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Nove atletas dos PALOP nos Jogos Paralímpicos Rio 2016

Thiago Melo7 de setembro de 2016

Países competirão em diferentes categorias de atletismo. Angola e Cabo Verde são favoritos na modalidade. Cerimónia de abertura acontece na noite desta quarta-feira (07.09).

Cerimónia de abertura dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 acontece na noite desta quarta-feira (07.09)Foto: Reuters/U. Marcelino

A cerimónia de abertura dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 acontece na noite desta quarta-feira (07.09), no Estádio Olímpico do Maracanã, no Rio de Janeiro. Até o dia 18 de setembro, o evento reunirá atletas portadores de deficiência de 176 países, que competirão em 23 modalidades diferentes.

Os cinco Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) estão representados por nove atletas, no total. Angolanos e cabo-verdianos, que participam desde Atenas 2004, são a maioria e têm favoritos para alcançar medalhas no Rio de Janeiro.

Angola competirá com quatro atletas. Befilia Buya e Esperança Gicasso participam das provas de 100 metros, 200 metros e 1.500 metros feminino, e José Chamolia e Octávio Angelo dos Santos dos 200 metros e 400 metros masculino. Todos são da categoria T11, para atletas com deficiência visual.

O secretário-geral do Comité Paralímpico Angolano, António da Luz, fala da expetativa dos altetas para este grande evento.

“Nós, desde de Atneas 2004, temos estado a subir ao pódio. Portanto, a nossa missão é fazer as melhores provas possíveis, para pelo menos arrecadar uma medalha. Temos alguns jovens promissores, que vão fazer de tudo para que Angola possa mais uma vez subir ao pódio”, afirma Luz.

Foto ilustrativa. Atletismo é um dos desportos mais tradicionais dos Jogos ParalímpicosFoto: Getty Images/B. Mendes

Favoritos

Esta é a quarta vez que Angola participa de uma edição dos Jogos Paralímpicos. Nas edições anteriores sempre alcançou medalhas: em 2004, em Atenas, foram três de ouro; em 2008, em Pequim, seis de prata; em 2012, em Londres, uma de ouro e uma de bronze. António da Luz diz que a equipa está bem preparada para alcançar o mesmo ou melhores resultados no Rio de Janeiro.

“Nós tivemos uma preparação boa, com um estágio agora em São Paulo. Estivemos em Cabo Verde também. Participamos do meeting internacional no Rio de Janeiro em maio, tudo dentro do programa de preparação. E por isso agora só temos que esperar o momento da prova para mostrar o que os atletas irão produzir para nós”.

Cabo Verde também é um dos favoritos nas provas do atletismo de 400m, na categoria T20, para deficiente intelectual, e de lançamento de dardo, também no atletismo. Gracelino Barbosa e Mário Fernandes, atletas destacados em campeonatos mundiais, vão representar o país nas competições.

O chefe da missão cabo-verdiana no Rio de Janeiro, Orlando Mascarenhas, fala do favoritismo de seus atletas.

“Nesse momento o Gracelino é o sétimo no ranking no mundo. Então, se ele conseguiu chegar à final e estar entre os oito melhores do mundo, para nós é um orgulho. Quanto ao Márcio, ele vem de um campeonato do mundo em que ele foi medalha de ouro. Então, a expetativa para o Márcio é chegar com ele às medalhas de ouro”, ressalta Mascarenhas.

Esperança de medalhas

Cabo Verde, que participa dos Jogos Paralímpicos desde Atenas 2004, ainda não alcançou nem uma medalha paralímpica. Mascarenhas diz que há esperança nesta edição dos Jogos, mas reconhece o alto nível dos outros competidores: “É muito grande, mas nós sabemos que o nível aqui é muito alto. Acreditamos que a luta vai ser dura”.

Moçambique, que participa dos Jogos Paralímpicos desde Londres 2012, agora será representado pela atleta Edmilsa Governo, nas provas de 100 metros e 400 metros na categoria T12 do atletismo, para deficientes visuais.

No Rio 2016, atletismo terá 177 provas valendo medalhas. PALOP participarão de algumas dessas provasFoto: Reuters/S. Moraes

A presidente do comité Paralímpico Moçambicano, Fárida Bulamo, afirma que o país está torcendo pela atleta. “A nossa expetativa é sempre pensar positivo. Vamos fazer todos os possíveis para ver se conseguimos alguma classificação. A nossa esperança é que a nossa menina possa portar-se bem e levar algum resultado positivo para o país”.

Segundo Bulamo, Moçambique tem muitas dificuldades para levar uma equipa com mais atletas para comtições como os Jogos Paralímpicos. A presidente do comité moçambicano espera conseguir ter mais recursos para Tóquio 2020.

“Temos condições (técnicas) no país, mas as dificuldades são imensas, principalmente os custos financeiros que não nos permitem de fato avaçar com muito mais força como desejávamos. Esperamos que em Tóquio possamos levar mais altetas, porque temos muitos jovens atletas que competem, que estão a entrar agora nas competições em nível nacional e regional em África”, pondera.

PALOP

Esta é a segunda vez que a Guiné-Bissau participa dos Jogos Paralímpicos. A primeira foi em Londres 2012, quando competiu em provas de atletismo feminino e masculino, mas sem ganhar nem uma medalha. Agora o país será representado na mesma modalidade por César Cardoso, na categoria T45 dos 100 metros rasos, para atletas com amputações.

São Tomé e Príncipe participa pela primeira vez dos jogos, nas competições de 100 metros e 400 metros, na categoria T45 também.

Já nesta quinta-feira (08.09), Angola, Cabo Verde e Moçambique já competem as primeiras provas, classificatórias para semifinais e finais.

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