1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW
Religião

Moçambique: Missa no Zimpeto marca fim da visita do Papa

Leonel Matias (Maputo)
6 de setembro de 2019

Estádio do Zimpeto lotado à espera do Papa Francisco. Líder da igreja católica celebra culto religioso aberto ao público que vai marcar o final da visita de três dias ao país.

Mosambik Zimpeto-Stadion in Maputo vor der Papst Messe
Foto: DW/M. Sampaio

O Papa Francisco visitou esta manhã o Hospital de Zimpeto, antes de celebrar uma missa no Estádio de Zimpeto e a cerimónia de despedida no aeroporto de Maputo, de onde partirá o avião papal para Antananarivo, Madagáscar.

"Eu penso que a missa será o ponto mais alto desta visita, porque, para além dos cristãos católicos que estarão lá, também muitas outras pessoas de outras congregações religiosas e até não crentes vão para lá porque todos acreditam que o Papa traz uma mensagem de paz e de união. E mais eu penso que será o momento em que ele vai deixar as suas últimas palavras", considera a jornalista Jacinta Nhamitambo.

Encontros com a sociedade civil e com jovens foram dois dos momentos marcantes da visita que o Papa Francisco efetua a Moçambique desde quarta-feira.

Jacinta Nhamitambo faz uma avaliação positiva desta visita que tem como lema Paz, Esperança e Reconciliação: "O Papa foi muito claro nas suas palavras ao afirmar que não basta termos a paz e a reconciliação, mas é preciso cada um de nós assumir esta reconciliação e isso ele disse que passa pela fé que cada um tem do compromisso de viver num país tranquilo".

"Juntos, com opiniões diferentes"

O Papa Francisco prometeu orar para que a paz e reconciliação prevaleça para sempre em Moçambique  e convidou a Igreja Católica no país a ser uma "porta de solução", encorajando o diálogo.

Moçambique: Missa no Zimpeto marca fim da visita do Papa

This browser does not support the audio element.

"Um dos desafios que ele lançou para os moçambicanos, por meio dos jovens, foi o de não resignar, significa que nós devemos acreditar em nós próprios", diz Jacina Nhamitambo.

Durante um encontro do Chefe da Igreja Católica com a sociedade civil , o Presidente Filipe Nyusi apresentou os líderes dos partidos da oposição com assento no parlamento, nomeadamente Ossufo Momade, da Renamo, e Daviz Simango, do MDM, um gesto que "foi uma manifestação clara de que podemos caminhar juntos mesmo com opiniões diferentes", considera a jornalista.

Milhares de pessoas têm saído à rua para saudar o Papa desde o início da sua visita na última quarta feira.

Esta é a primeira visita de um Papa a Moçambique desde a deslocação de João Paulo II em 1988. A visita acontece numa altura em que os moçambicanos estão num processo de paz e reconciliação. E, para Jacinta Nhambitambo, o impacto será positivo: " Por um lado, será encarnar em todos, particularmente, os nossos governantes, para assumirem que apenas o diálogo será o caminho para resolver todas as diferenças que nós temos. Os moçambicanos devem viver juntos neste território, apesar das diferenças que têm e também a riqueza que nós temos deve ser distribuída por todos, devemos reduzir as assimetrias".

Saltar a secção Mais sobre este tema
Saltar a secção Manchete

Manchete

Saltar a secção Mais artigos e reportagens da DW