1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW
ConflitosIsrael

Netanyahu diz "não" a cessar-fogo em Gaza

Lusa | AFP | DW (Deutsche Welle)
30 de outubro de 2023

Primeiro-ministro israelita disse, esta segunda-feira (30.10), que um cessar-fogo na Faixa de Gaza "não acontecerá", pois representaria uma "rendição" ao Hamas e ao terrorismo.

Primeiro-ministro israelita, Benjamin NetanyahuFoto: Abir Sultan via REUTERS

Em declarações, em conferência de imprensa, Benjamin Netanyahu disse ainda que a comunidade internacional deve ajudar na luta pela libertação dos mais de 230 reféns israelitas capturados pelo Hamas nos ataques de 7 de outubro.

"A comunidade internacional deve exigir a libertação imediata e incondicional dos reféns", afirmou Netanyahu.

O líder israelita afirmou que entre os reféns encontram-se 33 crianças e que o Hamas as está a "aterrorizar".

"Os pedidos de cessar-fogo são pedidos para que Israel se renda ao Hamas, se renda ao terrorismo, se renda à barbárie. Isso não vai acontecer", afirmou.

Netanyahu afirmou que Israel "lutará até que esta batalha seja ganha" e que o Exército está a fazer tudo o que está ao seu alcance para "evitar vítimas civis" em Gaza.

Netanyahu diz que "comunidade internacional deve exigir a libertação imediata dos reféns"Foto: Jim Hollander/Matrix Images/picture alliance

Também esta segunda-feira, o primeiro-ministro afirmou que o Exército israelita está "a progredir metodicamente, passo a passo" na Faixa de Gaza, insistindo que o Hamas será derrotado e o enclave "será diferente". 

"O Hamas será derrotado"

"Esta campanha levará tempo, haverá obstáculos, haverá dificuldades, haverá baixas, também haverá surpresas, mas no final prometo-vos uma coisa: o Hamas receberá um golpe muito forte. O Hamas será derrotado e Gaza será diferente", afirmou.

Netanyahu referiu-se ao avanço das suas tropas dentro da Faixa de Gaza, descrevendo que "está a acontecer em passos metódicos, mas poderosos, alcançando um progresso sistemático". 

Este avanço, acrescentou, insere-se numa "terceira fase" do conflito com o Hamas e "apresenta mesmo oportunidades para obter a libertação" dos reféns capturados no ataque de 07 de outubro.

Gaza: Apelos para "pausas e corredores humanitários"

05:04

This browser does not support the video element.

Segundo o primeiro-ministro israelita, o objetivo nesta guerra é "destruir as capacidades militares e governamentais do Hamas", que controla de facto a Faixa de Gaza. 

No âmbito desta ofensiva, Netanyahu pediu mais uma vez à população do território que parta para as cidades do sul do enclave, que disse ser uma "zona segura" para a qual Israel quer direcionar a ajuda humanitária. 

"Objetivos contraditórios"

Em entrevista à DW, Gil Murciano, especialista em política externa israelita, diz que o país está a tentar equilibrar "três objetivos impossíveis ou contraditórios".

O primeiro objetivo que o Governo de Netanyahu tinha declarado, explica, "era o de provocar o colapso do Hamas". Depois, "trazer de volta os reféns". E finalmente, acrescenta, por causa da pressão dos Estados Unidos e do Egito, "criar uma espécie de corredor humanitário para os civis na Faixa de Gaza".

Gil Murciano diz ainda que, embora "toda a sociedade" em Israel tenha sido "recrutada e mobilizada para lutar contra o Hamas", a popularidade do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu é "baixa". Ou seja, por um lado, existe confiança no "Exército e no sistema de segurança" de Israel, mas, por outro, uma "total desconfiança em relação à liderança política", acrescentou

Saltar a secção Mais sobre este tema