A explosão de um camião-cisterna provocou cerca de 50 mortos numa povoação no interior da Nigéria, algumas pessoas morreram quando tentavam roubar combustível do camião.
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Pelo menos 50 pessoas morreram e 100 ficaram feridas quando tentavam roubar o combustível de um camião-cisterna na localidade de Ahumbe, região central da Nigéria, num novo balanço divulgado hoje pelos serviços locais de segurança.
O porta-voz do Governo local do território de Gwer East, onde se localiza Ahumbe, Christopher Avi, afirmou ao diário local "New Telegraph" que pelo menos 50 pessoas morreram por queimaduras e 100 têm ferimentos graves.
Em declarações à imprensa, a porta-voz da polícia local, Catherine Anene, disse que o camião-cisterna sofreu um acidente na tarde de segunda-feira (01.06.) ao longo de uma estrada na vila de Ahumbe e a explosão que se seguiu afetou muitas pessoas que roubavam o combustível do camião.
Anene disse ainda que muita gente faleceu devido ao fogo, que "também se propagou a algumas casas próximas, enquanto as pessoas roubavam o combustível". No entanto, não forneceu um número exato de vítimas, embora tenha acrescentado que era "alto".
Relatos chocantes
Aliyu Baba, Comandante da Comissão Setorial da Federação da Segurança Rodoviária, disse ainda à AFP, que uma mulher grávida e duas crianças morreram e dois bombeiros sofreram queimaduras graves neste acidente.
Em estado de choque as pessoas no local assistiram a este incidente. Ade Derfer é um dos habitantes locais e perdeu pelo menos um familiar como contou à AFP. "Eu perdi um irmão e outros dois estão gravemente queimados no hospital. Eles ficaram presos no fogo quando a camião explodiu pela segunda vez”.
Testemunhas disseram que o camião-cisterna sofreu o acidente quando o motorista tentou evitar um buraco na estrada.
Este tipo de acidentes é frequente na Nigéria devido ao mau estado das infraestruturas, a antiguidade dos camiões-cisternas e a imprudência dos condutores. No passado mês de janeiro oito pessoas morreram em Odukpani, no estado de Cross River, num acidente semelhante. Em julho de 2012, pelo menos 104 pessoas morreram e 50 ficaram feridas ao tentar roubar o combustível de um caminhão-cisterna depois de um acidente em Rivers State, no sul do país.
A Nigéria é o primeiro país produtor de petróleo e mais populoso de África, com cerca de 200 milhões de pessoas, importa grande parte do seu combustível porque as suas quatro refinarias produzem abaixo da sua capacidade.
Uma casa feita de areia e garrafas plásticas
O uso do lixo de plástico como material de construção é barato, energeticamente eficiente e ambientalmente amigável. Nos arredores da capital nigeriana, está sendo construída a maior casa deste tipo em África.
Foto: DW/G. Hilse
Transformar lixo em paredes
A cerca de 20 quilómetros da capital nigeriana, Abuja, a maior casa já construída em África com plástico, areia e concreto está sendo erguida. Até agora, foram instaladas mais de 46.000 garrafas plásticas, que os construtores compraram ou receberam como doações de catadores de lixo.
Foto: DW/G. Hilse
Reciclagem de qualidade com criatividade
O lixo plástico é um problema enorme na Nigéria. Regularmente, as garrafas plásticas bloqueiam os sistemas de drenagem. Chuvas torrenciais, como as deste ano, agravam a situação. Não existe um sistema eficiente de gestão ou reciclagem de resíduos - apesar das 3,2 milhões de toneladas produzidas por ano, no país de 186 milhões de habitantes. Os projetos de reciclagem são cada vez mais importantes.
Foto: DW/G. Hilse
A cabeça por trás do projeto
O engenheiro civil Yahaya Ahmed viveu e trabalhou na Alemanha por 27 anos. Durante uma visita ao seu país de origem, sentiu-se perturbado com a enorme poluição ambiental. "Eu simplesmente tinha que fazer alguma coisa", diz Ahmed. "Um amigo na Alemanha me falou sobre este método." Na América do Sul, ele já havia construído essas casas. "Eu pensei: Precisamos disso na Nigéria também".
Foto: DW/G. Hilse
Alto desemprego entre os jovens
Um quarto dos nigerianos com idades entre 15 e 24 anos não tem renda regular. Muitos adolescentes acabam nas ruas como pedintes ou a roubar para sobreviver. "Esses jovens podem ser facilmente explorados por políticos como agitadores ou juntar-se a grupos radicais no país", diz o engenheiro civil Yahaya Ahmed. "É por isso que queremos oferecer uma alternativa."
Foto: DW/G. Hilse
Material de construção mais simples
O princípio é simples, mas eficaz: Garrafas plásticas vazias são enchidas com areia e detritos, empilhadas juntas e estabilizadas com uma corda de nylon. Só então, é acrescentada a argila ou a argamassa. Essa construção não é apenas ecologicamente correta, mas também mais barata que os métodos convencionais. Cerca de dois terços dos custos de construção podem ser economizados.
Foto: DW/G. Hilse
Oportunidade de requalificação
Originalmente, Siiba aprendeu a alvenaria tradicional. Há sete anos, substitui blocos de cimento por garrafas plásticas. "No começo, é um pouco estranho trabalhar com as garrafas", diz Siiba. "Mas uma vez que você aprendeu a técnica, não é tão diferente," pondera.
Foto: DW/G. Hilse
À prova de balas e terremotos
Outra vantagem deste método de construção inovador é a estabilidade: Os frascos cheios de areia são praticamente indestrutíveis. Casas em Honduras, na América do Sul, que serviram de modelo para o projeto na Nigéria, resistiram a terremotos de magnitude 7,3. Além disso, as paredes são à prova de balas, de acordo com os construtores.
Foto: DW/G. Hilse
Criatividade sem limites
Garrafas plásticas de todos os tamanhos e cores são usadas. Os trabalhadores podem dar asas à sua imaginação. Com base na arquitetura tradicional do norte da Nigéria, eles trabalham com vários padrões nas paredes das casas. Em contraste com os edifícios de cimento, as casas de garrafas não absorvem calor - então o ar condicionado não é necessário, de acordo com o engenheiro civil Yahaya Ahmed.
Foto: DW/G. Hilse
Mestre de obras
Durante seis meses, Yahaya Ahmed formou profissionais experientes nessa nova técnica. O apoio financeiro foi fornecido pelo Ministério do Desenvolvimento da Alemanha. Os instrutores foram os estudantes de sete anos atrás. Mostraram aos rapazes como funciona o canteiro de obras. Esses jovens também irão treinar outros jovens no futuro.
Foto: DW/G. Hilse
Criando perspetivas
Ahmad, de 15 anos, e seus irmãos vieram de Katsina, a cerca de 500 quilómetros da capital da Nigéria, em busca de trabalho. No início, fazia tijolos de concreto em uma fábrica de cimento. "O trabalho nesta obra não é tão desgastante como na fábrica . Além disso, recebemos regularmente salário ou alimentação", diz.