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Moçambique: Quase tudo pronto para o recenseamento eleitoral

20 de março de 2023

Comissão Nacional de Eleições teme que materiais do recenseamento eleitoral para as autárquicas cheguem tarde às províncias do Niassa e Cabo Delgado. As vias de acesso estão em más condições devido às chuvas.

Posto de recenseamento eleitoral em Nampula, Moçambique
Foto: DW

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) garante que os materiais para o arranque do recenseamento eleitoral, a 20 de abril, já estão disponíveis em quase todas as províncias e em bom estado. Segundo o porta-voz da CNE, Paulo Cuinica, "está tudo a postos para que o recenseamento arranque no dia previsto".

As únicas exceções são as províncias nortenhas de Cabo Delgado e Niassa. Aí, os materiais poderão chegar tarde devido à degradação das vias, diz Paulo Cuinica.

"Naturalmente há preocupação com as vias de comunicação, que não estão em condições de transitabilidade por causa das chuvas. Essa é a nossa maior preocupação", revela.

Paulo Cuinica, porta-voz da CNEFoto: DW/R. da Silva

Mesmo assim, a Comissão Nacional de Eleições promete fazer os possíveis para que o material chegue a tempo do início do recenseamento. Segundo o porta-voz da CNE, os camiões com o material para as duas províncias terão de se adaptar às condições no terreno.

"Como sabem, há equipas que estão a trabalhar na reparação das estradas. Vamos poder circular naquelas que estiverem reparadas. Onde for necessário termos cautelas, vamos ter de ter cautela. E vamos ter de encontrar meios alternativos para podermos colocar o equipamento a tempo de o recenseamento arrancar no dia 20 [de abril]."

Relacionamento com os partidos

O presidente da Comissão Nacional Eleitoral, Carlos Matsinhe, pede a colaboração dos partidos políticos que, muitas vezes, se têm queixado de irregularidades no recenseamento eleitoral.

"Contamos igualmente com a vossa colaboração na partilha de informação sobre quaisquer anomalias que surgirem para que, prontamente, sejam corrigidas. A nós também interessa uma relação saudável com os partidos políticos, erros sanados e termos um processo cada vez mais limpo", afirma.

Recenseamento piloto foi realizado em alguns distritos de Manica, Nampula e província de MaputoFoto: Bernardo Jequete/DW

Observar os prazos

A Comissão Nacional de Eleições já identificou os locais que vão funcionar como postos de recenseamento eleitoral. Caberá agora aos partidos políticos, como disse ainda Matsinhe, observar os prazos das próximas etapas, para evitar atrasos, "mormente na submissão de pedidos de credenciação dos fiscais, na inscrição para fins eleitorais, bem como para as candidaturas".

O recenseamento piloto terminou a 20 de fevereiro em alguns distritos selecionados e o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições, Paulo Cuinica, garante que, nesses locais, não haverá confusões nos números de eleitores: "Não há margem para confusão", diz.

"Pode ser que as pessoas tenham entendido mal a mensagem, mas todas elas foram avisadas de que se estava a tratar de um recenseamento piloto, em que iam participar como voluntários e que, depois disso, haveria necessidade de se recensearem em 2023."

As eleições autárquicas em Moçambique realizam-se a 11 de outubro em 65 municípios.

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