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ReligiãoVaticano

Mundo reage à morte do Papa Francisco

DW (Deutsche Welle) | tms | com agências
21 de abril de 2025

Papa Francisco é lembrado por líderes mundiais como um "homem de profunda fé" e que tinha um "incansável compromisso com os mais fracos". A DW reuniu reações à morte do pontífice.

Papa Francisco
Papa Francisco faleceu aos 88 anosFoto: Tiziana Fabi/AFP/Getty Images

O mundo acordou com a notícia da morte do Papa Francisco esta segunda-feira (21.04). O líder da Igreja Católica tinha 88 anos e enfrentava problemas de saúde nos últimos meses. A bênção no Domingo de Páscoa, na Praça São Pedro, no Vaticano, foi a sua última aparição pública.

Líderes mundiais estão a reagir à morte do pontífice. O vice-Presidente dos Estados Unidos, JD Vance, foi o último chefe de Estado recebido por Francisco, ainda no domingo. Numa publicação no X, ele enviou condolências "aos milhões de cristãos de todo o mundo que o amavam".

"Fiquei feliz por o ver ontem [domingo], apesar de estar obviamente muito doente", escreveu Vance, que está atualmente de visita à Índia, nas redes sociais.

Líderes alemães falam em "grande tristeza"

Na Alemanha, o futuro chanceler Friedrich Merz disse que a morte do Papa Francisco o encheu de "grande tristeza". No X, Merz disse que Francisco seria lembrado pelo seu "incansável compromisso com os mais fracos da sociedade, com a justiça e a reconciliação, que foi guiado pela humildade e fé na misericórdia de Deus".

O Presidente alemão Frank-Walter Steinmeier e o chanceler alemão cessante Olaf Scholz também enviaram as suas condolências pela morte do Papa Francisco.

Steinmeier disse que o mundo perdeu um "farol brilhante de esperança, um defensor credível da humanidade e um cristão convincente".

"A sua modéstia, a sua espontaneidade e o seu humor, mas sobretudo a sua fé palpavelmente profunda, tocaram as pessoas em todo o mundo e deram-lhes apoio, força e orientação", afirmou Steinmeier numa declaração.

Scholz elogiou o pontífice como um defensor dos mais fracos. "Com o Papa Francisco, a Igreja Católica e o mundo perdem um defensor dos fracos, um reconciliador e uma pessoa calorosa", escreveu Scholz no X.

"Apreciei muito a sua visão clara dos desafios que nos preocupam", continuou o político social-democrata. "As minhas condolências vão para a comunidade religiosa em todo o mundo".

"De Buenos Aires a Roma"

O Presidente francês Emmanuel Macron juntou-se à lista de líderes mundiais que prestaram homenagem ao Papa Francisco após a sua morte, aos 88 anos.

"De Buenos Aires a Roma, o Papa Francisco quis que a Igreja levasse alegria e esperança aos mais pobres, que pudesse unir as pessoas entre si e com a natureza", escreveu Macron no X.

Em Israel, o Presidente Isaac Herzog disse que Francisco foi "um homem de profunda fé e compaixão sem limites".

Numa publicação no X, Herzog disse: "Ele viu, com razão, grande importância na promoção de fortes laços com o mundo judaico e no avanço do diálogo inter-religioso como um caminho para uma maior compreensão e respeito mútuo".

Por seu turno, o Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, saudou Francisco como "um amigo fiel do povo palestiniano".

"Perdemos um amigo leal do povo palestiniano e dos seus legítimos direitos, um forte defensor dos valores da paz, do amor e da fé em todo o mundo, e um verdadeiro amigo da paz e da justiça", disse Abbas, citado pela agência noticiosa oficial WAFA.

"O Papa Francisco regressou à casa do Pai"

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, afirmou que o mundo perdeu um grande líder com a morte de Francisco, mas acrescentou que o seu legado perdurará.

"O Papa Francisco regressou à casa do Pai. Esta notícia entristece-nos profundamente, porque estamos a perder um grande homem e um grande pastor", escreveu Meloni na plataforma X.

"Tive o privilégio de desfrutar da sua amizade, dos seus conselhos e dos seus ensinamentos, que nunca me faltaram, mesmo em tempos de provação e sofrimento", escreveu.

Meloni disse que o mundo deveria seguir o "caminho da paz" de Francisco e buscar "uma sociedade mais justa e equitativa".

Na Rússia, o Presidente Vladimir Putin saudou o Papa Francisco como um "defensor" do "humanismo e da justiça", elogiando os seus esforços para promover o diálogo entre as Igrejas Ortodoxa e Católica.

O cardeal Kevin Joseph Farrell anunciou a morte do Papa Francisco na manhã desta segunda-feira (21.04) Foto: Vatican Media/ANSA/picture alliance

Putin elogiou o "sábio" pontífice como um "defensor consistente dos altos valores do humanismo e da justiça", numa carta ao Vaticano publicada pelo Kremlin.

Na Ucrânia, o Presidente Volodymyr Zelensky afirmou que Francisco dedicou a sua vida à Igreja Católica e que rezou pela paz na Ucrânia e pelos ucranianos. 

"Milhões de pessoas em todo o mundo estão de luto pela trágica notícia da morte do Papa Francisco. A sua vida foi dedicada a Deus, às pessoas e à Igreja", afirmou Zelensky na rede social X.

