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No Lobito vítimas das cheias exigem melhores condições

Nelson Sul D'Angola (Luanda) 27 de março de 2015

Na província de Benguela, vítimas das chuvas já começaram a ser reassentadas. No entanto, os sinistrados falam em falta de condições. Governo nega e diz que tudo está a fazer para que não falte nada aos sinistrados.

Cidade do Lobito, AngolaFoto: DW/C. Vieira Teixeira

As mais de 150 familias que ficaram desalojadas devido às enxurradas que assolaram o município do Lobito nos últimos dias já começaram a ser reassentadas, numa primeira fase, em tendas.

O local ainda carece de condições: não existem latrinas, balneários e energia electrica. As crianças têm que percorrer aproximadamente 13 quilómetros para ir à escola.

Apesar da iniciativa do Governo minimizar a carência dos sinistrados, ainda assim, os mesmos afirmam que o local não oferece condições mínimas de habitabilidade.

Aos microfones da DW África dois reassentados reclamaram em simultâneo: "Aqui não há água e muitas outras coisas. Precisamos que o Governo nos apoie, o Estado tem de fazer tudo para nos tirar urgentemente dessa situação." A pouca assistência alimentar dada às famílias reassentadas é um outro problema levantado pelos sinistrados: "Enviaram há dias três aviões que aterraram em Pangamba com mais de quatrocentas toneladas de alimentos e outras coisas. Esse apoio foi prometido pelo Presidente da República quando anunciou muitos milhões de kwanzas para os sinistrados, mas aqui, por enquanto, não estamos a ver nada", disse à DW África um dos reassentados.

Promessas e ações do Governo

O Governo províncial de Benguela, diz que as mais de 150 famílias afetadas pelas cheias, ficarão naquele local provisoriamente, até ao final de maio e em junho as mesmas irão receber os seus terrenos definitivos. Esta informação foi avançada pelo diretor provincial do Ordenamento do Território e Habitação, Elmano Inácio.

Quanto à falta de condições mínimas, como a iluminação pública, latrinas e balneários, o diretor provincial do Ordenamento do Territorio e habitação diz que devem ser apoiadas 250 famílias, contando com aquelas que vivem em zonas de risco e que deverão também ser evacuadas.

Uma escola em Angola. As crianças do Lobito terão o seu ano letivo prejudicadoFoto: Nelson Sul D'Angola
A agricultura é agora uma atividade comprometida por causa das cheiasFoto: DW/P. Ndomba

No terreno Elmano Inácio afirma que "estamos perante uma área de cerca de treze hectares para albergar cerca de 120 famílias, numa primeira fase. As 250 famílias a que referimos, pertencem a um universo das pessoas que se encontram nas zonas vermelha, laranja e amarela. Por exemplo, na zona vermelha estão as famílias que não têm absolutamente nada neste momento, depois vem a zona laranja que diz respeito às pessoas que correm sérios riscos e finalmente, a zona onde se encontram pessoas que poderão ser transferidas a médio e longo prazo."

Recorde-se que, entre as vítimas mortais das chuvas que caíram no Lobito nos últimos dias, pelo menos 35 crianças estão entre as vítimas num universo de mais de 70 mortos. Dezenas de casas ficaram destruídas, várias escolas e igrejas ficaram inundadas e em parte danificadas.


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