A província de Luanda é muitas vezes descrita como um "cemitério político". É uma província difícil de governar, palco de várias disputas políticas e com muitos problemas por resolver, desde o saneamento básico à criminalidade, passando pela mobilidade urbana.

Durante a cerimónia de tomada de posse, esta segunda-feira (04.11), o Presidente angolano, João Lourenço, desejou ao novo governador de Luanda "muita coragem" para enfrentar os desafios na província.

Pouco depois de ser nomeado, o novo governador disse contar com o apoio de todos para resolver os problemas na capital.

"Vou precisar imenso e, principalmente, dos luandenses. Todos juntos, porque ninguém faz nada ou tem êxito sozinho", afirmou Luís Nunes.

Passado político e empresarial

Nunes sucede a Manuel Homem, que esteve pouco mais de dois anos no cargo e foi empossado esta segunda-feira como ministro do Interior.

O político tem um vasto currículo no setor empresarial, dirigindo o grupo de engenharia e construção civil Omatapalo. Nunes também já foi governador das províncias de Benguela e da Huíla.

Para o politólogo Agostinho Sicato, esta nomeação tem seguramente a ver com o seu perfil: "A escolha de Nunes para governar a cidade de Luanda, depois da Huíla e Benguela, pode ser considerada como um reconhecimento do trabalho feito nessas províncias."

"Também se nota, na sociedade, o retorno direto das suas ações", acrescenta Sicato.

Luís Nunes é a sexta aposta do Presidente da República para conduzir os destinos da capital, desde que João Lourenço assumiu o poder, em 2017.