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Moçambique: Protestos podem alterar resultados eleitorais?

16 de outubro de 2023

Resultados eleitorais em Moçambique geram tensões e protestos. A RENAMO convoca uma manifestação nacional. À DW, analista político diz que manifestações de rua não deverão alterar os resultados já anunciados.

RENAMO convocou uma manifestação nacional para 17 de outubro como forma de protesto contra o que considera resultados injustos.Foto: Alfredo Zuniga/AFP

Os resultados intermédios das eleições autárquicas em Moçambique trouxeram uma vitória avassaladora para a FRELIMO, que conquistou 64 das 65 autarquias. No entanto, a RENAMO, o maior partido de oposição, perdeu todas as oito autarquias que havia conquistado em 2018.

O líder da RENAMO, Ossufo Momade, rejeitou veementemente esses resultados, afirmando: "Não vamos aceitar esses resultados". Ele convocou uma manifestação nacional para 17 de outubro como forma de protesto contra o que considera resultados injustos. Momade enfatizou que a manifestação deve ser pacífica, mas condicionou sua natureza à resposta do regime.

RENAMO alega que a contagem de votos foi manipulada e afirma ter vencido em várias autarquias.Foto: Amos Fernando/DW

A RENAMO alega que a contagem de votos foi manipulada e afirma ter vencido em várias autarquias, incluindo Nampula, Quelimane, Vilanculo, Angoche, Nacala, Ilha de Moçambique, Matola, Marracuene e Maputo. A RENAMO também expressou surpresa com o silêncio do corpo diplomático em Moçambique e pediu que se manifestem contra o que consideram um aniquilamento da democracia.

Por outro lado, o analista político Gil Anibal acredita que as manifestações de rua não mudarão os resultados já anunciados, argumentando que a legislação eleitoral oferece espaço para que os partidos políticos apresentem reclamações por meios legais.

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O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) também alega que o processo eleitoral foi viciado e está tomando medidas legais para contestar os resultados. Lutero Simango, presidente do partido, enfatiza que estão agindo dessa forma para proteger e respeitar o voto dos cidadãos.

A Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM) e o Consórcio Mais Integridade descrevem o processo eleitoral como marcado por abusos e violência policial excessiva, o que revela uma falta de confiança nas instituições que administram o processo eleitoral.

Ernesto Júnior destaca a tensão latente no país e enfatiza a necessidade de eleições justas e transparentes como meio de gerenciar o conflito atual.

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