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Morreu ex-Presidente do Mali, Amadou Toumani Touré

AFP | Lusa
10 de novembro de 2020

O ex-Presidente do Mali Amadou Toumani Touré, que governou o país de 2002 a 2012 antes de ser derrubado num golpe de Estado, morreu aos 72 anos, na Turquia, para onde tinha sido transferido após uma operação cardíaca.

Foto: picture-alliance/dpa

"Amadou Toumani Touré morreu na noite de segunda-feira para hoje na Turquia, país para onde foi levado por motivos médicos", disse à agência de notícias AFP Oumar Touré, sobrinho do antigo Presidente.

O antigo Presidente tinha sido recentemente submetido a "uma operação cardíaca", disse um médico de um hospital de Bamako, sob condição de anonimato.

Embora "tudo parecesse estar a correr bem", Touré foi mais tarde transferido para a Turquia por razões médicas, disse o médico.

"Decidimos transferi-lo. Ele viajou para a Turquia muito recentemente num voo regular. Infelizmente, morreu durante a madrugada de segunda-feira e hoje", acrescentou.

Da transição democrática à destituição

O nome de Amadou Toumani Touré, ele próprio um ex-soldado que entrou para a política, foi associado à transição democrática do Mali. Assumiu pela primeira vez o comando do país durante um ano, em 1991, ajudando a derrubar o regime de Moussa Traore, que se encontrava no poder desde 1968.

Esteve à frente de um comité de transição após o golpe, exercendo funções de chefe de Estado até às eleições de 1992, ganhas por Alpha Oumar Konare, o primeiro presidente democraticamente eleito na história pós-independência do Mali.

Universalmente conhecido pelas iniciais ATT, Toure venceu as eleições presidenciais em 2002 e novamente em 2007.

Acabaria por ser derrubado em março de 2012 por um golpe militar, quando soldados se amotinaram contra a incapacidade do Governo de deter a ofensiva dos rebeldes tuaregues no norte do país e a entrada de jihadistas de países vizinhos.  

O caos que se seguiu foi extremamente destrutivo para o exército mal equipado e desmoralizado do Mali. Os jihadistas invadiram o norte do país antes de serem forçados a sair em 2013 após uma intervenção francesa.

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