Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Cabo Verde escolheram Portugal para realizar um estágio de preparação com vista à qualificação para a Taça Africana das Nações (CAN) que terá lugar entre janeiro e fevereiro de 2022.
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O jogo amigável agendado para este domingo (11.10) entre Angola e a Guiné-Bissau não se realizou, porque a equipa guineense, dirigida por Baciro Candé, não fez os testes à Covid-19 com antecedência. No entanto, Guiné-Bissau surge na corrida para o CAN com "muita ambição". "Penso que o caminho que estamos a trilhar é um caminho viável. Nós sabemos quais são as nossas limitações. Sabemos até onde podemos chegar neste momento, mas isso não nos impede de sonhar. O nosso sonho é chegar sempre mais além", diz o treinador da seleção nacional, Baciro Candé.
A seleção nacional de futebol guineense, os "Djurtus", integrada no Grupo I, tem previstos dois jogos preliminares contra o Senegal, que acontecerão no período entre 9 a 17 de novembro. O primeiro realiza-se no Senegal e o segundo na Guiné-Bissau. "São jogos extremamente importantes, porque sabemos que o Senegal é uma potência", admite o selecionador. "Têm grandes jogadores, têm uma estrutura muito forte e não têm nada a ver com a Guiné-Bissau. Mas nós vamos fazer o nosso trabalho como estamos habituados a fazer, sem pressão nenhuma", acrescenta.
Depois do jogo amigável com a Guiné-Bissau, na passada sexta-feira (09.10), Moçambique encontra-se esta terça-feira (13.10) com a seleção de Angola, em Rio Maior. Para o selecionador nacional, Luís Gonçalves, o objetivo é conseguir a qualificação no Grupo F. "Vamos ter dois jogos com os Camarões. Não são, de todo, decisivos, mas são realmente muito importantes e vamos tentar, naturalmente, somar o maior número de pontos nestes confrontos", refere. "Há confiança na nossa capacidade, mas isso não significa que a qualificação seja um dado adquirido", afirma. "É verdade que já temos quatro pontos, porque esta qualificação já começou em novembro do ano passado. Vencemos o Ruanda em casa e empatámos fora com Cabo Verde. Portanto, temos quatro pontos, o que considero bom", comenta.
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"Palancas Negras" querem ser a melhor seleção
Depois da preparação em Portugal, Angola parte para a etapa de qualificação também com confiança, em busca de bons resultados. "Este é um caminho a seguir, projetando o futuro", afirma Pedro Gonçalves, selecionador dos "Palancas Negras". "Sabemos que neste momento, possivelmente, não somos a melhor seleção africana, mas com toda a certeza queremos ser a melhor seleção africana. Vamos trabalhar e cimentar esta postura", reiterou.
Angola está à procura de motivação para os jogos da terceira e quarta jornadas do Grupo D com a República Democrática do Congo, em novembro, a contar para a fase de apuramento para o CAN. "Ao nível da competição, são [jogos] extremamente importantes para nós e vão exigir muita competência, mas também, neste caso, a República Democrática do Congo vai interpretar da mesma forma esses jogos de novembro", conta.
Depois de vencerem Andorra por 2-1, os "Tubarões Azuis" de Cabo Verde não conseguiram somar uma nova vitória. No jogo particular disputado no sábado (10.10), no Algarve, a seleção de Cabo Verde (Grupo F) perdeu por 2-1 com a congénere da Guiné-Conacri (Grupo A). Os cabo-verdianos, sob o comando do selecionador "Bubista", são terceiros no grupo, com dois pontos, atrás dos Camarões e Moçambique, ambos com quatro. A Guiné-Conacri lidera o grupo com os mesmos quatro pontos do Mali, seguidos pela Namíbia, com três. O Chade permanece sem qualquer pontuação no grupo.
Com a maioria dos jogadores radicados na diáspora, as equipas participantes nestes jogos particulares em Portugal estiveram paradas desde março devido ao surto do novo coronavírus. "Infelizmente a nível global, em todo o mundo, há muitas equipas que estão a ser afetadas por isso. Portanto, temos que continuar a trabalhar, a tomar as nossas medidas de precaução, respeitar todos os protocolos", garante Luís Gonçalves, da seleção moçambicana.
A CAN, agendada para janeiro de 2021, foi adiada para janeiro de 2022, devido à pandemia da Covid-19.
