O Bayern de Munique defronta na noite desta quinta-feira (11.02), pelas 19 horas, tempo da Alemanha, a turma mexicana de Tigres, em partida da grande final do Mundial de Clubes 2020, que decorre em Al Rayyan, no Qatar.
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Nas meias finais, os "bávaros" levaram de vencida o poderoso africano - Al-Ahly, do Egíto, por 2-0, golos apontados por Robert Lewandowski, aos 17 e 86 minutos.
Entretanto, a equipa de Tigres chega à esta final, depois de ter afastando na fase anterior o Palmeiras, do Brasil, por 1 a 0, e se tornou na primeira equipa da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caraíbas (CONCACAF) a chegar à final do mundial de clubes.
Busca pelo sexto título consecutivo na temporada
O Bayern de Munique vai para o jogo desta noite de "olhos postos" para o sexto título consecutivo para a época 2019/2020. É que para já, os "bávaros" já têm bem arrumados nas suas prateleiras os troféus de campeões da Alemanha (2019/2020), da Liga dos Campeões da Europa, da taça da Alemanha, da Supertaça europeia e da Supertaça da Alemanha.
Caso vença esta noite ao Tigre, o Bayern tornar-se-á vencedor de todos os quatro principais torneios da temporada 2019/2020, nomeadamente, Mundial de Clube, Liga dos Campeões europeus, Supertaça europeia e Bundesliga.
O FC Barcelona de Espanha é detentor desta proeza. Na temporada 2008/2009, conseguiu vencer estas quatro principais competições.
Curiosidade desta final
Curioso ou não é que esta noite vai marcar uma dupla estreia. O Bayern de Munique vai defrontar pela primeira vez na sua história uma equipa da América Central, e o mesmo também acontece com a turma mexicana que irá medir forças com um clube europeu num jogo competitivo pela primeira vez.
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Bayern, o grande favorito
O Bayern venceu pela última vez o título do Campeonato Mundial de Clubes da FIFA em 2013, tendo marcado pelo menos dois golos e não sofrendo nenhum. E no seu palmares, com três troféus desta competição.
O seu adversário desta noite, os "tigres" procuram pela primeira vez fazer história nesta competição.
Por outro lado, os mexicanos terão pela frente o representante alemão cheio de estrelas, como é o caso de Manuel Neuer (melhor guarda-redes do mundo), Robert Lewandowski (melhor jogador do mundo), para além de outra constelação de estrelas, que a turma de Hansi Flick apresenta.
Por outro lado, o FC Bayern venceu 18 dos seus últimos 19 jogos internacionais - a única exceção foi um empate em 1-1 no Atlético Madrid na 5ª jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões de 2020/21.
Para esse efeito, o Bayern de Munique também venceu os seus últimos sete jogos competitivos em solo neutro. Antes da semi-final contra o Al Ahly, estes incluíam duas finais da Taça da Federação Alemão de Futebol (também conhecida por DFB) em Berlim (2019, 2020), três jogos a caminho do título da Liga dos Campeões de 2020 em Lisboa e a Supertaça da UEFA de 2020 em Budapeste.
O incrível percurso de Flick
Caso os "bávaros" vençavm a partida desta quinta-feira, à noite, o técnico Hansi Flick poderá ganhar o seu sexto título em 68 jogos competitivos como treinador do Bayern. Isso significa, uma média de apenas onze jogos por título, o que o tornaria no quinto recordista na história do futebol mundial.
Clubes com mais títulos
Desde 1960 que esta prova é disputada. Já teve 27 vencedores, sendo que o Real Madrid é o "papa títulos" desta competição, tendo já conquistado 7 troféus, dos quais quatro conquistados nos últimos cinco anos. Seguido do Milan da Itália com quatro títulos. Com três, seguem as formações do Barcelona, Bayern de Munique (1976, 2001, 2013), Inter de Milão, Santos, do Brasil, Boca Juniores, da Argentina e Nacional e Club Atlético Peñarol, ambos do Uruguai.
Uli Hoeneß: conheça a história do "El Dorado" do futebol alemão
O dirigente de 67 anos deixará a gestão do FC Bayern Munique, depois de 40 anos de muito sucesso. Hoeneß tirou o Bayern Munique da falência e transformou-o num dos clubes mais poderosos do futebol mundial.
Foto: picture-alliance/dpa
Lesão tramou carreira
Com uma lesão grave no joelho, o campeão mundial de 1974 teve de terminar a carreira como jogador em 1979, com apenas 27 anos de idade. O presidente do Bayern na altura Willi Hoffmann (esq.), fez de Uli Hoeneß o "manager" de clubes mais jovem da história da Bundesliga.
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O WG-Spezi recuperado (46472561)
Ainda como jogador, Hoeneß prova seu talento de gestor. Em 1978, ele concede ao Bayern um contrato de patrocínio com uma empresa de Ulm, sua cidade natal. O único objetivo do dinheiro: o retorno do seu especial Paul Breitner (r.) Of Eintracht Braunschweig ao Isar. Com Breitner, Hoeneß compartilhou em seus primeiros dias em Munique um apartamento.
