Milhares de milhões de muçulmanos em todo o mundo deverão iniciar, este sábado (01.03), o Ramadão.

A Arábia Saudita e outros países árabes, bem como nações de maioria sunita, iniciam o seu mês sagrado de jejum este sábado.

"O Supremo Tribunal decidiu que amanhã, sábado, é o primeiro dia do mês (do Ramadão)", anunciou, ontem, a agência noticiosa oficial saudita.

 A Argélia, o Egito, a Jordânia, a Líbia, os territórios palestinianos, o Sudão e a Tunísia também iniciarão hoje o jejum diurno.

O mesmo acontece com a Indonésia, o país de maioria muçulmana mais populoso do mundo.

O ministro indonésio dos Assuntos Religiosos, Nasaruddin Umar, anunciou na sexta-feira que o Ramadão começará no sábado, depois de a visualização da Lua nova ter sido confirmada por observadores astronómicos islâmicos na província de Aceh, a mais ocidental do país.

No entanto, o Irão, dominado pelos xiitas, declarou o domingo como o primeiro dia do Ramadão. Marrocos, que tem uma população muçulmana sunita, será o único país a começar a observar o jejum diurno no domingo, informou o Ministério dos Assuntos Islâmicos.

Como é celebrado o Ramadão?

Trinta dias depois, a visualização da Lua nova seguinte marcará o fim deste período durante o qual os crentes são incentivados a não comer e beber entre o amanhecer e o anoitecer.

O jejum no nono mês do calendário muçulmano, baseado no ciclo lunar, é considerado um dos cinco pilares do Islão. De acordo com a tradição islâmica, foi neste mês que Deus revelou o livro sagrado desta religião, o Corão, ao profeta Maomé.

Durante o Ramadão, espera-se que os crentes reflitam e realizem boas ações, por exemplo ajudando os desfavorecidos, e na mesquita serão distribuídas "roupas para os mais necessitados", acrescentou.