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Foto: Getty Images/M. Hitij
Liverpool FC: 1,1 mil milhões de euros
O campeão inglês é o clube com o plantel mais valioso do mundo. Só Moh Salah e Sadio Mané (foto), juntos, valem 240 milhões de euros. Os dois avançados, em simultâneo no Liverpool desde 2017/18, já participaram em 234 golos em 328 jogos. Na bagagem, uma Liga dos Campeões e uma Premier League.
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Manchester City FC - 1,04 mil milhões de euros
Em 2º lugar, está o principal rival do Liverpool pelo domínio do futebol inglês nos últimos três anos. O Manchester City continua sem chegar à tão desejada final da Liga dos Campeões. No entanto, conquistou o bicampeonato inglês (2018 e 2019). Desde a chegada de Pep Guardiola, em 2016, o Manchester City já investiu mais de 866 milhões de euros...
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FC Barcelona - 1,02 mil milhões de euros
Mesmo com 33 anos e no último ano de contrato, Lionel Messi é o jogador mais valioso dos "blaugrana". O astro argentino, seis vezes vencedor da Bola D´Ouro, está avaliado em 112 milhões de euros. 2020 foi um ano para esquecer para o Barcelona. Não conquistou qualquer troféu, perdeu o título para o Real Madrid e foi humilhado pelo Bayern Munique na Liga dos Campeões (2-8 nos quartos de final).
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Chelsea FC: 917,7 milhões de euros
Para muitos, é conhecido como o clube do magnata Roman Abramovich. O empresário russo é o proprietário do Chelsea desde 2003. De acordo com os dados mais recentes, Abramovich tem uma fortuna calculada em 12,5 mil milhões de euros. No Chelsea, já investiu mais de 2,19 mil milhões de euros. Recuperou o prestígio nacional do Chelsea e arrecadou duas competições europeias.
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Real Madrid CF: 877,2 milhões de euros
Os reis da Liga dos Campeões (13 conquistas) estão num "modesto" 5º lugar. Fruto disso é o razoável número de jovens talentos que integram o plantel dos campeões espanhóis. Entre os galáticos, o mais valorizado é Eden Hazard, calculado em 80 milhões de euros. Quanto às jovens promessas do Real Madrid, Vinícius Júnior, Rodrygo e Martin Ödegaard estão avaliados em 45 milhões cada um.
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FC Bayern Munique: 837,95 milhões de euros
Os novos campeões europeus e octacampeões alemães disparam no valor de mercado coletivo e individual. O Bayern Munique tem um plantel com média de idades de 23.88, apesar de jogadores como Neuer (34), Lewandowski (32) e Müller (31) serem as principais figuras da equipa. Na mais recente revisão, Serge Gnabry, de 25 anos, é o jogador mais valioso, avaliado em 90 milhões de euros.
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Manchester United FC: 799,4 milhões de euros
Os "Red Devils" são muitas vezes colocados lado a lado com o Real Madrid, como as duas maiores equipas do mundo, principalmente, a nível financeiro. Desportivamente, o United está longe dos anos de sucesso alcançados sob o comando de Sir Alex Ferguson. O ícone do Manchester United reformou-se em 2013 e, desde então, o United não mais ganhou a Premier League, apesar do poderio financeiro.
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PSG: 784,9 milhões de euros
O clube vice-campeão europeu é um projeto económico-desportivo que domina o futebol francês, mas, na Europa, ainda não conseguiu vingar. Nasser Al-Khelaifi, do Qatar, é o dono do clube parisiense desde 2011. Até hoje, o empresário investiu mais de 1.300 milhões de euros. O principal investimento foi em Neymar (foto). O astro brasileiro custou mais de 222 milhões de euros, o mais caro de sempre.
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Atlético Madrid: 780 milhões de euros
João Félix é o cabeça de cartaz do novo projeto desportivo do Atlético Madrid. O jovem avançado formado no Sport Lisboa e Benfica custou 126 milhões de euros e é o jogador mais caro da história dos "colchoneros". As expetativas foram altas na primeira época, mas o Atlético desiludiu na Liga dos Campeões, ficando pelo caminho nos quartos de final de forma contundente perante o RB Leipzig.
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Tottenham Hotspur: 774,55 milhões de euros
A equipa londrina comandada por José Mourinho desde a segunda metade da época passada (2019/20) falhou a qualificação para a Liga dos Campeões e disputa um lugar na Liga Europa. Harry Kane, avançado inglês e o melhor marcador do Mundial 2018, é o grande ativo do Tottenham, avaliado em 120 milhões de euros. O regresso de Bale (empréstimo) é mais um trunfo para Mourinho.