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PolíticaIsrael

Morte do líder do Hamas trará o fim do conflito?

tm | rl | com agências
18 de outubro de 2024

Após o anúncio da morte de Yahya Sinwar, líderes mundiais apelam ao fim do conflito em Gaza e à libertação dos reféns israelitas. Netanyahu diz que morte de líder do Hamas marca "o princípio do fim" da guerra.

Manifestação em Telavive pelo fim do conflito em Gaza, outubro de 2024
Após morte do líder do Hamas, manifestantes israelitas voltaram a apelar, em Telavive, ao fim da guerra em Gaza Foto: Ariel Schalit/AP Photo/picture alliance

Após a morte de Yahya Sinwar, líder do Hamas, num ataque aéreo israelita na Faixa de Gaza, muitos se perguntam se esta ação poderá acelerar o fim do conflito na região.

Sinwar, considerado o cérebro dos ataques de 7 de outubro de 2023, liderava o Hamas em Gaza desde 2017 e era um dos alvos principais de Israel.

Em declarações, esta quinta-feira (17.10), o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, confirmou a morte do líder do Hamas, dizendo que este é um acontecimento que marca "o princípio do fim" da guerra na Faixa de Gaza.

"Yahya Sinwar foi morto em Rafah pelas Forças de Defesa de Israel. Embora isso não marque o fim da guerra, é o 'começo do fim'. Para o povo de Gaza, tenho uma mensagem simples: essa guerra pode acabar amanhã. Ela pode terminar amanhã se o Hamas pousar as suas armas e libertar os reféns", sublinhou o líder do Governo israelita, numa mensagem vídeo em inglês divulgada na rede social X.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) divulgaram, esta quinta-feira, um vídeo gravado por um drone e que, alegadamente, mostra o líder do Hamas, Yahya Sinwar, instantes antes de ser morto. No vídeo, um homem identificado como Sinwar, aparece com o rosto coberto e segurando um bastão.

Israel também confirmou ter encontrado o DNA de Sinwar num túnel em Rafah próximo ao local onde foram descobertos os corpos de seis reféns sequestrados em Israel em outubro de 2023.

Ocidente quer cessar-fogo

A morte de Sinwar gerou reações internacionais, com vários líderes mundiais a afirmar verem o momento como uma oportunidade para a libertação dos reféns israelitas e um cessar-fogo duradouro.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, telefonou ao primeiro-ministro israelita para o felicitar.

"É hora de avançar em direção a um cessar-fogo e melhorar as condições para todos, além de trazer os reféns de volta para casa”, disse Biden.

Morte de líder do Hamas marca "início do fim" da guerra em Gaza, diz NetanyahuFoto: Pool European Pressphoto Agency/AP/dpa/picture alliance

Por seu lado, a ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Annalena Baerbock, pediu ao Hamas para "libertar imediatamente todos os reféns e depor as armas". E o Presidente francês Emmanuel Macron considerou que a morte de Yahya Sinouar representa uma oportunidade que deve ser aproveitada "para que a guerra seja finalmente interrompida".

O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, destacou que Sinwar era um terrorista e foi "um obstáculo a um cessar-fogo urgentemente necessário e à libertação incondicional de todos os reféns".

Haverá consequências?

Alguns analistas alertam para possíveis represálias do Hamas, após a morte do seu líder.

Charles Lister, especialista do Instituto para o Médio Oriente, afirma que a morte de Sinwar pode resultar na execução dos reféns [israelitas] como vingança”.

"A morte [do líder do Hamas], por si só, é um grande acontecimento. [Mas] ainda não se sabe qual será o impacto sobre o conflito em Gaza, se ele ajudará ou não a diminuir a escalada da guerra no Líbano [...]. É uma questão em aberto se Israel verá ou não isso como algo do seu interesse", acrescentou.

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