A 17 de junho foram veiculadas pela imprensa local informações sobre um ataque terrorista na aldeia de Sirissa, no posto administrativo de Lúrio, distrito de Memba, em Nampula. Mas a polícia diz que tal informação não passa de um falso rumor.

O porta-voz do comando policial da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Nampula, Zacarias Nacute, explica o que se passou: "A população suspeitou de algum caso de entrada de terroristas naquela zona [em Sirissa]. Por isso, alguns populares assustados tentaram se retirar das suas zonas".

"No entanto, a polícia fez-se ao local para garantir que qualquer situação que possa acontecer naquele local tivesse a pronta resposta. Mas o que se constatou é que não houve nenhum ataque", acrescentou.

Responder prontamente

Zacarias Nacute diz que a polícia está pronta para prevenir e travar qualquer tentativa de invasão terrorista na província moçambicana de Nampula.

"Neste momento, o que as Forças de Defesa e Segurança estão a fazer é continuar com o trabalho de prevenção e busca de informações, para garantir que, caso haja tentativa de ataques, a nossa área de jurisdição tenha uma resposta pronta das autoridades policiais", assegurou.

Apesar do medo instalado face à ameaça terrorista, o Governo diz que a província está "relativamente estável". 

"Dizemos relativamente estável porque é uma província onde, neste momento, temos circulação de pessoas e bens garantida. É uma província em que a atividade económica, política e social continua a ser realizada", pondera o secretário de Estado de Nampula, Mety Gondola.

"Estamos atentos à movimentação dos terroristas e tentativas de desestabilizarem o país", frisou.

Trabalhar pela segurança

Mety Gondola confirma que não existiram ataques a Memba e garante que estão a ser feitos trabalhos na província para garantir a segurança das comunidades.

"Estamos prontos e destemidos para responder na dimensão de qualquer situação que possa ocorrer na nossa província. Faremos de tudo, sempre, para assegurar a estabilidade, oferecendo segurança à nossa população", garantiu.

A província continua a receber vários deslocados dos distritos de Cabo Delgado.

Sem gravar entrevista, o delegado do Instituto Nacional de Gestão de Riscos e Redução de Desastres (INGD) na região, Alberto Armando, sublinhou que a instituição está a prestar apoio a essas pessoas, mas não avançou números.