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NATO lança nova operação após incidente com drones russos

12 de setembro de 2025

Após a entrada de drones russos no espaço aéreo da Polónia, a NATO vai lançar uma nova operação, intitulada "Sentinela Oriental", para proteger o flanco leste da Aliança Atlântica.

Exercício aéreo da NATO na Polónia com caças F-22, F-16 e MiG-29
A nova operação da NATO envolverá uma série de recursos que integram bases aéreas e terrestresFoto: Stringer/AA/picture alliance

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, anunciou hoje, em conferência de imprensa no quartel-general da Aliança Atlântica, em Bruxelas, que será lançada uma nova operação, intitulada "Sentinela Oriental", para "fortalecer ainda mais a postura" defesa naquele flanco que faz fronteira com a Rússia.

O anúncio foi feito depois de na madrugada de quarta-feira (10.09) drones russos, intercetados pela Força Aérea da Polónia, terem invadido o espaço aéreo do país.

"A nossa avaliação dos incidentes está em curso e, independentemente de as ações da Rússia terem sido deliberadas ou não, a Rússia violou o espaço aéreo da NATO", disse Rutte. "Seja intencional ou não, é perigoso e inaceitável", acrescentou.

O secretário-geral da Aliança Atlântica afirmou ainda que o ataque da Rússia ao espaço aéreo polaco foi a violação mais significativa do espaço aéreo da NATO, embora não tenha sido a primeira. Violações semelhantes ocorreram anteriormente na Estónia, na Roménia, na Letónia e na Lituânia.

A nova missão deverá envolver uma série de "recursos de aliados, incluindo a Dinamarca, França, Reino Unido, Alemanha e outros", afirmou Rutte.

O comandante supremo da NATO, Alexus Grynkewich, também anunciou que a Aliança Atlântica  defenderá cada centímetro do seu território. "A Polónia e os cidadãos de toda a Aliança devem ficar tranquilos com a nossa resposta rápida no início desta semana e com o nosso importante anúncio aqui hoje", frisou.

Garantias para a Ucrânia: "A Europa quer mostrar serviço"

04:31

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Alemanha convoca embaixador russo

A Alemanha convocou esta sexta-feira o embaixador russo, num gesto diplomático para mostrar que Berlim vê como algo "perigoso" e "inaceitável" a violação, na última quarta, do espaço aéreo polonês por drones da Rússia.

"Com os drones russos no espaço aéreo da NATO, [Vladimir] Putin está a agir de forma perigosa e inaceitável. Por isso, hoje o embaixador russo foi convocado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros", escreveu na rede social X o Ministério alemão, que é chefiado por Johann Wadephul.

"A NATO continua unida para defender o nosso território e a nossa segurança", sublinha ainda o Ministério.

Zelenski alerta que Putin quer ocupar toda a Ucrânia

O Presidente ucraniano, Volodimir Zelenski alertou que o Presidente russo, Vladimir Putin, quer ocupar toda a Ucrânia, já que os esforços de mediação dos EUA até agora falharam.

"O objetivo de Putin é ocupar toda a Ucrânia", disse Zelenski numa conferência de imprensa, em Kiev. "E não importa o que ele diga a quem quer que seja, está claro que ele colocou a máquina de guerra em movimento a tal ponto que simplesmente não pode pará-la, a menos que seja forçado a mudar fundamentalmente os seus objetivos pessoais", salientou.

O líder ucraniano também apelou aos aliados para que exortem a China a usar a sua influência junto da Rússia para parar a ofensiva na Ucrânia.

Trump sob pressão: Entre drones russos e ataque a Doha

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Trump a "perder a paciência" com Putin

O Presidente dos EUA, Donald Trump, disse hoje que está "a perder a paciência" com o Presidente da Rússia, Vladimir Putin. "Está a acabar e a acabar rapidamente, mas são precisos dois para dançar o tango", disse Trump à Fox News quando questionado sobre a recusa da Rússia em acabar com a guerra.

O líder dos EUA deu a entender que a Rússia poderá enfrentar sanções mais duras por causa da guerra e sugeriu que a Ucrânia também deveria ceder.

"É incrível. Quando Putin queria fazê-lo, [o Presidente Volodimir] Zelenski não queria. Quando Zelenski queria fazê-lo, Putin não queria. Agora Zelenski quer e Putin é uma incógnita. Vamos ter de ser muito, muito firmes", acrescentou Trump.

AP Agência de notícias
AFP Agência de notícias
Reuters Agência de notícias
EFE Agência de notícias
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