1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Nova secretária-geral do MDM promete unir o partido

Bernardo Jequete (Manica)
11 de abril de 2022

Leonor Elisa Lopes de Sousa, a nova secretária-geral do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), garantiu já que a meta do partido, que quer ver mais dinâmico, é "trabalhar para ganhar as eleições autárquicas" de 2023.

Analista elogia o MDM pela aposta numa cara feminina e da região norte de Moçambique
Analista elogia o MDM pela aposta numa cara feminina e da região norte de MoçambiqueFoto: Bernardo Jequete/DW

Leonor de Sousa, uma cara já conhecida do partido, foi indicada para o cargo na 2ª Sessão Ordinária do Conselho Nacional do MDM, em Manica, onde disse também querer pôr um ponto final nas divisões internas desta formação política.

A nova cara da terceira força política no Parlamento moçambicano ingressou nesta formação partidária em 2012, tendo ocupado vários cargos de chefia e confiança do âmbito nacional. Aos 58 anos de idade, Leonor Elisa Lopes de Sousa substitui assim José Domingos Manuel, que esteve no comando do MDM durante quatro anos.

Em declarações este domingo (10.04), Leonor de Sousa disse que vai trabalhar com todos os membros do seu partido, desde a base até ao topo, com vista a um bom resultado nas eleições autárquicas de 2023.

"Podemos esperar um MDM atuante, dinâmico e mais participativo, trabalhando muito nas bases o que será feito em brigadas, desde as províncias, distritos, bairros e localidades. Como secretária-geral, eu não tenho limites", assegurou.

Meta do MDM é ganhar autárquicas

Segundo Leonor de Sousa, "a meta do MDM é de trabalhar para ganhar as eleições autárquicas. Não existe divisionismo no seio do partido e não vai existir porque nós havemos de lutar para que não aconteça".

O secretário-geral cessante garantiu, na mesma ocasião, que sai de cabeça erguida. José Domingos Manuel mostrou-se disponível para apoiar o novo secretariado, que tomou posse este domingo: "Ao novo secretariado pedir que haja mais trabalho, mais dinâmica."

Leonor de Sousa substitui no cargo José Domingos ManuelFoto: Bernardo Jequete/DW

"Sempre que um agente troca o jogador, esperamos melhor resultado e com o nosso apoio estaremos sempre dispostos e vamos chegar onde nós queremos, que é trazer Moçambique para todos", disse José Domingos, um dos membros seniores daquela formação partidária que participou na sessão de dois dias e regressou a casa como simples membro da comissão política nacional.

Já o presidente do partido, Lutero Simango, desafiou os recém-indicados aos cargos de chefia e confiança a trabalharem arduamente para resgatar a imagem do MDM de forma a que o partido possa arrancar, nos próximos pleitos eleitorais, alguns municípios do país.

"O povo quer mudanças e alternativas, a nossa visão e o programa político é a solução. Queremos um Moçambique para todos, de inclusão e as riquezas do nosso solo pátrio servirem a nação. Queremos transmitir uma mensagem de esperança a todo povo moçambicano que podemos mudar esta forma de viver e ser governados com a dignidade humana".

Aposta no feminino para "desconstruir narrativas"

Em entrevista à DW, o analista político Nelson Benjamim dá os parabéns ao partido pela aposta numa cara feminina e da região norte do país. Com esta aposta, explica o especialista, Lutero Simango acaba por desconstruir a narrativa de que o MDM é um partido tribalista e regionalista, por ter sido sempre dirigido por pessoas da região centro de Moçambique.

"Com esta indicação da nova secretária-geral pode se esperar por ganhos significativos, a nova secretária-geral deve apresentar o seu trabalho, a unidade para que o MDM consiga se reencontrar e garantir a coesão interna dentro do partido porque foi visível o divisionismo durante o processo do congresso. É o momento da nova secretária-geral trazer todos os membros aos trabalhos políticos e é importante a transmissão da mensagem de unidade e coesão", defende.

Para além de indicação da secretária-geral também foram indicados por confiança os membros da comissão política nacional, de jurisdição, departamento de mobilização e propaganda, de informação, finanças, projetos, assuntos sociais, assuntos externos, departamento nacional de governação local, diretor da escola do partido, assessores jurídicos e financeiros, políticos e diplomáticos, de imprensa, conselheiros do presidente, protocolo e porta-voz.

Moçambique: "Não vamos esquecer Simango"

01:25

This browser does not support the video element.

Saltar a secção Mais sobre este tema