Moçambique: Ramaphosa deseja "unidade" e Rangel "esperança"
15 de janeiro de 2025O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, assistiu à tomada de posse de Daniel Chapo como quinto chefe de Estado de Moçambique e disse esperar dos moçambicanos "espírito de unidade" para "um futuro mais brilhante".
Em comunicado, Ramaphosa referiu que a tomada de posse de Daniel Chapo "constitui uma oportunidade para todo o povo de Moçambique trabalhar em conjunto em prol da paz, da democracia e do desenvolvimento".
O chefe de Estado sul-africano acrescentou que espera trabalhar em estreita colaboração com o Presidente Daniel Chapo "para reforçar ainda mais as fortes relações fraternas existentes entre os dois países" vizinhos.
Cyril Ramaphosa chegou hoje a Maputo, acompanhado pelos ministros das Relações Internacionais e Cooperação e da Presidência, para assistir à tomada de posse de Chapo, em que participa apenas mais um Presidente, o guineense Umaro Sissoco Embaló.
Presidente de Portugal nao foi à cerimónia
O ministro português dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, deslocou-se a Maputo para representar o Governo de Lisboa na cerimónia de investidura investidura de Daniel Chapo. Na bagagem levou uma "mensagem de esperança" do Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.
"Ele deixa uma palavra de bastante calor e de grande esperança em que Moçambique possa dar também ao seu povo condições de prosperidade cada vez maiores e melhores de forma que esta nação, que é tão jovem em idade e jovem porque tem tantos adolescentes que merecem um futuro, que é importante assistir este momento de construção desse futuro", disse Rangel, à chegada à Praça da Independência, onde teve lugar a investidura de Chapo.
Rangel também destacou uma "relação forte" entre Marcelo Rebelo de Sousa e Moçambique e indicou que Portugal tem acompanhado a atualidade do país face à tensão pós-eleitoral. "Para nós, o destino de Moçambique, o seu bem, a prosperidade e desenvolvimento são também desenvolvimento e prosperidade para Portugal", referiu.
Na terça-feira (14.01), o candidato presidencial Venâncio Mondlane acusou o chede da diplomacia lusa de parcialidade e de "manipular" a opinião pública ao dizer que tem acompanhado o processo pós-eleitoral em Moçambique.
"Não há trabalho feito da sua parte em relação ao diálogo em Moçambique. Pelo contrário, o senhor sempre foi parcial, foi tendo posições totalmente tristes, sempre foi de adjetivos contra a minha pessoa", afirmou Venâncio Mondlane, num direto a partir da sua conta oficial na rede social Facebook, dirigindo-se a Rangel.