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Venâncio Mondlane quer provas de que não é procurado

14 de dezembro de 2024

O candidato presidencial apoiado pelo partido PODEMOS quer que autoridades em Moçambique provem que sobre ele não pende nenhum mandado de captura. Venâncio Mondlane tem mobilizado protestos sem precedentes no país.

Venâncio Mondlane, numa foto de abril de 2019
Candidato Venâncio Mondlane não reconhece os resultados das últimas eleições em Moçambique, que ainda têm de ser validados e proclamados pelo Conselho ConstitucionalFoto: Roberto Paquete/DW

Venâncio Mondlane solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) de Moçambique esclarecimentos e informação documentada sobre eventuais crimes que lhe sejam imputados, bem como algum mandado de busca e captura que penda sobre ele, segundo documentos enviados à DW.

Por intermédio da sua mandatária, Judite Mahoche Simão, o candidato presidencial apoiado pelo partido PODEMOS desafia a PGR a apresentar provas documentais de que não existem nenhum mandado de prisão contra ele.

A ação levada a cabo pela equipa que apoia este candidato presidencial acontece depois de esta semana surgirem informações no sentido de que Mondlane não era procurado pelas autoridades moçambicanas.

Este quinta-feira (12.12), o Presidente do Tribunal Supremo, Adelino Muchanga garantiu que não existe nenhum mandado de busca e captura emitido contra Venâncio Mondlane, o que levantou dúvidas na sociedade moçambicana, aventando-se a hipótese de ser uma armadilha com vista à detenção do mesmo.

Moçambique vive desde 21 de outubro sucessivas paralisações e manifestações de contestação dos resultados das eleições gerais de 9 de outubro, convocadas por Venâncio Mondlane.

Os resultados das eleições de 9 de outubro anunciados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) deram a vitória, com 70,67% dos votos, a Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), partido no poder, e colocaram Venâncio Mondlane em segundo lugar, com 20,32%.

Mondlane não reconhece os resultados, que ainda têm de ser validados e proclamados pelo Conselho Constitucional (CC).

Num dos seus últimos diretos a partir da rede social Facebook, Mondlane prometeu estar em Maputo para tomar posse como Presidente de Moçambique no dia 15 janeiro, data prevista para a tomada de posse do novo chefe de Estado.

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