Bênção no Domingo de Páscoa foi a última aparição pública do Papa FranciscoFoto: Yara Nardi/REUTERS

Para o Presidente ucraniano, Francisco "sabia como dar esperança, aliviar o sofrimento através da oração e promover a unidade. Rezou pela paz na Ucrânia e pelos ucranianos". 

Em Bruxelas, os presidentes das principais instituições da União Europeia lamentaram a morte do Papa, lembrando-o como um guia para avançar em direção a "um mundo mais justo, pacífico e compassivo", como disse a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

"Ele inspirou milhões de pessoas, muito além da Igreja Católica, com sua humildade e seu puro amor pelos menos afortunados. Meus pensamentos estão com todos aqueles que sentem essa profunda perda", escreveu Von der Leyen na rede social X, depois de tomar conhecimento do falecimento de Francisco.

A alemã afirmou que o "legado" do Papa continuará a guiar "todos nós em direção a um mundo mais justo, pacífico e compassivo".

"Povo africano" recorda Francisco

O presidente da comissão da União Africana apresentou as suas profundas condolências pela morte do Papa e recordou como Francisco amplificou a voz de África, anunciou a organização em comunicado.

Fiés reúnem-se na Praça São Pedro, no Vaticano, após o anúncio da morte do Papa FranciscoFoto: Alberto Pizzoli/AFP/Getty Images

 "O presidente da comissão da União Africana [UA], Mahmoud Ali Youssouf, recebeu com profundo pesar e tristeza a notícia do falecimento da Sua Santidade o Papa Francisco, uma voz moral imponente do nosso tempo e um firme defensor da paz, da justiça, da compaixão e da dignidade humana", segundo a nota de imprensa.

De acordo com o documento, "em nome da União Africana, dos seus Estados-Membros e do povo africano, o presidente apresenta as suas sinceras condolências à Santa Sé, à comunidade católica e a todos aqueles que, em todo o mundo, foram inspirados pela extraordinária vida de serviço, humildade e liderança espiritual do Papa Francisco".

O Presidente angolano manifestou hoje dor e tristeza pela morte do Papa Francisco e considerou tratar-se de um duro golpe para o mundo e uma imensa perda para os cristãos católicos. 

João Lourenço afirmou que os cristãos católicos viam nele uma das grandes esperanças na construção de um mundo mais justo e equilibrado. Francisco "foi um líder comprometido com a paz, com a justiça social e com os desfavorecidos", lê-se na mensagem enviada ao Vaticano. 

Em Moçambique, o Presidente Daniel Chapo endereçou condolências à Igreja Católica pela morte do Papa, lembrando um líder espiritual com um "compromisso incansável" com a paz e justiça social.   

"Neste momento, com corações em choque juntamo-nos ao mundo na despedida de um líder cuja luz brilhou intensamente, iluminando caminhos de fé e esperança", disse Daniel Chapo, numa mensagem divulgada hoje pela Presidência moçambicana.

O Governo de Cabo Verde vai decretar dois dias de luto nacional, terça e quarta-feira, pela morte do Papa Francisco, anunciou hoje o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva. 

Na Guiné-Bissau, o Presidente Umaro Sissoco Embaló recordou o Papa Francisco como "um grande homem de paz, de fé e de justiça", e enviou as suas condolências e "pensamentos afetuosos" aos seus entes queridos e aos católicos de todo o mundo. 

O Presidente queniano William Ruto, afirmou que a morte do Papa Francisco foi "uma grande perda para os fiéis católicos e para o mundo cristão".

"Ele exemplificou a liderança servil através da sua humildade, do seu compromisso inabalável com a inclusão e a justiça, e da sua profunda compaixão pelos pobres e vulneráveis", escreveu Ruto no X.

"As suas fortes convicções éticas e morais inspiraram milhões de pessoas em todo o mundo, independentemente da sua fé ou origem", acrescentou.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, lamentou a morte do Papa, afirmando que a voz de Francisco era humilde, mas poderosa e cheia de sabedoria.

"Profundamente triste com o falecimento da sua santidade o Papa Francisco. Tive a honra de encontrá-lo diversas vezes e, em todas as vezes, senti-me pessoalmente inspirado pela sua humildade", afirmou o diretor-geral da OMS.

O secretário-geral da NATO, Marc Rutte, destacou a dedicação do Papa Francisco à paz, que inspirou milhões de pessoas.  "Lamentamos o falecimento de Sua Santidade o Papa Francisco esta manhã", escreveu Rutte numa mensagem divulgada nas redes sociais.

A dedicação do Papa à paz e à compaixão "foi uma inspiração para milhões de pessoas", referiu também o líder da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).

Uma perda para o mundo

O Presidente de Timor-Leste, Ramos-Horta, disse na segunda-feira que a morte do Papa Francisco foi uma tremenda perda para o mundo, não apenas para os católicos.

O líder de Timor-Leste, que é a mais jovem nação predominantemente católica, disse que o país prestará homenagem ao Papa hasteando bandeiras a meia haste durante uma semana e também celebrará uma missa em sua honra, de acordo com a agência de notícias Reuters.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão também apresentou as suas condolências após a morte do Papa.

"Os meus colegas acabaram de me informar da notícia. Apresento as minhas condolências a todos os cristãos do mundo", declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Esmail Baqaei, numa conferência de imprensa.

O Irão, um país de maioria muçulmana, mantém laços estreitos com o Vaticano.

Artigo atualizado às 13h45 (UTC - Tempo Universal Coordenado)

Morreu o Papa Francisco: Como será lembrado?

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