Os cabo-verdianos não dependem de si próprios, estando dependentes de uma improvável conjugação de resultados nas duas restantes partidas do grupo D africano.
Publicidade
São remotas, embora ainda existam, as possibilidades de apuramento da seleção nacional de Cabo Verde para a fase final do Campeonato do Mundo de futebol, a realizar na Rússia, em 2018.
Faltando apenas disputar três encontros relativos ao grupo D da fase de qualificação africana, Cabo Verde – que segue na terceira posição do grupo, com 6 pontos – terá de vencer na deslocação ao Burkina Faso (14.11.), e aguardar que, nos dois encontros entre a África do Sul e o Senegal, os sul-africanos vençam uma das partidas e, na outra, se registe um empate.
Ainda mais: os “tubarões azuis” teriam de golear a seleção burkinabe, e os “bafana bafana” deveriam fazer o mesmo no confronto que vencerem ante os senegaleses.
Demasiadas contas, portanto, para que a seleção orientada por Lúcio Antunes se pudesse estrear na fase final da maior competição mundial de futebol.
Egito e Nigéria já qualificados; Tunísia "à porta"
Por outro lado, e quanto à qualificação do continente africano, estão já apurados os conjuntos do Egipto e da Nigéria, faltando um pequeno passo à Tunísia para, igualmente, carimbar o passaporte.
A restante vaga será decidida entre Marrocos e a Costa do Marfim, que, numa autêntica final, se defrontam sábado (11.11.), em Abidjan.
Está praticamente concluída, portanto, a fase prévia do Mundial da Rússia, restando, para lá dos contendores africanos, o apuramento de duas últimas seleções, resultante dos “play-offs” intercontinentais. O Perú defronta a Nova Zelândia, enquanto a Austrália mede forças com as Honduras.
A fase final do Mundial disputar-se-á em onze cidades russas, entre 14 de junho e 15 de julho do próximo ano.
Moçambique: Ultrapassar preconceitos contra pessoas com deficiência fazendo desporto na praia
A equipa de voleibol sentado da AAIPD ruma, uma vez por mês, à Praia da Costa do Sol, em Moçambique, para um jogo ao ar livre. A equipa, que pretende superar preconceitos, conta já com 40 atletas. Número está a crescer.
Foto: Privat
Voleibol sentado de praia
A Associação Aeroclube para Inclusão de Pessoas com Deficiência (AAIPD), criada pelo empresário moçambicano Vaz de Sousa, tem vindo a desenvolver vários projetos na área da inclusão em Moçambique, nomeadamente através da prática de desporto. Recentemente, lançou a modalidade de voleibol sentado de praia.
Foto: Privat
Equipa a crescer
A publicidade boca a boca fez com que depressa começassem a chegar atletas. Hoje a equipa é composta por cerca de 40 pessoas portadoras de deficiência, na sua maioria, com membros amputados ou paraplégicas, e com idades compreendidas entre os 27 e os 60 anos, um dado que "surpreendeu pela positiva" o mentor do projeto. O número de interessados tem vindo a crescer.
Foto: Privat
Mulheres em maioria
Apesar da prática de desportos em equipa ser muitas vezes associada ao sexo masculino, na equipa de voleibol sentado de praia da AAIPD, a maioria dos jogadores são mulheres.
Foto: Privat
Do salão para a praia
A equipa está sob a alçada de Luís, que nasceu em Espanha, mas conta já com nacionalidade moçambicana, e que se interessou pelo projeto. Foi também um dos responsáveis por levar a prática do desporto do salão para a praia.
Foto: Privat
Regras semelhantes
Apesar de "específicas" para este desporto adaptado, as regras do voleibol sentado de praia não diferem muito das que conhecemos. O objetivo mantém-se: fazer passar a bola sobre a rede evitando que esta toque no solo. No voleibol sentado de praia, o campo e a altura da rede são menores do que no voleibol convencional.
Foto: Privat
Comunidade Mahometana
Graças à ajuda da Comunidade Mahometana, a equipa de voleibol sentado da AAIPD pode, desde o início deste ano, uma vez por mês, rumar à Praia da Costa do Sol para uma partida ao ar livre. À DW África, Vaz de Sousa destaca a "alegria" com que os atletas "vão e voltam" deste dia passado na praia.
Foto: Privat
Treinos semanais
Para além das idas à praia, a equipa reúne-se quatro vezes por semana para praticar o voleibol sentado de salão. Os treinos acontecem no campo da Comunidade Mahometana, localizado na baixa da cidade de Maputo.
Foto: Privat
Competição
Um dos objetivos da AAIPD é conseguir chegar à competição. Mas, para isso, é necessário que integrem a equipa atletas mais jovens. Algo que não é fácil, explica Vaz de Sousa, pelo facto de, em Moçambique, as pessoas portadoras de deficiência ainda "terem vergonha" de se expor. Para além de outras dificuldades que existem ao nível da locomoção na cidade, por exemplo.
Foto: Privat
Mais projetos
A AAIPD pretende juntar às modalidades já existentes - futsal para cegos, atletismo para cadeirantes e voleibol sentado - o futebol para pessoas amputadas. O lançamento de uma campanha para a inclusão de pessoas com necessidades especiais no mercado de trabalho e a organização de um desfile de moda para mulheres com deficiência são outros projetos para o futuro.