O Conselho de Ministros de Angola aprovou nesta terça-feira (31.08) o levantamento da cerca sanitária à província de Luanda. A capital do país vive a restrição desde março de 2020 devido à pandemia da Covid-19.  

O novo decreto presidencial sobre o estado de Calamidade Pública entrará em vigor às zero horas de 1 de setembro. 

O ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Francisco Furtado, disse que foi aprovada a retirada da cerca sanitária, tendo em conta a evolução positiva da eficácia das medidas de prevenção e controlo da propagação do vírus SARS-COV-2.

Furtado frisou que também foi tida em conta a evolução positiva das regras de funcionamento dos serviços públicos e privados e dos equipamentos sociais, durante o período da cerca sanitária. A prolongação da medida foi resultante dos sucessivos decretos presidenciais. 

"Esta medida de retirada da cerca sanitária leva de facto a que os cidadãos tenham cada vez mais consciência de que a propagação do vírus continuará a ser um facto e a única forma de se evitar isso é de facto se continuar a observar as regras sanitárias de biossegurança", apontou o ministro.  

Retorno das atividades com cuidados sanitários

Segundo o governante, o Conselho de Ministros também considerou necessário dar continuidade ao retorno gradual das atividades económicas mais diretamente afetadas pela pandemia. Ele dá destaque à necessidade do regresso da mobilidade de pessoas e bens em todo o território nacional.

Francisco Furtado salientou que estudos realizados nos últimos tempos revelaram os principais fatores da propagação do vírus. Eventos que têm sido realizados a nível familiar, nas casas e que não levam em consideração as regras estabelecidas no Decreto Presidencial são um desses motivos.

Angola fortemente afetada pelo vírus

A província de Luanda manteve-se em cerca sanitária desde 27 de março de 2020, estando as pessoas obrigadas a procederem ao teste de despistagem da doença para entrarem e saírem da capital angolana.  

Angola registou até à data um total de 47.331 casos positivos, 1.210 óbitos, 43.322 recuperados e 2.792 ativos.   

A Covid-19 provocou pelo menos 4.507.823 mortes em todo o mundo, entre mais de 216.98 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.