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Mpox: Nyusi pede medidas face a casos em países vizinhos

Lusa
30 de agosto de 2024

O chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, pediu hoje o reforço de medidas de prevenção face ao registo de casos positivos do vírus mpox em países vizinhos de Moçambique.

Filipe Nyusi, Presidente de Moçambique (Foto de arquivo)
Filipe Nyusi, Presidente de MoçambiqueFoto: João Carlos/DW

"Vamos continuar a [tomar medidas] porque os vizinhos lá do outro lado já têm um ou dois casos", disse o chefe de Estado, durante a inauguração do Hospital Geral da Beira, em Sofala, centro de Moçambique.

O Presidente afirmou que o Ministério da Saúde moçambicano está preocupado e vai procurar travar a eclosão de eventuais casos de mpox no país, reforçando o pedido para a tomada de medidas de prevenção da doença.

"Já expliquei que as medidas são quase iguais às da Covid-19: lavar as mãos, evitar abraçar de qualquer maneira e usar o álcool [para desinfetar]. Como já sabemos o álcool já entrou na nossa moda e mesmo depois da covid-19 ganhamos o hábito de lavar as mãos", disse Filipe Nyusi.

Mais de 22.800 casos e pelo menos 622 mortes por mpox foram registados desde janeiro em 13 países africanos, incluindo a África do Sul, país vizinho de Moçambique, confirmou, na terça-feira, a União Africana.

O Ministério da Saúde de Moçambique anunciou, na segunda-feira (26.08), que o país continua sem casos positivos de mpox, após análises a sete casos suspeitos da doença registados entre 14 e 26 de agosto e que deram resultado negativo.

Apesar de não haver casos no país, as autoridades de saúde moçambicanas instalaram pontos de controlo sanitário na Zambézia, província do centro, e vão criar centros de isolamento para prevenir eventuais casos em Sofala e Maputo.

O Instituto Nacional de Saúde (INS) moçambicano disse à Lusa, também na segunda-feira, que está em prontidão laboratorial máxima para fazer a testagem de casos suspeitos de mpox no país, acreditando que pode responder a qualquer demanda.

"Em termos de testagem, estamos em prontidão laboratorial máxima. Temos capacidade de aumentar a nossa capacidade e a nossa dinâmica, se for necessário, mas o número de suspeitos [ainda] é baixo, não nos parece que a curto prazo essa seja a nossa preocupação", disse o diretor nacional do INS, Eduardo Samo Gudo.

Esta é a segunda vez em dois anos que a doença infecciosa é considerada uma potencial ameaça para a saúde internacional, tendo o primeiro alerta sido levantado em maio, depois de a propagação ter sido contida e a situação ter sido considerada sob controlo.

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