Número elevado de mortos e feridos em explosão no Egito
Lusa | EFE
5 de agosto de 2019
Um acidente rodoviário seguido de uma explosão matou pelo menos 19 pessoas e feriu outras 30 no Cairo, a capital egípcia, segundo o mais recente balanço divulgado esta segunda-feira (05.08) pelas autoridades do país.
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Segundo a agência estatal Mena, a explosão aconteceu quando um veículo que entrou em sentido contrário em grande velocidade na rua colidiu contra outros automóveis que estavam no local, provocando em seguida um incêndio que afetou parte do principal hospital oncológico do país.
O acidente rodoviário, cujas circunstâncias ainda não estão claras, forçou a evacuação do hospital.
O anterior balanço apontava para 17 mortos. Pelo menos 30 pessoas também ficaram feridas e foram levadas para hospitais para receberem tratamento.
Hospital oncológico afetado
A ministra da Saúde, Hala Zaid, disse ao canal de televisão egípcio CBC Extra, que esse é o número de vítimas por causa da explosão, que aconteceu em frente ao Instituto Nacional de Cancro do Cairo.
A governante não referiu as causas da explosão, embora tenha afirmado que aconteceu em frente ao hospital e não dentro como tinha sido especulado inicialmente.
De acordo com um comunicado do Ministério da Saúde do Egito, quatro carros colidiram no domingo (04.08) à noite, provocando uma explosão no exterior do Instituto Nacional do Cancro, que foi evacuado após o acidente.
Os acidentes de viação são comuns no Egito. A agência oficial de estatísticas do país indicou só em 2018 registaram-se oito mil acidentes, causando mais de três mil mortos e 12 mil feridos.
"River Tales": Histórias ao longo do Nilo
O Nilo é uma artéria vital para os muitos países que atravessa. Três jovens fotógrafos contam, em imagens fascinantes, a(s) vida(s) ao longo do rio no Egito, na Etiópia e no Sudão.
Foto: Brook Zerai Mengistu
Um dia na vida de uma família em Rosette
Os fotógrafos não quiseram mostrar conflitos políticos, mas sim as pessoas e como vivem o seu dia a dia, apesar de todas as dificuldades. Mahmoud Yakut conta a vida em Rosette, no Egito. A base da subsistência de muitas pessoas aqui é a agricultura. A fertilidade dos solos no delta do Nilo é uma bênção para os habitantes.
Foto: Mahmoud Yakut
Piscicultura no Nilo
O rio mais comprido do mundo passa por Rosette no Egito, onde muitas pessoas vivem da pesca. Na água bóiam estruturas de madeira para a criação de peixe, sobre as quais estão pequenas cabanas. Cada cabana tem espaço para uma cama e uma minúscula cozinha. As culturas são constantemente vigiadas por um membro da família.
Foto: Mahmoud Yakut
A vida na cidade
Rosette é ponto de encontro entre o passado e o presente: a cidade portuária é um centro de comércio importante desde a Idade Média. A História aqui é inseparável do comércio. A vida das pessoas é muito simples. Ao mesmo tempo, Rosette é famosa pela hospitalidade e generosidade dos seus habitantes.
Foto: Mahmoud Yakut
O papel das mulheres
As mulheres de Rosette são, geralmente, donas de casa, que se ocupam das crianças e de outros afazeres: por exemplo, cozinhar o pão nos fornos tradicionais de cerâmica. Também vendem legumes e queijo caseiro no mercado. Apesar de pobres, os citadinos são muito hospitaleiros. Partilhar é uma filosofia de vida.
Foto: Mahmoud Yakut
Laboratório de criação
Os fotógrafos já exibiram este seu trabalho sobre o Nilo em muitas galerias. Al-Sadig Mohamed é sudanês. O fotógrafo sente-se inspirado pela cerâmica tradicional ao longo do Nilo. Para Al-Sadig Mohamed, o artista e material influenciam-se mutuamente.
Foto: Elsadig Mohamed Ahmed
Artéria vital
A cerâmica do Nilo tem uma tradição milenar. Até à construção da barragem de Assuan, as enchentes do Nilo traziam solos férteis. Hoje mais do que nunca, a água é um recurso valioso. Por isso, o Nilo é considerado uma artéria vital, que simultaneamente simboliza a mudança constante. As pessoas aqui dependem do Nilo como fonte de água, via de transporte, fornecedor de energia e espaço vital.
Foto: Elsadig Mohamed Ahmed
Tradições milenares
Os vasos em cerâmica são úteis e belos ao mesmo tempo. Assim, o mais antigo artesanato do mundo desenvolveu inúmeras formas ao longo dos séculos. Hoje, museus e galerias expõem muitos exemplares de cerâmica núbia. Eles contam a história da cultura dos núbios no Sudão, um país desde sempre fortemente caracterizado pelo Nilo.
Foto: Elsadig Mohamed Ahmed
Lições de humildade no Nilo Azul
A viagem continua ao longo do Nilo Azul até à Etiópia com o fotógrafo Brook Zerai Mengistu. O Nilo Azul nasce na Etiópia e aqui vive uma comunidade de estudiosos da Bíblia adeptos do Cristianismo primitivo. Os estudiosos vivem à margem da sociedade para obterem acesso ao mundo espiritual e tornarem-se curandeiros para as outras pessoas. A sua formação na solidão voluntária demora 14 anos.
Foto: Brook Zerai Mengistu
Catequese
De vez em quando os estudiosos abandonam a sua comunidade, para mendigar alimentos na aldeia. Mendigar ensina-lhes a ser humildes. E a humildade, na sua opinião, é uma via de acesso à força espiritual.
Foto: Brook Zerai Mengistu
Unidade e eternidade divina
A parte etíope do Nilo Azul representa a unidade e a eternidade divina. Para além das cidades, o Nilo proporciona espaço e paz.