em cima para abrir o menu "Definições". Na secção "Apps e sites" podemos verificar e eliminar as apps instaladas.
Foto: facebook.com
2. Definir o nosso nível de privacidade
Para definir o nosso nível de privacidade, vamos ao menu "Definições" e à secção "Definições e ferramentas de privacidade". Por exemplo, podemos definir que apenas os nossos amigos têm acesso à nossa lista de amigos, ao nosso e-mail e ao nosso telefone. Isto impede a captação destes dados sensíveis por empresas que se fazem passar como "amigos de amigos" como no caso da Cambridge Analytica.
Foto: facebook.com
3. Controlar quem pode usar o meu nome
Sem mudar as definições originais, todos podem identificar o nosso nome em fotografias, vídeos e posts do Facebook (o chamado "tagging"). Para controlar as publicações, vamos ao menu "Definições" e à secção "Cronologia e identificação". Em "Quem pode publicar na tua cronologia?" escolhemos a opção "Apenas eu" e, em baixo, ativamos as revisões de publicações para um controlo maior.
Foto: facebook.com
4. Eliminar anúncios personalizados
Em "Definições" também podemos definir o tipo de publicidade que vemos na secção "Anúncios". Ao restringir o uso dos nossos dados para anúncios não significa que o Facebook não saiba quais as nossas preferências, pois colocamos likes e shares nos posts que interessam. Mas se os anúncios são menos personalizados, torna-se mais difícil desenvolver um perfil detalhado dos nossos hábitos de consumo.
Foto: facebook.com
5. Não conectar um número telefónico
Usar o Facebook sem registar um número telefónico (apenas com um email), pode impedir que a empresa ligue os dados da plataforma Facebook ao WhatsApp, a outra rede social que pertence à empresa Facebook. Quando comprou o WhatsApp em 2014, o Facebook anunciou que não iria conectar os dados das duas plataformas. Mas desde então tem recuado gradualmente.
Foto: picture alliance/dpa/P.Pleul
6. Instagram também faz parte
Não é somente o WhatsApp que faz parte do grupo Facebook, mas também o Instagram. Curiosamente, uma das redes sociais mais usadas pelas pessoas que abandonaram o Facebook. Mas ao contrário do WhatsApp, o Instagram já está estreitamente ligado ao Facebook em termos de intercâmbio de dados. Para as empresas de publicidade, ambas as plataformas são oferecidas como um pacote pelo Facebook.
Foto: Instagram
7. Desinstalar a app do Facebook
Se quisermos diminuir o acesso do Facebook aos nossos dados privados, uma das medidas mais importantes é remover a app do Facebook do telemóvel e passar a abrir a plataforma através de um browser e do endereço www.facebook.com. A app tem a permissão para registar pormenores de chamadas telefónicas como os números ligados ou a duração das chamadas. Usar o Facebook no browser impede este acesso.
Foto: picture-alliance/J.Büttner
8. Escolher bem o browser
Também vale a pena escolher bem o browser. Sempre que navegamos na net, deixamos muitos rastos de dados. Através de pequenos ficheiros no nosso computador ou telemóvel ("cookies"), empresas como o Facebook conseguem identificar ações como compras online. Em 2009, o Firefox foi o primeiro browser a oferecer a opção "Do Not Track" que diminui a recolha de dados online. Seguiram-se outros browsers.
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9. Respeitar a privacidade dos outros
Uma vez publicada uma fotografia ou um vídeo no Facebook ou em outra página da internet, é muito difícil eliminá-la. Como são digitais, é fácil fazer cópias que podem permanecer muitos anos depois da eliminação do original. Por isso, é bom respeitar a privacidade dos outros e também de menores, mesmo sendo os nossos filhos.
Foto: imago stock&people
10. Não publicar o que deve permanecer privado
Podemos considerar as redes sociais como uma espécie de cartaz público. Se temos dados sensíveis, deveríamos usar meios de comunicação protegidos como e-mails codificados ou até o clássico telefone. Vale sempre a pena lembrar que as "redes sociais" não são "redes privadas" e que empresas como a Cambridge Analytica só podem abusar de dados que nós próprios divulgámos e partilhámos.