1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Rede bancária volta a funcionar, garante primeiro-ministro

Lusa | tms
21 de novembro de 2018

Caixas automáticas, pontos de pagamento e cartões dos bancos moçambicanos voltam a funcionar a partir desta quarta-feira, depois do apagão registado desde sexta-feira, anunciou o primeiro-ministro.

Foto: DW/J. Beck

"Encontrou-se uma solução imediata" e "a situação está normalizada", referiu o primeiro-ministro Agostinho do Rosário, durante uma intervenção a abrir a sessão de perguntas ao Governo, esta quarta-feira (21.11), no plenário da Assembleia da República, em Maputo.

"Desde as primeiras horas do dia de hoje começaram a entrar em funcionamento as ATM e POS [pontos de venda] ligadas à rede Simo", Sociedade Interbancária de Moçambique (SIMO), disse, sem esclarecer qual a solução encontrada.

O primeiro-ministro apelou aos intervenientes no setor bancário para que encontrem "soluções sustentáveis e duradouras que garantam a estabilidade e fiabilidade" da banca eletrónica moçambicana. "O sistema financeiro está seguro e bem capitalizado", concluiu.

Numa ronda por algumas caixas automáticas da capital moçambicana, a agência de notícias Lusa verificou que, apesar de já estarem ligadas e aceitarem cartões, ainda não era possível fazer levantamentos.

Agostinho do Rosário, primeiro-ministro de MoçambiqueFoto: picture-alliance/dpa/A. Silva

Suspensão

A empresa portuguesa Bizfirst, gestora informática da rede, desligou o sistema na sexta-feira passada, após dois anos sem conseguir que a sociedade SIMO, detida maioritariamente pelo Banco de Moçambique, assinasse contratos ou pagasse pelo serviço.

O governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, admitiu na segunda-feira, no Parlamento, desentendimentos com a empresa, mas acusou-a de optar por uma "solução nuclear", comparando as ações da Bizfirst a "ataques cibernéticos".

Zandamela disse ainda ter-se oposto a uma proposta da banca de pagar de imediato a dívida à empresa, sem revelar o valor, para que o serviço fosse rapidamente reativado, alegando que a SIMO nunca mais poderia trabalhar com uma firma que tinha tomado a decisão de desligar o sistema por completo.

Nenhuma das entidades envolvidas no processo esclareceu ainda como foi normalizada a situação. Entretanto, segundo o jornal moçambicano O País, os bancos prejudicados pelo apagão decidiram esta terça-feira pelo pagamento imediato dos valores reclamados pela Bizfirst.

Saltar a secção Mais sobre este tema