Venâncio Mondlane quer provas de que não é procurado
14 de dezembro de 2024Venâncio Mondlane solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) de Moçambique esclarecimentos e informação documentada sobre eventuais crimes que lhe sejam imputados, bem como algum mandado de busca e captura que penda sobre ele, segundo documentos enviados à DW.
Por intermédio da sua mandatária, Judite Mahoche Simão, o candidato presidencial apoiado pelo partido PODEMOS desafia a PGR a apresentar provas documentais de que não existem nenhum mandado de prisão contra ele.
A ação levada a cabo pela equipa que apoia este candidato presidencial acontece depois de esta semana surgirem informações no sentido de que Mondlane não era procurado pelas autoridades moçambicanas.
Este quinta-feira (12.12), o Presidente do Tribunal Supremo, Adelino Muchanga garantiu que não existe nenhum mandado de busca e captura emitido contra Venâncio Mondlane, o que levantou dúvidas na sociedade moçambicana, aventando-se a hipótese de ser uma armadilha com vista à detenção do mesmo.
Moçambique vive desde 21 de outubro sucessivas paralisações e manifestações de contestação dos resultados das eleições gerais de 9 de outubro, convocadas por Venâncio Mondlane.
Os resultados das eleições de 9 de outubro anunciados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) deram a vitória, com 70,67% dos votos, a Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), partido no poder, e colocaram Venâncio Mondlane em segundo lugar, com 20,32%.
Mondlane não reconhece os resultados, que ainda têm de ser validados e proclamados pelo Conselho Constitucional (CC).
Num dos seus últimos diretos a partir da rede social Facebook, Mondlane prometeu estar em Maputo para tomar posse como Presidente de Moçambique no dia 15 janeiro, data prevista para a tomada de posse do novo chefe de Estado.