Niassa combate aumento da conjuntivite hemorrágica
11 de abril de 2024![Hospital de Lichinga](https://static.dw.com/image/50241493_800.webp)
As autoridades de saúde no Niassa, no norte de Moçambique, reforçam as ações de educação sanitária nos distritos que fazem fronteira com o vizinho Malawi, para tentar estancar o aumento de casos da doença na província.
As atenções neste momento estão, por isso, viradas para os distritos de Mandimba, Ngauma, Mecanhelas, Chimbonila, Lichinga e Lago.
Em 12 dos 16 distritos da província, foram registados até ao momento três mil e setenta e oito casos de conjuntivite hemorrágica. Destes, 1.300 pessoas já estão curadas.
Ramos Mboane, diretor provincial de Saúde no Niassa, apela à população para se dirigir às unidades sanitárias e evitar a automedicação, em casos de suspeitas da doença: "Voltamos a reiterar o facto de se tratar de uma doença autolimitada, uma doença que surge e passa sem grandes complicações."
Seguir recomendações dos profissionais
O que é preciso continuar a fazer, recomenda, "é nas situações em que é diagnosticada a conjuntivite hemorrágica, seguimos a informação que os técnicos de saúde fornecem, principalmente ficar em casa até à recuperação para reduzir o máximo o risco de transmissão da doença."
O diretor de Saúde no Niassa está preocupado com a proliferação da enfermidade na província. "Num caso de conjuntivite hemorrágica, se o indivíduo aparentar alguma complicação, os técnicos de oftalmologia e os especialistas têm abordado esses casos, caso a caso, e, regra geral, essa é uma doença autolimitada", volta a lembrar.
A Cruz Vermelha de Moçambique no Niassa sensibiliza as comunidades a prevenir e combater a conjuntivite hemorrágica. Para o efeito, voluntários e técnicos da instituição trabalham nos mercados, terminais de paragens e nas fronteiras com o Malawi.
Rachide Mendes, técnico de ação social da organização, faz um apelo às comunidades:"A indicação que podemos fazer é sempre que todo o cuidado é bom e dirigir-se ao posto de saúde mais próximo para ir ter com a equipa técnica, para poder ter medicamentos adequados e não esses de vias tradicionais."
"Porque muitas vezes usando as vias não recomendas é prejudicial. Seria muito conveniente que a população em casa, ao ver esses sintomas, se dirija ao posto de saúde mais próximo", exorta ainda Mendes.