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ConflitosNíger

Níger: França diz que apoiará CEDEAO para derrotar golpistas

AFP | bd
5 de agosto de 2023

A França declarou este sábado que apoiará os esforços da CEDEAO para anular o golpe militar no Níger, um dia depois de o bloco regional da África Ocidental ter dito que tinha um plano de intervenção militar.

Pro-Putsch-Demo in Nigers Hauptstadt Niamey
Foto: AFP

O golpe militar no Níger, o sétimo na África Ocidental e Central África Ocidental e Central em três anos, abalou a região ocidental do Sahel, uma das mais pobres do mundo com importância estratégica para as potências mundiais.

Os chefes de defesa da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) elaboraram um plano de ação militar caso os líderes do golpe não reintegrarem o Presidente eleito Mohamed Bazoum Bazoum até domingo (06.08), aumentando o receio de um novo conflito numa região que já está a lutar contra uma insurreição islamista mortal.

"A França apoia com firmeza e determinação os esforços da CEDEAO para derrotar esta tentativa de golpe de Estado", declarou o Ministério dos Negócios.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros francês declarou, em comunicado, que a Ministra dos Negócios Estrangeiros Colonna encontrou-se com o primeiro-pinistro do Níger, Ouhoumoudou Mahamadou, em Paris.

"O futuro do Níger e a estabilidade de toda a região estão em jogo".

A França, antiga potência colonial, não especificou se o seu apoio implicaria apoio militar a uma intervenção da CEDEAO no Níger.

População saiu à rua para apoiar golpe face a ameaça de intervenção externa da CEDEAOFoto: Stringer/Reuters

Plano de ação militar da CEDEAO

A CEDEAO adotou uma posição dura em relação a esta tomada de poder. Dadas a sua riqueza em urânio e petróleo e o seu papel central na guerra contra os militantes, o Níger é importante para os Estados Estados Unidos, China, Europa e Rússia.

De acordo com o plano de intervenção, a decisão de quando e onde atacar será tomada pelos chefes de Estado, disse Abdel-Fatau Musah, comissário da CEDEAO para os assuntos políticos, paz e segurança. Não indicou um calendário para a intervenção nem disse o que é que o plano implicaria.

"Todos os elementos que farão parte de uma eventual intervenção, incluindo os recursos necessários, como e quando vamos destacar a força não serão revelados", disse no final de uma reunião de três dias em Abuja, capital da Nigéria na sexta-feira.

Qualquer que seja a opção escolhida pelo organismo de 15 nações, corre-se o risco de conflito numa zona onde grupos ligados ao Estado Islâmico e à Al Qaeda prosperam no caos.

Também podem enfrentar resistência: Os vizinhos do Níger, Mali e Burkina Faso, onde juntas militares também tomaram o poder, afirmaram que apoiariam a junta militar do Níger em caso de intervenção militar.

Uma delegação da CEDEAO visitou a Argélia e a Líbia este fim de semana para angariar o apoio de importantes atores regionais antes de uma eventual ação militar.

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