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DesastresMoçambique

Moçambique: Mantém-se risco de inundações após tempestade

Lusa
25 de janeiro de 2022

A tempestade tropical Ana, que na segunda-feira atingiu o norte de Moçambique, enfraqueceu e transformou-se numa depressão, mas o perigo de inundações mantém-se. Mau tempo provocou pelo menos quatro mortes e destruição.

Força das águas causou estragos incalculáveis em Nampula
Força das águas causou estragos incalculáveis em NampulaFoto: Sitói Lutxeque/DW

"A depressão Ana continua a atravessar Moçambique e está agora perto do sul do Malawi, a pouco mais de 200 quilómetros a noroeste de Quelimane", capital da província da Zambézia; anunciou o centro meteorológico francês da ilha de Reunião.

A depressão "move-se para oeste, enquanto enfraquece", refere-se no mais recente boletim sobre riscos ciclónicos na bacia sudoeste do Índico, emitido várias vezes por dia por aquele centro. No entanto, o risco de vento forte e chuva intensa mantém-se no centro e norte de Moçambique, alertou.

A tempestade está a deixar um rasto de destruição, depois de ter provocado pelo menos quatro mortes. Segundo o Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD), mãe e filha foram arrastadas pela subida das águas do rio Licungo em Mocuba, Zambézia. 

Já na madrugada desta terça-feira (25.01), uma outra vítima morreu após o desabamento de uma das paredes da sua casa, na província de Manica. Não são conhecidas as causas da morte da quarta vítima. 

No total, a tempestade causou quatro mortes, 66 feridos, afetou 771 famílias, o correspondente a 3.870 pessoas, destruiu total e parcialmente 661 casas, 16 salas de aula e uma unidade hospitalar, segundo um balanço do INGD enviado à Lusa. 

Grávidas afetadas

Por seu lado, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) alerta para a elevada proporção de mulheres grávidas e em idade reprodutiva entre a população afetada - reflexo da estrutura demográfica do país.

Face a um risco de haver 500.000 pessoas afetadas no pior cenário da intempérie (que parece afastado pelas previsões), 120.000 seriam mulheres em idade reprodutiva e 14.000 grávidas.

Na atual época de tempestades, sem contar com o impacto da tempestade Ana, pelo menos 14 pessoas morreram e outras 53.269 foram afetadas por desastres naturais, segundo o mais recente relatório do INGD.

Artigo atualizado às 16h20 CET de 25 de janeiro de 2022

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