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PolíticaQuénia

Mortos em protestos no Quénia: Governo envia Exército

gcs | EFE | Reuters | AFP
25 de junho de 2024

Várias pessoas foram mortas pela polícia e dezenas ficaram feridas durante protestos contra o aumento dos impostos no Quénia. Manifestantes invadiram o Parlamento em Nairobi.

Protestos contra o aumento dos impostos no Quénia
Foto: LUIS TATO/AFP/Getty Images

O Presidente queniano, William Ruto, promete mão pesada contra os manifestantes que invadiram o Parlamento durante protestos contra um novo projeto de lei que prevê aumentos de impostos.

"Não é possível, ou sequer concebível, que criminosos que se fazem passar por manifestantes pacíficos possam aterrorizar o povo", afirmou Ruto na televisão, esta terça-feira (25.06).

O chefe de Estado acrescentou que o debate sobre o tema dos impostos foi sequestrado por "pessoas perigosas".

Nas ruas da capital queniana, Nairobi, os manifestantes clamavam "Ruto tem de sair, Ruto tem de sair!".

Alguns manifestantes, a maior parte jovens, invadiram o Parlamento, e a polícia disparou contra eles. A agência noticiosa EFE confirmou pelo menos 14 mortes na capital. Dezenas de pessoas ficaram feridas.

Manifestantes invadiram Parlamento quenianoFoto: LUIS TATO/AFP

Algumas zonas do Parlamento foram incendiadas; os manifestantes partiram móveis e janelas.

O ministro da Defesa queniano, Aden Duale, mobilizou o Exército para responder "à emergência de segurança causada pelos protestos violentos em andamento em várias partes da República do Quénia, resultando em destruição e violação de infraestrutura crítica".

"Profunda preocupação"

O protesto de milhares de jovens começou de forma pacífica, em Nairobi e noutras cidades do país.

Com o novo projeto de lei, o Governo tenciona encaixar cerca de 2,7 mil milhões de dólares em impostos para pagar as dívidas do Estado. Mas os manifestantes temem o agravamento da pobreza no país.

Milhares de pessoas, sobretudo jovens, juntaram-se aos protestos contra o aumento dos impostos no QuéniaFoto: Monicah Mwangi/REUTERS

Em comunicado, a União Africana expressou uma "profunda preocupação" com a violência no Quénia, apelando à calma no país.

As embaixadas de 13 países ocidentais, incluindo os Estados Unidos e a Alemanha, mostraram-se "chocadas" com "as cenas presenciadas em frente ao Parlamento queniano".

Os países lamentam "a trágica perda de vidas e ferimentos sofridos, inclusive pelo uso de munições reais". Apelam ainda à "contenção de todas as partes", encorajando "todos os líderes a encontrar soluções pacíficas através do diálogo construtivo".

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