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O primeiro grande negócio
Passivos no valor de 4 milhões de euros "empurram" o campeão de futebol alemão para um beco apertado. Entretanto, Hoeneß assume o cargo de gestor do clube. "O mais importante era tornar o Bayern Bayern livre de dívidas", lembra Hoeneß. "Foi quando eu vendi Karl-Heinz Rummenigge." 5.5 milhões de euros liberam a transferência em dinheiro - e o clube está livre de dívidas de uma só vez.
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Conflito
Aqui eles ainda brindam com cerveja, mas pouco depois passam à ação. Hoeneß (esq.) e Willi Lemke (drt). O gerente do SV Werder Bremen - duas vezes vice-campeão em meados da década de 1980 - brinca com o Bayern e afirma a Hoeneß, de que a "arrogância não pode ser derrotada". Hoeness chama Lemke de provocador e ambos entram em desacatos.
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Duelo de fogo com Daum
Outra disputa lendária ocorreu entre Hoeness (drt.) e o treinador do Colónia, Christoph Daum (2º da esq.) em 1989, no canal alemão ZDF. "Você acha-se o maior. Precisa de olhar para cima, é uma bola, não uma auréola", diz Hoeness, olhando para a decoração do estúdio. "Para atingir seu nível de egocêntrismo, tenho que ter cem anos", rebateu Daum.
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Uma ligação especial: Hoeneß e Heynckes
"A separação prematura de 1991 de Heynckes foi o meu pior erro", afirmou Hoeneß mais tarde. "Tenho a certeza que ele nos traria sucesso durante muitos anos." Hoeneß compensou o erro mais tarde. Trouxe Heynckes três vezes para o Bayern Munique, treinador com quem ele tem uma longa amizade.
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Triplete em 2013
No quarto ano de presidência e já sob o comando do treinador Heynckes, o Bayern Munique, em 2013, conquistou o único triplete do futebol alemão: campeonato, Taça da Alemanha e da Liga dos Campeões (à esquerda está a Supertaça Europeia).
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Ele também tem coração
É isso que Uli Hoeneß representa: ele ajuda sempre. Clubes como o FC St. Pauli e até o rival da liga, Borussia Dortmund, beneficiaram da generosidade do dirigente. Até ex-colegas de equipa como a lenda, Gerd Müller, e jogadores como Sebastian Deisler (síndrome de Burnout) ou Dietmar Hamann (dependência de álcool e jogo) contaram com a sua ajuda em momentos de necessidade.
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8 ou 80
O relacionamento de Hoeneß com os fãs é polivalente. Às vezes, mostra-se próximo do povo, como aqui, ao distribuir salsichas aos apoiantes da Baviera. Outras vezes, ele deixa-se levar pela raiva, quando os fãs se aproximam muito dele.
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Emoção
Uli Hoeneß pode ser acusado de muitas coisas, mas não de falta de emoção. Se ele é tocado emocionalmente, como na AG de 2013, ele não tem vergonha de chorar. Em 2013, Hoeneß começou a ser investigado por fuga ao fisco. No decorrer da investigação, ele renunciou a todos os cargos no Bayern Munique.
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Prisão
Em março de 2014, o Tribunal Regional de Munique II, condenou o dirigente de futebol por fuga aos impostos, no valor de 28,5 milhões de euros. Hoeneß foi condenado uma pena de três anos e meio de prisão. Depois de um ano e meio de prisão, ele é libertado no final de fevereiro de 2016, o resto da sentença é suspensa. No mesmo ano, Hoeneß assume novamente a presidência do Bayern Munique.
Foto: Reuters
Nem sempre de acordo
Com o CEO Rummenigge (esq.), o ex-jogador que Hoeneß vendeu para liquidar as dívidas do clube, nem sempre eles falam numa só voz. Por exemplo, na época passada, a meio de uma crise de resultados, Hoeneß esteve ao lado do técnico Niko Kovac, enquanto Rummenigge se manifestou muito mais crítico.
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Mais tempo para Susanne
O jornal "Bild" foi o primeiro a relatar que Hoeneß não se iria recandidatar em novembro. Ele próprio não confirmou isso no início, mas compartilhou a sua decisão com os colegas do Conselho de Supervisão semanas depois. Em novembro, ele renuncia e, portanto, tem mais tempo para sua esposa Susanne (esq.), com quem é casado desde 1973.
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Gosto por outro desporto
"Acho que os jogadores de futebol estão predestinados a serem bons jogadores de golfe", diz Hoeneß sobre seu hobby. "Primeiro, eles são todos muito atléticos e, segundo, têm uma certa sensibilidade no toque, o que significa que têm a vantagem de poder acertar uma bola sem muita prática".