1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Polícia acusa sociedade civil de financiar manifestações

Lusa
30 de novembro de 2024

Forças de Defesa e Segurança moçambicanas acusam "algumas organizações da sociedade civil e pessoas de má-fé", incluindo estrangeiras, de estarem a financiar a onda manifestações para criar "caos generalizado" no país.

Moçambique | Protestos em Maputo
Ministério do Interior de Moçambique acusa "autores morais" das manifestações de estarem a usar o direito à manifestação para "subverter a ordem constitucional instituída"Foto: ALFREDO ZUNIGA/AFP

“Estas manifestações violentas convocadas pelo candidato presidencial Venâncio António Bila Mondlane e pelo partido PODEMOS, têm sido apoiadas e financiadas por algumas Organizações da Sociedade Civil e pessoas singulares de má-fé, dentre nacionais e estrangeiros, com o intuito de criar o caos generalizado e subverter a ordem constitucional instituída”, refere-se num comunicado do Ministério do Interior.

O Ministério do Interior de Moçambique acusa os “autores morais” das manifestações de estarem a usar o direito à manifestação para “subverter a ordem constitucional instituída”.

“As Forças de Defesa e Segurança reconhecem o direito de manifestação e de outros direitos fundamentais consagrados na Constituição da República, no entanto reitera que para o exercício dos direitos fundamentais plasmados na Constituição, é dever de todos os cidadãos, organizações e partidos políticos a observância estrita e rigorosa da lei, do civismo, urbanidade e o respeito pelos símbolos nacionais e apela a não adesão às manifestações violentas e outras ações que configuram violação da lei e perturbação da ordem pública”, lê-se ainda no documento das Forças de Defesa e Segurança.

As autoridades moçambicanas apelam ainda aos estrangeiros que vivem no país para se absterem de “qualquer intervenção ou participação em atos que configurem violação à lei e intromissão nos assuntos internos do Estado moçambicano”.

Em causa está a onda de manifestações em Moçambique, com cerca de 70 mortos e mais de 200 feridos a tiro num mês, em resultado dos confrontos com a polícia, protestos que têm sido convocados por Venâncio Mondlane, candidato presidencial que contesta a atribuição da vitória a Daniel Chapo nas presidenciais, com 70,67% dos votos, e, nas legislativas, do partido FRELIMO, que reforçou a sua maioria absoluta, segundo os resultados anunciados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Pós-eleições: Académico denuncia intolerância em Moçambique

29:45

This browser does not support the video element.

Saltar a secção Mais sobre este tema